Entre as pretensões associadas com enfermidades orgânicas, funcionais e mentais acha-se a afirmação de que o controle normal do corpo ou do pensamento pode ser reduzido ou perdido em resultado do assim chamado processo de degeneração. Crer-se na enfermidade ou ter-se medo a ela, considerando-a algo real, constitui virtual aceitação de uma influência oposta a Deus — influência supostamente capaz de privar o homem de seu direito divino de autogovernar-se.
Realmente, porém, nenhum mal atua no reino de Deus. Existe um antídoto poderoso para o conceito errado de que há na doença uma influência verídica contrária. Este antídoto é a verdade sanadora que revela ser Deus a Mente onipotente, o Tudo, o único poder. Deus governa cada ação e função em Seu universo, inclusive o homem, Seu reflexo exato. Deus é a causa governante; o homem é o resultado perfeito.
No tratamento pela Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss), quando devotamente enfrentamos a mentira da doença a partir do ponto de vista científico que se conscientiza da solicitude constante, perfeita, da Mente e de seu governo da criação, alcançamos ficar livres e protegidos de enfermidades debilitadoras. Podemos comprovar a verdade, tanto para nós mesmos como para os que procuram a cura, de que o governo é divino.
Os ensinamentos da Ciência do Cristo instruem o discípulo cristão em como curar mediante a oração. Estudar esses ensinamentos e colocá-los em prática mostra-nos a necessidade de depor confiança total no Espírito divino. Aprendemos que não se alcança verdadeiro benefício curativo e regeneração ao combinarem-se a oração cristã científica e a medicina ou as teorias médicas. O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, declara: “O governo científico do corpo precisa ser conseguido através da Mente divina. É impossível obter o domínio sobre o corpo por qualquer outro meio.. .. Só mediante uma confiança radical na Verdade é que o poder curativo científico pode ser realizado.” Ciência e Saúde, p. 167.
No trabalho de cura pela Ciência, dedicamo-nos a colocar toda a nossa fé e convicção espiritual do lado de Deus, de Sua bondade, de Seu amor e misericórdia infinitos. Nunca deveríamos argumentar — quer por palavras, pensamentos ou ações — em apoio às pretensões de doença. Deveríamos resistir à tentação de acalentar uma enfermidade; podemos rejeitar qualquer sugestão sutil que talvez procure convencernos de que precisamos sujeitar-nos, de alguma forma, a certos sintomas de doença, ao invés de alcançar a cura completa. A lei da harmonia divina governa o ser real do homem.
Sintomas de doença são falsidades; não podem dirigir a vida do homem. A verdade na Ciência é que a doença não pode incapacitar o homem nem fazê-lo perder o controle. Doença é erro, e o erro não tem poder de fazer coisa alguma, pois não existe no reino da Verdade divina. Só Deus governa, dirige, controla.
O praticista da Ciência Cristã nunca deveria desanimar alguém que está procurando a cura, enfatizando a evidência física ou falando detalhadamente na doença ou detendo-se nos sintomas. Num dos primeiros capítulos de Ciência e Saúde, nossa Líder faz esta observação: “O sanador não científico diz: ‘Estás doente. Teu cérebro está sobrecarregado e precisas descansar. Teu corpo está fraco e precisa ser fortalecido. Tens prostração nervosa e precisas tratar-te dela.’ A Ciência põe objeção a tudo isso, pugnando pelos direitos da inteligência e afirmando que a Mente governa o corpo e o cérebro.” Ibid., p. 79.
Mais adiante, noutro capítulo, “A Prática da Ciência Cristã”, o livro-texto ressalta a necessidade de despertar o sofredor e de ajudá-lo a ver que a natureza da doença é ilusória e semelhante a um sonho. Fazse importante saber o que é que nos está governando, se é a ação da doença ou se é a lei de Deus. O livro-texto aconselha: “Logo que o estado de teus pacientes o permita, explica-lhes em voz audível o domínio completo que a Mente exerce sobre o corpo.” Ibid., p. 417.
A obra de cura realizada por Cristo Jesus não tem paralelo em dar prova do governo divino da Mente sobre o corpo. Hoje em dia, em nossos próprios esforços no sentido de curar, deveríamos ter o desejo humilde de emular o exemplo que o Mestre estabeleceu para nós, adorando, assim, e glorificando, o Pai em cujo poder o Mestre confiava.
Jesus curou doenças funcionais, orgânicas e mentais. Consideremos o menino epiléptico a quem Jesus curou. O pai do menino veio a Jesus, implorando que este se compadecesse do filho, “porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e outras muitas, na água” Mateus 17:15.. A doença pretendia ter o poder de privar o menino de seu controle normal. A cura espiritual provou que a doença não tinha poder e o controle lhe foi restabelecido. Quando Jesus curou de violento descontrole o homem que vivia nas montanhas e tumbas na terra dos gerasenos, ficou outra vez e inequivocamente demonstrado o governo supremo da Mente divina. Após a cura do geraseno, seus concidadãos o encontraram sentado aos pés de Jesus, “vestido, em perfeito juízo” Lucas 8:35..
Ao percebermos em oração que a Mente divina é onipotente e ao esforçarmo-nos para cumprir a vontade do Pai, podemos demonstrar o poder redentor de Deus que coloca-nos o pensamento e o corpo em conformidade com Sua lei de harmonia. O controle adequado das funções e da ação corporais e das nossas capacidades mentais fica, deste modo, restaurado. As mentiras a respeito de incapacidade, deterioração, redução de capacidades, são silenciadas pela Verdade divina. Deus é o governador, a causa divina. O homem real é Sua manifestação perfeita, expressando ordem, paz e inteireza perfeitas. A lei do governo supremo de Deus serve como lei vital de cura e renovação espiritual, ao avançarmos em nossa compreensão de que o bem é Tudo e é permanente.
