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Emprego para todos

Da edição de fevereiro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


A excitação causada por um novo emprego ou a satisfação pelo progresso contínuo num trabalho antigo é o que a maioria das pessoas deseja. Emprego produtivo e útil torna-se realidade para muitos; tais pessoas estão contentes com o que fazem e se sentem bem motivadas.

No entanto, uma percentagem significativa do total da força de trabalho em diversas partes do mundo está desempregada e este é um fato lamentável. Muitas vezes, essas pessoas foram rejeitadas por causa de fatores tais como idade, educação ou antecedentes.

O homem, como a Ciência Cristã o entende, não é um mortal autoconstituído ou destinado ao fracasso. Não é, portanto, vítima de estatísticas econômicas. O homem é a imagem de Deus e sua verdadeira ocupação é a de expressar as qualidades de Deus, Princípio, Alma, Verdade, Amor, Espírito, Mente e Vida. Que Deus é o único criador todo-poderoso acha-se ressaltado na Bíblia: “Sabei que o Senhor é Deus: foi ele quem nos fez e não nós que nos fizemos.” Salmos 100:3 (conforme a versão King James).

O homem, ao expressar espontaneamente a Verdade que compreende, obtém como resultado o ser honesto, preciso e pontual. Ao manifestar a Alma, está capacitado a reivindicar individualidade, perspicácia, aptidão artística e graça. É possível reivindicarmos estas qualidades morais e espirituais e muitíssimas além destas, para nós e para outros. Manifestar as qualidades de Deus faz-se acontecimento natural, a realização da obra de Deus, e Sua obra está estabelecida. Podemos orar: “Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória. Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos.” Salmos 90:16, 17.

Porque todas as qualidades da Vida, Deus, são boas e pertencem ao homem individual, este nunca pode ficar fora do reino da Mente nem deixar de expressar e utilizar as qualidades de Deus. A criação da Mente está intata, nunca fragmentada ou deslocada. Estamos em união com o Pai. Nosso valor como indivíduos vem do que manifestamos como expressão da Vida, da Mente.

Grande quantidade de pessoas já ouviu, vez ou outra, alguém dizer: “Bem, se você tivesse mais experiência”, ou, então, “Você certamente tem potencial e um belo curriculum vitae, mas francamente está super-qualificado.” Qualquer dessas afirmativas poderá ser desanimadora. Convém desafiar prontamente o mau-humor ou o desânimo resultantes, para que estejamos prontos para o trabalho que realmente nos diz respeito.

Retiremos o caso do reino do humano e coloquemo-lo numa base espiritual. Poderá o homem estar super-qualificado ou sub-qualificado para expressar os talentos da Vida, do Espírito?

Humildade é a chave do bom emprego. Nesta qualidade não há atitude servil; há uma disposição absoluta de fazer a vontade de Deus e amar mais. A verdadeira humildade renuncia à intensa vontade humana acerca de algum caso. É como se, com efeito, disséssemos a Deus: “Eis-me aqui; usa-me para o que melhor servir ao Teu propósito, onde eu possa abençoar a humanidade com os talentos que Tu me deste.”

Comportamento agressivo ou animalidade, em contrário a certas opiniões populares ou falsa propaganda, não pode dar garantia de levar a um melhor emprego ou a maiores concessões por parte de algum empregador. A convicção tranqüila que temos de nosso mérito como idéias da Mente dispõe-nos a falar com franqueza, mas sabiamente.

Existe uma lei divina do bem que reúne trabalho e trabalhador. Esta lei do bem é mais poderosa do que quaisquer dados estatísticos negativos ou limitados. Esta mesma lei reúne comprador e vendedor, anunciante e consumidor, professor e aluno, para benefício mútuo. Atua dentro dos escritórios, nos negócios e entre as nações.

Embora Deus não tome conhecimento algum de normas de escritório, títulos educacionais, publicidade ou promoção de vendas, Deus sabe que o homem é inteligente, ativo, e que está imbuído de propósito. Estas qualidades têm ação direta no cenário humano dos negócios: expressando-as, colocamos o trabalho ou o quadro de vendas num nível mais elevado de desenvolvimento e numa visão mais equilibrada de justiça e economia.

Na totalidade, no poder e na presença de Deus não existem mortais; não há pessoas inúteis ou indesejadas ou em fase de envelhecimento. Não pode haver aposentadoria de expressarem-se as qualidades do Espírito. Reivindicando o reino de Deus dentro em nossa consciência e atendendo à lei da harmonia e da utilidade, podemos prosseguir para um trabalho mais elevado, o de levar certa medida de cura à humanidade, qualquer que seja a atividade em que decidirmos nos ocupar em nossos anos mais avançados.

Mary Baker Eddy ainda se encontra muito à frente de nossa época em suas declarações a respeito de idade e das possibilidades do ser isento de idade. Em Ciência e Saúde escreve: “Nunca registreis idades. As datas cronológicas não fazem parte da vasta eternidade. Os registros de nascimentos e de óbitos são outras tantas conspirações contra a natureza perfeita do homem e da mulher. Se não fosse o erro de medir e limitar tudo o que é bom e belo, o homem viveria mais de setenta anos, conservando ainda o vigor, a louçania e a promessa.” Ciência e Saúde, p. 246.

Temos de tomar cuidado para não ficar simplesmente marcando passo. Temos de sistemática, diária e literalmente nos despir “do velho homem com os seus feitos”. A mortalidade, o sentido amortecido de que o homem é uma pessoa mortal, limitada, centralizada no cérebro, precisa ser substituída pela consciência de que o homem é espiritual, o “novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” Coloss. 3:9, 10..

O que se segue representa uma grande contribuição para o mercado de trabalho: “Não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém, Cristo é tudo e em todos.” Coloss. 3:11. Aceitar este reconhecimento da fraternidade do homem viria pôr um fim à discriminação no trabalho.

Não podemos permitir que a timidez ou o medo nos impeçam de procurar e encontrar o que de direito nos pertence — o estarmos empregados, no sentido mais produtivo, para ajudar o próximo. O medo não tem poder, substância nem mente na totalidade de Deus. Deus é nossa fortaleza; Deus está à nossa mão direita e conosco, onde quer que estejamos.

Se a Mente divina é a única Mente que existe, então esta Mente sabe tudo e expressa tudo.

Como afirma claramente Ciência e Saúde: “O Espírito diversifica, classifica e individualiza todos os pensamentos, os quais são tão eternos como a Mente que os concebe; mas a inteligência, a existência e a continuidade de toda individualidade permanecem em Deus, que é seu Princípio divinamente criador.” Ciência e Saúde, p. 513.

Logo, se o leitor se defrontar com alguma rejeição ou com um sentimento acabrunhador de que talvez irá ser rejeitado, inverta esse sentimento. Procure fazer da entrevista uma bênção espiritual para todos os envolvidos. Erga todo o quadro ao padrão da perfeição divina, à imagem e semelhança da Mente. Negue as falsas limitações erigidas a seu respeito e a respeito de outros e eleve-se mais alto para o sentido das oportunidades infinitas que a Mente oferece. Tenha ânimo, quando nenhuma outra pessoa pareça pensar ou agir corretamente. Deus nos ama, nos aceita, nos acalenta. A Bíblia diz: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” 1 Cor. 2:9.

Nunca estamos fora do alcance do Amor infinito. Nisto estão incluídos aqueles que acreditam ter o poder de isolar o homem ou de classificá-lo como “desempregado difícil de empregar”. Ninguém pode separar o homem de seu Criador. Ninguém pode separar o homem de seu emprego como imagem de Deus. Isto tem ramificações práticas; na proporção em que a verdade é compreendida, sua conseqüência é o trabalho humano. Nem o desapontamento, nem o abuso nem a fraude podem tocar a expressão do Amor.

O reino de Cristo, com salvação e cura para todos, adianta-se mediante a genuína espiritualidade e o amor. O acanhamento temeroso e a autodepreciação estiolam o potencial espiritual. Esses não passam de egotismo ao revés e não fazem parte do homem de Deus. Nosso mérito real é ilimitado e está desimpedido.

Precisamos empurrar os limites do pensamento para além da mesquinharia ou da exclusividade. O potencial ilimitado que temos como expressão infinita da Mente significa oportunidade ilimitada. Quando eliminarmos sistematicamente da consciência, com relação a nós e a outros, as limitações falsas quanto a caráter, meio ambiente ou as cruéis barreiras raciais ou de genética, este processo haverá de destruir o suposto efeito delas em nossa vida.

Deus aceita sempre e ama os que são Seus. Estes somos nós!


Nos tempos bíblicos, uma família hebraica típica comia carne só em festividades ou em outras ocasiões especiais. A comida do dia a dia consistia de cereais, especialmente trigo e cevada; de lentilhas e feijão; de peixe, comida básica só nos tempos do Novo Testamento; de leite, coalhada, manteiga e queijos; de mel, proveniente, até quase o fim da época do Antigo Testamento, só de abelhas silvestres; de nozes; de ovos de aves selvagens; de uvas, figos, tâmaras e romãs. Cebolas e azeitonas (importantes por causa do azeite) ajudavam a variar a dieta dos hebreus. Os temperos citados na Bíblia incluem, além do sal, o coentro, a menta, a erva-doce, o endro e a mostarda.

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