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Enfermagem na Ciência Cristã: uma atividade sob o governo do Manual

Da edição de agosto de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma das atribuições mais importantes de um enfermeiro da Ciência Cristã é a de cuidar do paciente com carinho. Em outras palavras, a de usar de ternura e afeto para com ele e, dessa maneira, estimulá-lo com solicitude. Quem é que, com tais cuidados de enfermagem, não se sentiria animado e não faria progresso?

A ocupação de enfermeiro da Ciência Cristã foi prevista pela Sra. Eddy no Manual de A Igreja Mãe, no § 31 do artigo 8°. A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã percebeu que, enquanto a sua novel Igreja aprendia outra vez a arte da cura cristã que se havia perdido, em certas ocasiões far-se-iam temporariamente necessários cuidados de enfermagem.

Nossa Líder deu-nos a base para elevar a profissão de enfermeiro a altitudes espirituais, quando ensinou: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” A exposição termina com: “Por isso o homem não é material; ele é espiritual.” Ciência e Saúde, p. 468. Ao mesmo tempo em que se dedica a cuidar do corpo, ministrando-lhe os cuidados humanos necessários, o enfermeiro da Ciência Cristã expressa ternura. Essa dupla função é praticada na profissão de enfermagem por indivíduos, homens ou mulheres, cujo amor a Deus se extravasa de maneira prática nos cuidados ministrados a seus pacientes.

No parágrafo do Manual referente a enfermeiros, a Sra. Eddy descreve concisa e exatamente as condições e qualidades necessárias nessa profissão: “Um membro de A Igreja Mãe, que se apresentar como enfermeiro ou enfermeira de Ciência Cristã, precisa possuir conhecimento demonstrável da prática da Ciência Cristã, profunda sabedoria prática necessária num quarto de doente, e saber cuidar bem dos doentes.”

O enfermeiro não dá tratamento metafísico ao paciente através da aplicação de verdades sanadoras específicas ao problema, tal como o faz o praticista da Ciência Cristã. Antes, como integrante de uma equipe sanadora, formada por praticista, enfermeiro e paciente, o papel do enfermeiro consiste em remover de seu próprio pensamento a crença de que a matéria é real. Então, as qualidades curativas de compaixão, alegria, ternura e amor iluminar-lhe-ão os serviços prestados no quarto do doente.

Embora não esteja na prática pública da cura, o enfermeiro, como todos os outros membros de A Igreja Mãe, precisa aprender a prática da cura cristã em sua própria vida. Enquanto prossegue em seu trabalho de cuidar de outros, sempre terá um paciente para tratar — e este paciente será ele próprio. E o trata, insistindo diariamente em que, na sua identidade espiritual verdadeira, é ele uma corporificação individualizada do saber de Deus. Essa insistência não se atém à informação que lhe oferece o sentido mortal, que poderá estar descrevendo pés cansados, sobrecarga, pressão. Felizmente, é possível desligar-se deste suposto eu, volver-se para a cálida presença de Deus e sentir-lhe o apreço por Seu filho. Uma vez que o enfermeiro da Ciência Cristã tenha adquirido essa clara percepção de sua própria identidade, não lhe será difícil entrar no quarto do doente e perceber que essa mesma realidade oblitera os argumentos de dor, doença, medo e desânimo. A alegria que sente em reconhecer a identidade pura do homem é sentida pelo paciente e ajuda muito a este para que se anime a ver o ser perfeito e saudável.

Baseado nesse firme fundamento, o enfermeiro é capaz de exercer com discernimento a “sabedoria prática necessária num quarto de doente”. Através dos tempos, pessoas dotadas de discernimento têm desejado possuir o dom da sabedoria. De acordo com a narrativa bíblica no terceiro capítulo do primeiro livro dos Reis, o rei Salomão colocou a sabedoria acima das riquezas e honrarias. A Sra. Eddy escreve a este respeito: “A sabedoria na ação humana começa com o que, sob certas circunstâncias, mais se aproxima do correto e, a partir daí, alcança o absoluto.” Miscellaneous Writings, p. 288.

O enfermeiro da Ciência Cristã precisa manter-se em constante comunhão com a Mente divina durante seu atarefado dia, a fim de acolher a intuição espiritual que o guiará a bem julgar a situação do ponto de vista de enfermagem e a discernir o que se faz mais necessário nos cuidados com o paciente. Nenhuma receita médica ali se encontra, nenhum plano estereotipado quanto ao tratamento do doente. Nesse tipo de enfermagem inspirada, não estão incluídos prognósticos com referência ao tempo necessário para o progresso e a cura. À medida que o enfermeiro cultiva sua compreensão a respeito do homem real — jamais decaído, sempre intacto, irrestrito, ilimitado — reconhece, de bom grado, tão somente a manifestação da atividade de Deus, a Alma, a despeito do estado físico que se apresenta. Isto permite ao enfermeiro atender, no mais elevado nível, à exigência de nossa Líder de que o enfermeiro deve “saber cuidar bem dos doentes”.

Se sua força ou alegria parecerem escassear, o enfermeiro pode obter inspiração desta pergunta de Cristo Jesus: “Não sabíeis que me cumpria tratar dos negócios de meu Pai?” Lucas 2:49 (conforme a versão King James). Embora a enfermagem possa se parecer com rotina física, ela expressa, em verdade, as qualidades do Cristo. Talvez o leitor pergunte como é que tarefas comuns como arrumar camas ou preparar refeiçesõ podem expressar o Cristo. O enfermeiro da Ciência Cristã encara a arrumação de uma cama como a expressão consciente de ordem, graça e precisão. Ao preparar uma refeição, pode volver seu pensamento para a compreensão de que Deus está sempre alimentando Suas idéias com satisfação e com tudo o que é necessário. Pode meditar silenciosamente em versículos bíblicos inspirados, tais como: “Preparas-me uma mesa...; o meu cálice transborda.” Salmos 23:5.

Cada procedimento no quarto do doente é respaldado por qualidades espirituais. Os procedimentos em si não curam; o enfermeiro sabe que o processo de cura é divinamente mental — inteiramente espiritual. Mas a criatividade em expressar aptidões práticas e qualidades abnegadas ajuda a levar ao paciente conforto, asseio, alimentação, segurança e atividade natural. À medida que suas necessidades humanas recebem cuidado, o paciente tem a liberdade de elevar o pensamento até que este chegue à convicção espiritual. Em resposta ao tratamento inspirado que é ministrado pelo praticista, o paciente é levado ao lugar onde percebe que se está tornando evidente a coincidência do humano com o divino. Então, o único diagnóstico verdadeiro acerca do homem fica comprovado: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gênesis 1:31.

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