Certo dia Ramiro e Martin estavam brincando num parque perto de casa. Repentinamente Ramiro, o mais jovem, parou o que estava fazendo e perguntou, surpreendido: “O que é aquilo ali?” Apontou para um grande boneco feito de madeira e palha, vestido com roupas velhas de homem e chapéu de palha rasgado.
“É um espantalho”, respondeu Martin. “É para espantar os passarinhos.”
“Por que querem espantar os passarinhos?” Ramiro perguntou admirado.
“Porque os passarinhos comem as sementes e os brotinhos novos das plantas. Mas quando vêem esse boneco de palha não chegam perto, pois pensam que é realmente um homem.”
“Então os passarinhos não sabem que é um boneco de palha, e não um homem de verdade. Não compreendem que é falso”, disse o menino mais novo, pensativo.
Os meninos continuaram com os brinquedos. Algumas horas mais tarde Ramiro já não queria brincar; estava com forte dor de cabeça, sentia-se muito fraco e queria deitar-se. A avó o acompanhou e, enquanto o acomodava na cama, comentou com ele o quanto Deus o amava. Lembrou-lhe que ele era um filho de Deus e que Deus não permite que Seus filhos fiquem doentes. Também disse-lhe que Deus é Espírito e está em toda a parte, portanto Deus estava ali mesmo com Ramiro, cuidando dele como cuida de cada um de nós.
Martin, que também freqüentava, como Ramiro, a Escola Dominical da Ciência Cristã, veio ao quarto e disse: “Você se lembra do espantalho que vimos hoje? Os passarinhos pensam que é um homem de verdade, e fogem espantados. Você pensa que a doença é verdadeira, que tem poder para fazer você sofrer, e por isso você se sente mal. Mas a doença é uma mentira, porque Deus não a fez. É como o boneco de palha.”
“Mas a dor que sinto parece bem verdadeira. Que é que vou fazer?“ perguntou Ramiro.
A avó pegou o livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy e leu o seguinte: “Deus, o Espírito, sendo tudo, a matéria nada é.” Ciência e Saúde, p. 113.
“Não tenha medo; a matéria não lhe pode fazer nada, porque é tão sem poder e sem inteligência quanto o espantalho. Deus é Tudo e está presente aqui, agora, neste mesmo momento; somente coisas boas podem acontecer”, disse a vovó.
Mais tarde ela pediu ao neto que pensasse juntamente com ela nas palavras que havia lido do livro, e assim o fizeram por alguns minutos. Momentos mais tarde Ramiro disse, contente: “Gostei muito de pensar em Deus. Agora eu queria comer alguma coisa.”
A avó preparou alguma comida e convidou os dois meninos a virem à mesa. Ramiro levantou-se da cama rapidamente; já estava curado. Quando ele e Martin acabaram de comer, começaram a brincar como de costume. A avó agradeceu a Deus porque o Amor sempre presente os havia guiado.
