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Buscar o reino dos céus: caminho certo para a cura

[Original em alemão]

Da edição de fevereiro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao ouvirmos as notícias internacionais diárias, talvez fiquemos com o coração apertado de preocupação e dó. E em nossa própria vida talvez enfrentemos problemas que repetem as necessidades do mundo. Quando nos esforçamos em vencer tais dificuldades, contribuímos para aliviar os sofrimentos de toda a humanidade.

O quanto podemos estar gratos por nos dar a Ciência Cristã instrumentos eficientes com que anular o pecado, a doença e a morte! A Sra. Eddy, nossa Líder, encontrou na Bíblia os fundamentos da cura espiritual. Foram eles explicados e comprovados pelas palavras e vida dos profetas e dos apóstolos e, acima de tudo, pelas incomparáveis realizações de Cristo Jesus. A Sra. Eddy interpretou-os em seu livro Ciência e Saúde. Desde então, Cientistas Cristãos conscienciosos, em todo o mundo, têm curado a si próprios e a seus semelhantes. Muitas dessas curas são vitórias esmagadoras, libertação instantânea, enquanto que outras vêm apenas depois de esforço paciente e humilde. Em tais casos quiçá se façam necessárias muita oração sincera, persistência e firmeza, até que se reconheçam claramente os fatos acerca de Deus e do homem como Seu filho, e que a nulidade das condições desarmoniosas fique comprovada.

Às vezes, parece que nos primeiros anos de nosso estudo e prática da Ciência Cristã obtínhamos curas de forma mais rápida e fácil. Mas será esse o caso? Deus é o mesmo ontem e hoje. Seu amor, Seu poder e Sua presença não mudam. Agora e sempre cada um de nós é de fato o filho do Seu amor, perfeito, valorizado e protegido.

O que parece tornar nosso trabalho mais difícil poderá ser visto, de certa maneira, como prova de nossa maior compreensão. Se uma dona de casa cuida diariamente do lar só de forma superficial, talvez o tirar de leve as coisas será suficiente para deixar a casa em ordem; mas se ela olhar melhor, verá quanto pó e outras coisas se acumularam em toda parte. Então, precisará despender mais tempo e maior esforço. Quanta satisfação terá quando encontrar, após haver limpado meticulosamente toda a sujeira, a casa posta em ordem!

Assim também deveríamos procurar, com alegria, solucionar problemas aparentemente difíceis. Nossas armas espirituais para a batalha nunca serão fracas demais e não nos falharão. Temos de aprofundar nossa consagração e firmar mais nossa lealdade e constância. Com idéias novas, atenção renovada e confiança de vencer, devemos abordar até o que parecem ser crenças falsas profundamente enraizadas. Podemos dar prova de que nossa compreensão aumentada equipara-se aos desafios que enfrentamos.

A Bíblia e as obras da Sra. Eddy estão repletas de instruções, conselhos e promessas confortadoras para todos os que anseiam por cura. Um dos queridos ditos de Jesus encontra-se no Evangelho de Mateus. Explicando que o cuidado de Deus inclui tudo o de que necessitamos — como comida e roupa — Jesus afirmou: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33. Aí temos tanto as instruções claras sobre o que devemos fazer, como a promessa da recompensa de nossos esforços. Quantas vezes essas palavras confortaram pessoas que lutaram com problemas difíceis!

Também eu fui guiada por esse carinhoso conselho de nosso Mestre. A certa altura, porém, vi que, sem dar-me conta, eu começara a enfatizar o ponto errado. Desejava e esperava que “todas estas cousas” me fossem “acrescentadas”, pois eu procurava cura e auxílio e por isso buscava “o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça”. Eu perseverava em ler página após página e mergulhava na literatura da Ciência Cristã. Quanto mais teimosa me parecia a crença, tanto mais tempo e atenção — e leitura, claro! — eu pensava serem necessários. Afinal, vi que meu comportamento se assemelhava muito ao de Jacó, após ter este sonhado com a escada que subia ao céu, pois jurou: “Se Deus for comigo ... e me der pão para comer ... de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus ... e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.” Gênesis 28:20–22. Com um trato desses com Deus, em que sacrifício e gratidão — ou, como no meu caso, tempo e esforço — iriam seguir-se pela Sua ajuda, eu queria ter nada a ver. Fiquei muito envergonhada por ter pensado na ajuda de Deus de modo tão indigno, ao invés de orar de forma mais humilde e altruísta a fim de compreender Sua verdade. Pedi orientação e iluminação divinas. Daí ficou-me claro que, para usufruir do bem prometido pelos dizeres do Mestre, eu precisava primeiro “esquecer” da sua segunda parte, isto é, da própria promessa. Concentrei-me de todo em diligenciar, de fato, pelo reino de Deus e Sua justiça.

Como é que buscamos o reino de Deus? No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, encontramos esta definição de “céu”: “Harmonia; o reino do Espírito; governo pelo Princípio divino; espiritualidade; felicidade; a atmosfera da Alma.” Ciência e Saúde, p. 587.

Para se alcançar esse estado é necessária uma completa reorganização, uma transformação, de toda a poderia deixar de ser curado, ao buscarmos seriamente, acima de tudo, o céu e a justiça de Deus — Sua retidão? Tal tarefa nada exige senão que se submeta cada momento, cada pensamento, palavra e ação conscientemente ao governo de Deus para que tudo se faça de acordo com Sua vontade. Isso só é possível ao colocarmos todo o nosso modo de pensar, sentir e querer nas mãos de Deus. Deveríamos dedicar-nos a expressar nossa verdadeira natureza à imagem de Deus de forma cada vez mais clara e pura, a ser quem em realidade somos e a cumprir só a vontade de Deus.

Muito difícil, isso? Oh, não! Pois quanto mais sincero nosso esforço, tanto mais altruístas nos tornamos em nossa vida e mais o amor de Deus nos ilumina. Sentimos Sua força e proximidade que nos mantêm, sustentam, confortam e fortalecem. Então, nada será mais importante para nós do que amar a Deus e realizar Seu trabalho. “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” Salmos 73:25, 26., lemos nos Salmos.

Ao passar nossa vida a centralizar-se em Deus, iremos obter também as coisas que, na promessa de Jesus, nos serão acrescentadas. Tê-lasemos em abundância, mas perceberemos que residem em fazer a vontade de Deus e em amá-Lo.

Às vezes, o desânimo e o desapontamento pretendem nos dominar. Aí, o pensamento mortal insinuaria que o caso é desesperador, que já é tarde demais ou que não teríamos a força, a habilidade ou a persistência de nos esforçarmos para alcançar o reino de Deus. A tentação chega até a assumir a voz da razão ou de nosso sentido de responsabilidade. Qualquer a forma que tome, porém, a sugestão nada é além de ilusão, sem origem, pois não procede de Deus. Não tem lógica nem poder de nos prejudicar, nem atração. Não pode desviar-nos de nossa absoluta confiança em Deus.

No livro de Daniel encontramos a história dos três homens hebreus que se recusaram a adorar certo ídolo. Foram ameaçados de serem de imediato atirados à fornalha ardente como castigo. Haveria perigo maior? E, no entanto, os homens deram uma resposta que, em sua simplicidade e lealdade a Deus, é incomparável: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses.” Daniel 3:17, 18. Em nenhum momento acharam que a vontade de Deus fosse sua destruição, mas colocaram-se em Suas mãos sem reservas nem condições e foram salvos, de tal forma que “nem cheiro de fogo passara sobre eles” Daniel 3:27..

Uma mulher que havia estudado a Ciência Cristã por muitos anos, notou em seu corpo certos sintomas que sugeriam uma doença muito temida. De imediato, decidiu aceitar esse desafio e começou a orar, às vezes sozinha e outras vezes com a ajuda de uma praticista da Ciência Cristã, para obter a cura. Mas, embora houvesse recebido alívio temporário da condição física e amiúde lhe parecesse ter alcançado o objetivo, os sintomas voltavam de forma ainda mais agressiva. Afinal ela estava tão fraca que mal podia subir um lance de escada. Certo dia, ao desincumbir-se de uma pequena missão, sofreu um colapso e foi levada para casa e colocada na cama. Ainda soava em seus ouvidos a voz de uma amiga que lhe pedira com insistência que, como se encontrasse em tal perigo, procurasse auxílio médico. Que deveria também pensar em seus deveres para com os filhos, dissera-lhe ainda a amiga. Agora, a mulher estava sozinha. A morte parecia muito próxima. Então, a história dos homens na fornalha ardente veio-lhe à lembrança. Ela reconheceu que não podia fazer nada senão confiar em Deus de forma igualmente incondicional. Com toda a força que tinha, disse em voz alta: “Mesmo que eu morra agora, não Te deixarei, Senhor! És minha Vida, és tudo para mim. Tu me amas e eu Te amo. Nada pode me impedir de fazer a Tua vontade, de obedecer a Teus mandamentos, de amar-Te acima de tudo.” Era como se ela estivesse saltando um profundo abismo. Ficou deitada, quieta, por alguns minutos, sentindo grande clama, de sua perfeição e segurança atuais em Deus. Então levantou-se e passou a fazer o almoço para a família. Estava curada. Havia comprovado a verdade da seguinte declaração de Ciência e Saúde: “Só mediante uma confiança radical na Verdade é que o poder curativo científico pode ser realizado.” Ciência e Saúde, p. 167.

Sempre estamos aptos a confiar em Deus de forma absoluta, a consagrarmo-nos a Deus de forma total e a decisivamente apoiarmo-nos em Seu poder e Sua bondade. Isso só parece difícil ou impossível ao pensamento materialista. Esse pensamento errôneo opor-se-ia a nosso esforço de alcançar o reino de Deus, pois tal esforço viria selar sua ruína. O pensamento material não é, porém, nossa consciência verdadeira. Cada um de nós é, em verdade, filho de Deus, equipado, pelo Pai, com toda compreensão espiritual, dotado de todo poder e autoridade necessários, preservado e protegido pelo amor de Deus.

Buscar o reino de Deus e Sua justiça é nossa conduta natural, a meta para a qual deveríamos dirigir nossos esforços. Todo empenho de alcançar esse objetivo iguala-se a dar um passo na direção do lar. Quanto mais progredimos nesse caminho, tanto mais claro nos fica o que vemos e experimentamos. E o mais agradável é que não apenas a bem-aventurança do céu nos espera no fim da jornada, mas que podemos vivenciar algo desta felicidade aqui e agora.

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