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Premissa dual — prova multíplice

Da edição de abril de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Para a demonstração de Ciência Cristã é fundamental haver, em certa medida, uma compreensão de que Deus, o bem, é o que a Bíblia dá a entender — o Tudo-em-tudo. Da própria revelação divina de que Deus é Tudo, a Ciência Cristã deduz a nulidade do mal. A totalidade de Deus — inclusive Sua criação inteiramente boa, com o homem perfeito — é fundamental à Ciência Cristã e se evidencia na cura espiritual.

Poderia haver cura mais completa do sofrimento, do sensualismo, ou da tristeza do que aquela que vem pela exclusão da doença, do pecado e da morte, cura que aflui pela compreensão espiritual da verdadeira saúde e santidade do homem e de sua vida eterna? Não deve causar pasmo que (1) a totalidade de Deus, o bem, e (2) a nulidade do mal ou da matéria sejam pontos cruciais desta Ciência.

Esses dois pontos se combinam como premissa dual na “exposição científica do ser”, que a Sra. Eddy apresenta em Ciência e Saúde, e que começa assim: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo." Ciência e Saúde, p. 468.

A manifestação da Mente infinita expressa-se como idéia: o homem; e o homem é imaterial, espiritual. Segue-se daí que o homem não está sujeito ao pecado, à doença e à morte. Logo, os resultados curativos de se compreender e praticar “a exposição científica do ser” completam belissimamente a revelação e o raciocínio espiritual sólido com a prova final.

Cristo Jesus acalentava em seu coração, e demonstrava em sua vida e em seu ministério de cura, o significado da onipotência de Deus e da impotência do mal. A Epístola aos Hebreus une de maneira significativa a atitude do Mestre no que concerne ao bem e ao mal, quando diz: “Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.” Hebreus 1:9.

Teria Jesus odiado algo real, algo que Deus fez — ou que Deus premite existir em Seu universo? Não provou Jesus, ao demonstrar a santidade e a saúde em mentalidades reformadas e corpos restabelecidos, que o pecado, a doença e a morte carecem de substância genuína? Ciência e Saúde explica: “O ‘homem de dores’ foi quem melhor compreendeu a nulidade da vida e da inteligência materiais e a poderosa realidade de Deus, o bem, que inclui tudo. Eram esses os dois pontos cardeais da cura-pela-Mente, isto é, da Ciência Cristã, que o armaram de Amor.” Ciência e Saúde, p. 52.

É-nos possível honrar a bondade de Deus com o coração, a alma, o entendimento e a força indivisos, como Jesus instou que honrássemos. Ver Marcos 12:28-30. À proporção que exercemos fidelidade, também nós nos revestimos da armadura impenetrável do Amor onipotente, Deus, e assim somos capazes de demonstrar esse amor fraternal que tem efeito curativo. Ao desabrocharem primaveras de renovação espiritual — renúncia de si mesmo pós renúncia de si mesmo, cura pós cura — aprendemos a reconhecer com clareza ainda maior a verdade fundamental da totalidade do bem e da nulidade do mal.

Aprendemos que o que é verdadeiro a respeito de toda a natureza de Deus é verdadeiro também a respeito de cada atributo de Sua natureza. Seus atributos não têm oponentes. Saúde, por exemplo, é mais do que ausência de doença; é realidade — é a presença da harmonia espiritual e da alegria espiritual, excluindo qualquer possibilidade de doença.

Assim, para respeitar a autenticidade da saúde é preciso lidar com o sentido material ilusório de sofrimento tomando-o pelo que ele é, um mentiroso. Meramente enunciar a nulidade do mal não basta. Não podemos nos livrar seletivamente da dor e da vergonha e da tristeza. No entanto, sempre nos é possível conseguir pensar e agir corretamente, o que resulta em bons efeitos. Se nosso mais elevado objetivo é apenas o de ser mortais “normais”, precisamos aprender a negar — a abandonar — a crença vã de que a matéria tem qualquer vida, mente ou substância, seja boa ou má. Se acreditamos que proclamar superficialmente a totalidade de Deus nos isenta de resolver nossos problemas, precisamos aprender a afirmar essa totalidade em salvação prática. Passo a passo, todos precisam comprovar, por fim, que o mal nunca teve lugar porque o bem enche todo o espaço. “O exterminador do erro”, diz-nos Ciência e Saúde, “é a grande verdade de que Deus, o bem, é a Mente única e que o suposto contrário da Mente infinita — chamado diabo, ou o mal — não é a Verdade, mas é o erro sem inteligência nem realidade.” Ciência e Saúde, p. 469.

Na proporção exata da prova que fornecemos, nossos débitos para com Deus pela vida imortal, pela verdade perfeita e pelo amor eterno são equilibrados mediante demonstração, a qual se manifesta em vida menos egoísta, em verdade melhor compreendida, e em amor inefável. Então desponta aurora igual à que irrompeu sobre a Sra. Eddy: “A equipolência de Deus trouxe à luz outra gloriosa proposição — a perfectibilidade do homem e o estabelecimento do reino dos céus na terra.” Ibid., p. 110. A afirmação da verdade e a negação do erro, perfeitamente equilibradas na “exposição científica do ser”, são o Gabriel e o Miguel, os agentes sustentadores e salvadores, no tratamento pela Ciência Cristã (ver Ciência e Saúde 566: 29-13).

A lógica divina com respeito à totalidade do Espírito, à nulidade do mal e da matéria, constitui lei fixa, final, para sempre, para todos. A prática da Ciência Cristã procede dessa verdade divina e nela assenta. Na proporção em que essas verdades inseparáveis — os “dois pontos cardeais” da Ciência Cristã — ganham igualdade em nossa demonstração, a porta da cura espiritual abre-se invariavelmente.

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