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O primeiro passo: aprender a amar Deus

Da edição de março de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Hoje, talvez mais do que em nenhuma outra época, pessoas sinceramente interessadas na Ciência Cristã procuram melhorar sua capacidade de demonstrar o poder que esta tem, de curar. Todos nós gostaríamos de adicionar testemunhos convincentes à já abundante evidência de que a oração cura realmente.

Para realizar este desejo convém ponderar meticulosamente outra vez o primeiro requisito subjacente a toda cura na Ciência Cristã. Encontra-se este preceito nas Escrituras: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” Mateus 22:37.

A Ciência Cristã revela que Deus é Tudo: que não existe nenhum outro. Quando amamos Deus, reconhecemos a grande verdade de Sua totalidade e bondade. Isto é fundamental à Ciência Cristã, porque a Mente divina, inclusive sua manifestação infinita, é a substância de toda realidade.

No aprender a amar Deus existem dois aspectos particularmente importantes para obter a cura. Ambos se fazem necessários. Diríamos que o primeiro é o de demonstrar um cristianismo mais profundo em nossa vida; o segundo é o de manter em pensamento uma compreensão espiritual e científica da relação do homem para com Deus. Quando deixamos que estes dois pontos fundamentais guiem nossa demonstração da totalidade de Deus, abre-se o caminho para a cura.

Podemos começar por orar para expressar a bondade de Deus — para mostrar que nosso amor não é tão teórico a ponto de ficar alheio às necessidades da humanidade. Essencial a tal oração é o desejo de ser genuinamente cristão — de ser honesto, moral e de amar os outros compassivamente.

Quando oramos: “Pai, ajuda-me a expressar Tua bondade espiritual e a amar o meu irmão”, estamos voltando-nos para o Cristo, a Verdade, a influência ativa de Deus que modifica o nosso pensamento. Mary Baker Eddy escreve: “Cristo é a idéia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 332.

Quando aceitamos esta influência do Cristo, ela aumenta naturalmente nosso amor por Deus e pelo homem e a compreensão de nossa verdadeira semelhança espiritual com Deus. O ser crístico traz à luz a verdadeira natureza de ambos, nós e outros, como o homem espiritual, o reflexo perfeito de Deus, o bem. Compreender assim a nossa identidade verdadeiramente espiritual ajuda-nos a ser melhores cristãos. Torna-se-nos natural sentir e expressar profundo amor por Deus e pelo homem. O Amor é o Princípio de nosso verdadeiro ser. A Bíblia diz: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” 1 João 4:19.

O desejo de ser semelhantes ao Cristo em nossos pensamentos e ações não só nos relaciona mais ternamente com os outros, mas também prepara o caminho para a nossa própria cura. Um cristianismo mais profundo coloca inevitavelmente nosso pensamento mais próximo do fato espiritual de que a Vida é Deus, o bem, fato sobre o qual toda a cura se acha fundamentada.

À esta altura, no entanto, alguém talvez pergunte: “Quer dizer que isto é tudo o que tenho de fazer? Orar por bondade e para ser cristão, e então serei curado? Se é este o caso, por que há pessoas boas que nem sempre são curadas?” A resposta a esta pergunta estende-se ao aspecto espiritual e científico de amar Deus de todo o coração, obedecendo assim ao mandamento dado nestas palavras de Moisés: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3. Este aspecto, tão fundamental à cura, implica em compreender e comprovar a supremacia das leis de Deus sobre as pretensões da matéria.

Em concordância com os ensinamentos de Cristo Jesus, esta Ciência revela que Deus é Espírito infinito — portanto, que a matéria não é coisa alguma. Compreender a totalidade e a bondade de Deus é ajuda sempre presente à cura física porque tal compreensão revela que a aparente substância da matéria não é o que parece ser. Em verdade, no seu sentido mais lato, na matéria não há substância real, porque a substância real é o Espírito. A matéria não é nada mais nem menos do que crenças falsas a respeito da criação perfeita de Deus.

Num parágrafo do livro Miscellaneous Writings a Sra. Eddy indica como Jesus foi capaz de exercer o domínio dado por Deus sobre a assim chamada substância da matéria: “Aprendemos algo das qualidades da Mente divina por intermédio do Jesus humano. O poder de sua bondade transcendente manifesta-se no domínio que esta lhe dava sobre as qualidades opostas ao Espírito a que os mortais denominam matéria.” Mis., p. 199.

A matéria é formada com “as qualidades opostas ao Espírito”. Jesus sobrepujou-as mediante o “poder de sua bondade transcendente”, poder que Deus lhe dera. Se a matéria estava sujeita à bondade transcendente de Jesus (e sabemos que estava, por causa de sua aptidão de curar pessoas e de ressuscitar a si e a outros), então também nós podemos começar a demonstrar o domínio sobre a matéria mediante a bondade do Cristo que estamos aprendendo a amar e a expressar.

Esta bondade do Cristo baseia-se num grau de bem mais excelente fundamento de amor a Deus que o dos níveis limitados da bondade humana. Muitas pessoas apreciam profundamente as qualidades de bondade e de verdade, contudo não são curadas mediante a oração porque não compreenderam que amar Deus significa reconhecer Deus como Espírito, ver no Espírito a única realidade.

A doença está baseada na crença de que a matéria é realidade sólida: que o homem vive na carne e em razão da carne, e que são inevitáveis a deterioração e a morte. Esta crença é o oposto de amar Deus, porque viola o primeiro mandamento. Reconhece uma suposta substância, um suposto poder ou realidade, separada de Deus.

Esforçar-se ao máximo para ser cristão e, no entanto, manter no pensamento a crença de que a matéria é uma realidade e de que o homem é mortal — mesmo que um bom mortal — tende a negar a cura científica porque não se está aderindo à base sobre a qual a cura se concretiza, isto é, a eterna perfeição do homem como imortal expressão espiritual de Deus. Se quisermos obter cura espiritual contínua, nossa prática do cristianismo precisa ser científica, como o era a prática de Jesus. Isto significa inequivocamente que precisamos alicerçar o pensamento na Ciência do Cristo, a Verdade. Precisamos ancorá-lo na verdade de que Deus, ou a Vida, é Espírito; de que nossa individualidade verdadeira é inteiramente espiritual. Esta verdade a respeito da totalidade do Espírito, que subentende e expõe a nulidade da matéria, é o que a Ciência Cristã revela.

Amar Deus significa crescer na compreensão de que a substância da Vida é o próprio Espírito, manifesto nos elementos perfeitos da verdadeira bondade espiritual que o homem real expressa. Nisso está a maneira científica de encontrar a cura. Descobrimos que nossa verdadeira identidade é agora, e sempre foi, a pura e perfeita expressão da Vida que é Deus, o Espírito. E, à medida que nosso modo de pensar e agir se coaduna com os verdadeiros fatos espirituais do ser, a lei do Amor destrói o medo e a dor, e garante a cura.

Estes passos para aprender a amar Deus não são complexos. Todos podemos esforçar-nos para levar uma vida de cristianismo mais elevado. E todos podemos reconhecer humildemente em Deus a única presença, o único poder e a única Vida. Então seremos capazes de dar testemunhos convincentes de que a oração científica cura realmente. Escreve a Sra. Eddy: “Os caminhos do cristianismo não mudaram. A mansidão, o desprendimento próprio e o amor são as sendas de Seu testemunho e as pegadas de Seu rebanho.” Rudimentos da Ciência Divina, p. 17.

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