Guilherme e o amigo, Leo, estavam na mesma classe no jardim de infância, e até sentavam à mesma mesinha, na escola. Gostavam de brincar um com o outro no recreio, e procuravam estar juntos sempre que possível.
Um dia, depois da escola, os dois meninos estavam zangados e chorando. Guilherme disse que o amigo o tinha xingado, tinha zombado dele e também batido nele. Mas teve de admitir que ele próprio tinha feito caretas e dado pontapés.
Dia após dia, durante meses, a luta continuou. Os meninos começaram a ter medo um do outro; consideravam-se "inimigos" e tinham freqüentes "batalhas".
Guilherme, que freqüentava uma Escola Dominical da Ciência Cristã, costumava pedir ajuda à mãe, quando tinha algum problema. Oravam, dizendo "não!" ao erro — aos pensamentos maus — e "sim!" à Verdade.
Quando conversou com a mãe a respeito de suas brigas na escola, Guilherme ficou surpreso quando esta se recusou a fazer o que ele lhe pedia. "Não, não posso e não quero ir conversar com o Leo e dizer a ele como deve agir e falar", disse ela. "Mas posso e quero apoiar você com muito prazer, enquanto você e Deus trabalham juntos para resolver esse problema." A mãe sugeriu que Guilherme pensasse nas lições que aprendera na Escola Dominical.
Guilherme conhecia o oitavo mandamento, que se encontra no livro do Êxodo, na Bíblia: "Não furtarás." Êxodo 20:15. Pensou: "Se o Leo e eu prejudicamos um ao outro, estamos roubando um do outro o bem e a felicidade. Só pensamentos errados podem nos dizer para agir dessa maneira. Não vou escutá-los mais. Simplesmente não vou mais roubar a felicidade."
Guilherme lembrou-se das palavras que lia na parede de frente na Escola Dominical: "Deus é Amor." Haviam sido as primeiras palavras que aprendera a ler. Também sabia que ele mesmo, e o Leo, e todo mundo, são feitos à imagem de Deus. Como sabia que ele refletia Deus, o Amor, viu que precisava ir em frente e mostrar amor aos outros, o tempo todo.
Guilherme sabia de cor a interpretação espiritual da Oração do Senhor, que a Sra. Eddy dá em Ciência e Saúde. Depois daquela parte que diz: "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores", ela diz: "E o Amor se reflete em amor." Ciência e Saúde, p. 17. Como ele e o Leo eram ambos expressões do Amor, nada poderia jamais impedi-los de amarem-se um ao outro.
Além disso, não dissera Cristo Jesus aos seus discípulos: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste" Mateus 5:44, 45. ?
Após pensar nessas idéias boas e verdadeiras, Guilherme disse à mãe que iria realmente escutar a mensagem de Deus, para saber como parar a briga e tornar-se bom amigo. Não queria mais brigar com o Leo. Resolveu que não iria brigar ainda que o Leo começasse a brigar, chutar, bater ou fazer caretas. Ao invés de brigar, iria lembrar-se de fazer só as coisas que o Amor queria que fizesse.
Já no dia seguinte, no gira-gira, Guilherme e Leo brincaram juntos muito felizes. Guilherme parou o gira-gira quando o Leo quis subir para dar voltas também. O amigo fez força para dar bom impulso ao gira-gira. Depois, de volta à sala de aula, Leo disse: "Foi tão divertido brincar com você, hoje! Não quero mais brigar com você."
Guilherme ficou tão feliz que mal podia esperar para contar à mãe. Juntos disseram "muito obrigado" a Deus por ter dado a Guilherme todas as boas idéias da Escola Dominical. O menino sabia que essas haviam sido as verdades que tinham mudado os pensamentos de briga, seus e do Leo, para pensamentos de amor e felicidade. Esse foi o fim das batalhas entre os dois. Depois disso continuaram bons amigos.
