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Um fator importante na cura

Da edição de agosto de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia e os escritos de Mary Baker Eddy podem ser estudados sob muitos aspectos. Se nos aprofundarmos neles com o desejo específico de aprender a curar mais eficazmente, descobriremos novas vistas e clara orientação. Se já por muitos anos estudamos as idéias contidas nesses livros, é importante evitar a mera leitura de palavras que passa por alto orientações importantes.

Como exemplo, consideremos esta declaração da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “Quem quiser demonstrar a cura segundo a Ciência Cristã precisa ater-se estritamente às suas regras, estar atento a cada declaração e avançar a partir dos rudimentos estabelecidos.” Ciência e Saúde, p. 462. Esses dois primeiros requisitos exigem disciplina e aprendizagem honesta. Às vezes, fazemos um trabalho razoavelmente bom ao atermo-nos às regras — e talvez estejamos conseguindo estar atentos a cada declaração. De fato, podemos estudar atentamente os livros até que conhecemos suas normas de trás para frente e de frente para trás. Mas, se ficarmos por demais emaranhados nas duas primeiras exigências, podemos vir a negligenciar a terceira: avançar.

É bem possível dedicar bastante tempo às duas primeiras categorias e ainda assim conseguir pouco no que se refere à cura. A chave de uma cura pode estar em saber se realmente estamos avançando junto com os pontos originais de metafísica que primeiramente aprendemos na Ciência. Na verdade, a dificuldade com que nos defrontamos pode não passar de sintoma do fato de que ficamos desejosos de descansar sobre nossos louros. Em tais casos, a necessidade é a de sermos motivados para entrar em ação — em uma vitalidade espiritual que nos conduza para a frente, a nova base, a novos vislumbres e descobertas sobre a natureza de Deus e do homem.

Depois de estabelecer esses três pontos, Ciência e Saúde oferece quatro elementos que nos ajudam a impulsionar nosso avanço: “Nada há de difícil ou trabalhoso nessa tarefa, quando o caminho está indicado; mas só a abnegação de si mesmo, a sinceridade, o cristianismo e a persistência obtêm o prêmio, como geralmente acontece em todas as atividades da vida.”

Às vezes uma pessoa poderá dizer: Mas eu tenho exercitado a abnegação; tenho sido sincero, cristão e persistente, no entanto, ainda não vi a cura completa. Talvez a resposta esteja no tipo de premissa subjacente ao nosso conceito de avanço e àqueles quatro elementos que o animam. Se a base para chegar ao progresso é nosso mero esforço humano — mesmo que este seja nobre — de ser, digamos, persistentes ou sinceros, deparamo-nos com uma limitação intrínseca.

O ímpeto geral propulsor de Ciência e Saúde revela um ponto metafísico profundo que necessita ser encarado como subjacente aos passos de progresso que damos ao discernir a Verdade divina. Na realidade, toda existência é espiritual; todo ser está agora mesmo no ponto de expressar a perfeição de Deus. Mas isto não significa que a realidade seja estática. De fato, o ponto-chave é que a criação de Deus está sempre se desdobrando, desenvolvendo-se e progredindo desde a base da perfeição. Em resposta a uma pergunta sobre o progresso eterno do homem, a Sra. Eddy explica: “O progresso infinito é o ser concreto, que os mortais finitos vêem e compreendem apenas como glória abstrata.” Imediatamente antes desse ponto, ela nos afirma: “O homem é o descendente e a idéia do Ser Supremo, cuja lei é perfeita e infinita. Em obediência a essa lei, o homem está sempre manifestando as perenes bem-aventuranças do Ser; pois ele é a imagem e semelhança da Vida, da Verdade e do Amor infinitos.” Miscellaneous Writings, p. 82.

E é, portanto, a lei divina imortal que sustenta o nosso progresso atual e os elementos de abnegação, sinceridade, cristianismo e persistência. A lei de Deus garante o desdobramento infinito. Baseados nessa verdade, é-nos possível demonstrar o poder divino que nos impele o avanço em questões metafísicas. Como nos seria possível permanecer na compreensão de Deus que temos no presente, se percebemos que o homem em sua verdadeira natureza inclui progresso ilimitável?

Nosso Guia, Cristo Jesus, certamente avançou em sua compreensão de Deus. Lucas conta-nos: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” Lucas 2:52. Paulo, seguidor de Jesus, pôde dizer: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filip. 3:14. E para nós, cada ano deve ser um ano de progresso.

A vida do Mestre incluiu um esforço monumental. No entanto, esse avanço não se baseava em determinação mortal; mas, sim, em que o Mestre compreendeu esta verdade metafísica fundamental, a de que a criação espiritual está sempre florescendo. Quando assimilamos esse fato e reforçamos nosso amor a ele, descobrimos que estamos progredindo espiritualmente e que nossa percepção de Deus está ficando mais clara. A Sra. Eddy assegura-nos: “Na medida em que nossas idéias sobre a Divindade avançam rumo a conceitos mais verdadeiros, aceitamos os remanescentes dois terços do plano divino de redenção — isto é, o de salvar ao homem da doença e da morte.” The People's Idea of God, p. 12.

Ninguém pode se dispor a ficar metafisicamente parado. Para curar com maior rapidez e eficácia, somos chamados a avançar para além de nossa compreensão atual. E o faremos, se reconhecermos a lei divina que exige esse avanço.


O Senhor é a porção da minha herança
e do meu cálice;
tu és o arrimo da minha sorte.
Caem-me as divisas em lugares amenos,
é mui linda a minha herança.
O Senhor, tenho-o sempre à minha presença;
estando ele à minha direita
não serei abalado.

Salmos 16:5, 6, 8

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