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Cura para a tensão internacional

Da edição de dezembro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Mais do que em qualquer outra época da história humana, os sistemas de transporte e de comunicação no globo estreitaram os contatos da humanidade. Uma crescente interdependência caracteriza hoje as relações nacionais e internacionais. A maioria das pessoas o reconhece. No entanto, o progresso para atingir-se uma compreensão mútua parece árduo e lento. Os conflitos regionais e as ameaças de possível aniquilação nuclear por parte dos superpoderes aí estão.

Como indivíduos, podemos ajudar a diminuir a tensão internacional e a melhorar a comunicação global. Podemos orar. Uma jovem professora aprendeu-o, quando teve que enfrentar uma agitação na sua sala de aula.

A jovem lecionava, havia pouco, numa escola internacional e tinha alunos de diversas nacionalidades, procedentes de países cujas crenças políticas e ideológicas divergiam em muito. Certo dia, ao discutirem notícias sobre um assunto internacional particularmente delicado, a jovem deixou que seus próprios preconceitos nacionais predominassem sobre sua habilidade de pensar e comentar objetivamente. Os alunos foram sensíveis a esse estado emocional e logo tomaram vantagem dele. Dentro em pouco, os comentários entre os membros da classe expressavam sentimentos fortes e cheios de ódio. Já não havia atmosfera construtiva para os estudos.

Desesperada, a professora voltou-se para Deus. Em silêncio, declarou que tudo estava sob o controle onipotente de Deus e que somente Deus era a fonte de todo pensamento e ação (o que não foi fácil lembrar diante das emoções em ebulição). A jovem sabia que o homem nunca pode estar fora do reino de Deus. Também sabia que ela era capaz de ver a harmonia desse reino manifestada humanamente, naquele exato momento. A comunicação se faz, sempre, da fonte única, a Mente, para sua expressão, o homem. Nesta Mente não há opiniões opostas, divergentes ou conflitantes. Quando só o Amor impele nossos pensamentos e atos, disso resulta, sempre, uma expressão de amor fraternal, não de egoísmo. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “Quando nos compenetramos de que há uma Mente só, a lei divina de amar o próximo como a nós mesmos se desenvolve; ao passo que a crença em muitas mentes governantes impede o pendor normal do homem para a Mente única, o Deus único, e conduz o pensamento humano para caminhos opostos, onde reina o egoísmo.” Ciência e Saúde, p. 205.

Cristo Jesus, o Mestre dos cristãos e o maior professor que o mundo conheceu, sabia que o homem é filho de Deus. Nunca permitiu ao mal levá-lo a crer que o homem fosse menos do que a imagem do Amor divino. Jesus reconheceu em Deus o Pai de todos os homens quando nos deu a Oração do Senhor. Nela, refere-se ao “Pai nosso” Mateus 6:9., não ao meu Pai ou ao vosso Pai. Jesus venceu obstáculos sociais, culturais e econômicos para demonstrar o cristianismo. Seu mandamento foi o de que nos amássemos uns aos outros, assim como ele nos amou. Ver João 15:12. Esse amor cristão une e cura.

Enquanto orava, a jovem professora pensou no Apóstolo Paulo, também professor, e no que ele pensaria numa situação dessas. Paulo, verdadeiro cosmopolita, não classificava a humanidade em raças e nacionalidades. Demonstrava a lei divina de amar ao próximo, ao mesmo tempo em que pregava no Império Romano. Em Colossenses 3:11, Paulo escreve: “Não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo e em todos.”

Paulo era capaz de olhar além das diferenças raciais e étnicas, identificações convenientes para o pensamento dos mortais, e via a gloriosa cristandade à disposição de todos os que quisessem seguir o Mestre. A amplitude do amor de Paulo dava-lhe segurança interior face aos distúrbios externos, não importando onde estivesse.

Também nós podemos seguir o exemplo de Jesus e reconhecer que, em verdade, todos podemos expressar domínio e união com o Espírito. Não importa se em nossa situação individual há envolvidos membros da família, vizinhos ou pessoas de diferentes nações. Podemos ver as tensões se dissolverem, quando reconhecemos em Deus, o bem, a fonte de todo pensamento e ação. As diferenças de aparência física, de idioma e de costumes que, muitas vezes, inibem a comunicação desaparecem, quando reconhecemos que a verdadeira identidade espiritual de cada pessoa está fundamentada na Alma. Como descendente da Alma, nossa identidade está em amar, e a Mente divina nos reúne em caminhos criativos e produtivos a fim de compartilharmos esse amor. Que bela oportunidade há de praticar diariamente a afirmação de Ciência e Saúde: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; constitui a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’....” Ciência e Saúde, p. 340.

Em pouco tempo, e sem precisar dizer uma só palavra, a professora que enfrentara na sala de aula diferenças aparentemente irreconciliáveis, observou haverem mudado o tom e o calor da discussão. Os alunos escutavam uns aos outros e replicavam às opiniões alheias com cortesia e respeito. A comunicação construtiva se restabelecera. Os alunos reconheceram que suas ásperas trocas de opinião anteriores não tinham valido de nada. Daí em diante as discussões de notícias conduziram-se num clima de cooperação e entendimento.

Uma definição da palavra “harmonia” é: “Disposição bem ordenada entre as partes de um todo.” Quer trabalhemos a nível local, nacional ou internacional, existimos para expressar Deus e, assim, abençoar aos demais. Nenhuma pessoa é menos ou mais importante do que outra. Todas são necessárias à magnífica criação de Deus.

Ao orarmos diariamente para demonstrar o amor fraternal que caracteriza a unanimidade de ação, contribuiremos para substituir a tensão internacional pela cooperação. Envolver a humanidade com as qualidades crísticas de perdão, humildade, gentileza, respeito, paciência, inteligência, ajudará muitíssimo a estabelecer a paz na terra. E podemos começar agora mesmo.

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