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Aprendendo o que é espiritualmente bom

Da edição de junho de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Como sabemos o que é verdadeiramente benéfico? Interpretamos o bem unicamente em termos de conforto material ou conveniência pessoal? Ou vemos o verdadeiro bem como o reflexo de Deus, o Espírito, e de boa vontade aprendemos as lições que nos capacitam a demonstrar a bondade divina em nossa vida?

Como o expressa o Salmista: “O Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.” Salmos 145:9. Mas será que isto implica em que a bondade de Deus se limita a prover condições materiais aprazíveis? O amor não circunscrito de Deus é, por certo, a fonte de toda harmonia que vemos na existência humana. Mas, o que é verdadeiramente bom, é o Próprio Deus — o Espírito, não a matéria — e esse fato precisa ser comprovado mediante crescimento espiritual.

Precisamos sempre de uma compreensão mais clara de Deus e da regeneração espiritual que cura. A Verdade é inteligência divina infinita, desdobrando-se sem cessar, sempre nova. Podemos demonstrar esse fato ao nos dispormos a deixar que a lei da Mente divina, Deus, revele aquilo que mais necessitamos saber a fim de progredir.

A maioria de nós está disposta a admitir que a prática de qualidades morais e espirituais, tais como sabedoria, disciplina, integridade, dedicação, é importante para o avanço espiritual. No entanto, por vezes, não estamos conscientes das lições específicas que precisamos aprender — os caminhos pelos quais nossa vida pode, e precisa, ser purificada mediante o Cristo, a Verdade. A própria experiência e demonstração nos ensinam que a bondade de Deus não é mera teoria, ela é um modo de viver que se desdobra. Somente pela nossa prática da verdade é-nos possível descobrir o que é genuinamente benéfico.

As lições que necessitamos aprender não são acadêmicas, são espirituais. Exigem humildade profunda, semelhante à de Cristo, a fome profunda de apreender melhor a Verdade, e a gratidão infalível pelo jorrar da bondade e do amor de Deus. Aprendemos mais e mais a respeito de Deus, mediante a obediência diária às normas da Ciência do cristianismo estabelecidas pela Sra. Eddy. Cada lição aprendida torna-se degrau para a seguinte. Podemos prosseguir com amor, gratidão e alegria, reconhecendo que a bondade divina que expressamos abençoa toda a humanidade.

Quais são alguns desses degraus? Talvez o primeiro e o mais importante seja o contínuo amor a Deus. “Todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” Romanos 8:28., escreveu Paulo, enfatizando o amor a Deus ao invés da consecução de desejos pessoais.

Por vezes, motivos humanos podem induzir-nos a considerar o amor a Deus como o meio de atingir um fim — para obter prosperidade material — em vez de ser um fim em si mesmo. Assim acontece porque a mente mortal (a mentalidade errônea do sentido material, voltada para a matéria) interpreta o bem em termos de matéria. A mente carnal procura o bem sob a forma de mais dinheiro, mais lazer ou, talvez, de melhor status pessoal ou popularidade.

Mas o sentido material das coisas é errôneo, não é permanente. A confiança na matéria nos sujeita ao acaso, à perda e à decadência. E, como a Ciência Cristã ensina, tudo o que não é bom é de fato irreal. Assim, o encarar a vida a partir de um ponto de vista material há de, por fim, mostrar-se insatisfatório. Somente Deus, o Espírito — não a matéria — é real e bom. Mediante nosso amor pelo Espírito e por todas as coisas espirituais, inclusive o homem, à semelhança de Deus, aparece em nossa vida o bem durável, genuíno. Isto significa não só que nossas necessidades humanas são atendidas, mas também que começamos a ver com maior clareza a nossa verdadeira natureza como filhos de Deus. A Sra. Eddy escreve: “Aquele que tem a verdadeira idéia do bem, perde toda noção do mal, e em virtude disso é introduzido nas realidades imperecíveis do Espírito.” Ciência e Saúde, p. 325.

Outro degrau rumo a um melhor entendimento do bem é o desenvolvimento do sentido espiritual, a capacidade de compreender Deus que cada indíviduo possui de maneira inata. Essa capacidade vem à luz mediante o uso, particularmente mediante os nossos próprios esforços para expressar as qualidades que Jesus descreveu no Sermão do Monte. Ver Mateus, caps. 5–7. À medida que o sentido espiritual se desenvolve e aprendemos a usá-lo em nosso viver diário, ele purifica e amplia o nosso amor a Deus e aos nossos semelhantes. Traz à luz novos vislumbres e uma capacidade cada vez maior de ver além das limitações materiais até o amor infinito de Deus. “O sentido espiritual”, diz-nos a Sra. Eddy, “é o discernimento do bem espiritual.” Ciência e Saúde, p. 505.

O maior expoente do bem espiritual foi Cristo Jesus. Ele demonstrou que a harmonia e o bem, não a discórdia e o mal, são concedidos por Deus, daí constituírem as condições legítimas e normais do homem. Cristo Jesus visava revelar que a verdadeira natureza de Deus, o Amor divino, é a única fonte de todo o bem.

Jesus preveniu seus seguidores de que o modo de viver cristão não é vereda florida. A própria natureza da bondade divina significa que haverá profundas mudanças na sociedade humana, uma inversão de valores e conceitos materiais, até que o ser espiritual e verdadeiro do homem seja compreendido e demonstrado.

Com bravura Jesus enfrentou a agonia da crucificação, o ataque da mente carnal à pura bondade que ele viveu. O Mestre sabia que a sensualidade mortal — quer prazenteira quer dolorosa — é uma mentira, totalmente irreal, inverídica. A bondade que ele expressava era divina e indestrutível, pois era a natureza de Deus. E Jesus sabia que, por seguir seu exemplo supremo, a humanidade por fim haveria de aprender a demonstrar a natureza divina e obter o bem espiritual que perdura.

A bondade e o amor de Deus não podem ser considerados como fatos consumados. Existem lições pertinentes a serem aprendidas, e é preciso seguir o exemplo de Jesus. É preciso compreender, acalentar profundamente e pôr em prática a natureza de Deus como o bem infinito. Mediante demonstração, a bondade e a harmonia perfeitas do Princípio divino precisam mostrar que permeiam cada fase de nossa vida.

Podemos humildemente saudar cada dia com gratidão pelo desdobramento do bem e dedicadamente acolher toda oportunidade de aprender o significado exato da bondade de Deus em nossa vida. Desse modo ficaremos gradativamente menos sujeitos às limitações materiais e encontraremos a cura.

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