Nem sempre é fácil manter-se firme o pensamento em oração, mesmo que seja por uns poucos minutos. Ater-se à linha reta da oração requer autodisciplina, por causa da relutância da mente humana em orar. Contudo, devemos ter como meta a grande diretriz dada pela Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.”Ciência e Saúde, p. 261.
O que se diz natureza humana resiste em entregar-se a Deus e acolher a espiritualidade. Quando estamos atentos para essa resistência e convencidos do valor da oração, podemos, mediante o poder do Cristo, a Verdade, expressado em disciplina cristã, compreender que existe uma única Mente e redimir a consciência. Não a Mente e a mente mortal, mas apenas Deus, a Mente, que é a nossa Mente única, a única origem de nossa verdadeira natureza. Calando os sentidos materiais, obtemos domínio sobre a resistência mental. A oração é arma poderosa contra as sugestões da mente mortal.
Como abriremos o pensamento para receber a graça sanadora de Deus, a diretriz correta, as idéias dinâmicas, cheias de energia, que nos tiram para fora do miasma do erro?
Ciência e Saúde lembra-nos: “Todos somos capazes de fazer mais do que fazemos.”Ibid., p. 89. Isto posto, podemos ver que todos somos capazes de usar de disciplina espiritual mais do que ainda fizemos uso.
Não existem atalhos neste empenho paciente e contínuo de vigiar e elevar o próprio pensamento. O desembaraçar-nos do lixo do pensamento mortal, tal como o medo e o pecado, e de mantê-lo afastado mediante disciplinado empenho, limpa e purifica os recessos da consciência. Assim preparada, a consciência recebe as idéias do Amor divino que satisfazem às necessidades humanas do momento.
Quando percebi pela primeira vez a importância de vigiar meus pensamentos, eu não sabia como excluir deles a mente mortal. Então me vieram as palavras: “Largue-a!” Talvez fosse necessário que eu me esforçasse milhares de vezes antes que pudesse largar conscientemente as sugestões e reações negativas, mas estou aprendendo a largá-las. A oração fica recompensada.
Geralmente, aplicar metafísica não é uma questão de precisar saber mais, mas de fazer mais com o que já se sabe.
A chave da oração ativa é compreender que os resultados não são façanhas nossas. A oração não é mero esforço pessoal. É atividade espiritual. Diante dela toda mentira do mal sucumbe. À medida que a realidade da oração surge no pensamento do estudante, este percebe a verdade expressa nas palavras do Mestre: “O Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” João 14:10. Deus é quem é o autor e quem conclui as obras.
É o Cristo que abre a porta à demonstração. É na profundidade da oração que tocamos o poder do Cristo e este faz da oração uma experiência espiritual ativa, produtiva. Nada pode resistir a tal poder.
Quer estejamos combatendo ativamente no cenário humano, quer permaneçamos primariamente em oração persistente, o mundo necessita desesperadamente desta qualidade de consagração a Deus. Mediante a oração, ajudamos a satisfazer às exigências de hoje.
Como Cientistas Cristãos não podemos cerrar-nos ao clamor que pede ajuda, pois temos visto a incapacidade evidente do raciocínio, da lógica, do planejamento e da luta humanos para solucionar problemas pessoais e mundiais. E a Bíblia estipula: “Orai sem cessar.” 1 Tess. 5:17.
“Abandonareis vosso zelo que ressuma a alfazema”, pergunta a Sra. Eddy, “e vos tornareis guerreiros reais e consagrados? Entregarvos-eis inteira e irrevogavelmente à grande obra de estabelecer a verdade, o evangelho e a Ciência que são necessários para que o mundo seja salvo do erro, do pecado, da doença e da morte? Respondei imediatamente e de maneira prática, e respondei corretamente!”Miscellaneous Writings, p. 177.
Na Ciência Cristã temos a porta que conduz para fora da prisão do pensamento materialista. Essa porta fica aberta pela oração consagrada, disciplinada, a oração da convicção espiritual demonstrada.
