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Mais amor num pequeno planeta (1ª parte)

Da edição de maio de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


“A humanidade necessita acima de tudo é de mais amor” Miscellaneous Writings, p. 107., Mary Baker Eddy, Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), disse numa palestra feita em Boston a 26 de maio de 1895.

Quem deixaria de concordar? Olhando para este planeta desde um ponto privilegiado no espaço sideral, pode-se ver em tantos lugares os tristes e vãos clarões dos foguetes e das bombas. Divisas territoriais, nomes de combatentes e, até mesmo, questões controversas provavelmente pareceriam muito menos importantes do que aqueles espocares de fogo lá em baixo — explosões de ódio seguidas de tristeza — que estão acontecendo há tanto tempo.

Em meio ao terrorismo e às guerras, o coração humano clama por mais amor. Clama por amor em meio ao viver comum.

Mas, como pode a humanidade ter o amor de que necessita, não apenas o amor que consola após o conflito, mas o amor tão forte que desfaz o ódio e a alienação irada que levou ao conflito?

Um passo na direção certa é compreender melhor o que é amor. Tantas vezes a necessidade de amar ainda mais é relegada ao reino moral onde amar em maior profundidade parece estar perpetuamente fora de alcance: um ideal belo, distante. Mas, à medida que obtemos compreensão mais correta do amor, verificamos ser possível e natural o que em nossos corações sabemos ser nossa obrigação fazer.

Se repassamos os relatos contidos nos Evangelhos, nos Atos dos Apóstolos, nas cartas de Paulo, podemos entender que as palavras “amarás o teu próximo” Marcos 12:31. significavam para os seguidores de Cristo Jesus muito mais do que a máxima moral incolor que vieram a significar nos últimos séculos. As palavras deviam ter tido significado assaz intenso no contexto imediato do próprio exemplo de Jesus. Os discípulos aprendiam de um amor que ultrapassa em muito qualquer oscilante sentimento humano de afeição: amor que não vem à tona na presença de amigos e desaparece diante de inimigos. O amor de Jesus havia-se expressado a todos. E não dependia de alguém o retribuir ou deixar de retribuí-lo.

É óbvio que a qualidade desse amor era diferente. Paulo fala no “amor de Cristo que excede todo entendimento” Efésios 3:19.. Era uma presença suficientemente poderosa para enternecer corações empedernidos, para regenerar a vida de pecadores, para fazer com que as pessoas se sentissem amadas e desejosas de expressarem amor.

A opinião humana geral a respeito do amor tem sido de que este é algo que o ser humano consegue gerar ou criar de vez em quando. Mas, por certo, obtemos do Novo Testamento a impressão de que seria mais correto considerar o amor como algo constante, algo que está sempre presente e à disposição. Os seres humanos não o criam, mas podem aceitar sua presença, nele penetrar e aprender a expressá-lo.

A Sra. Eddy escreve: “A verdadeira oração não é pedir amor a Deus; é aprender a amar e a incluir todo o gênero humano em uma só afeição. Oração é a utilização do amor com o qual Ele nos ama.” Não e Sim, p. 39.

Porque Deus é Amor, o amor é uma qualidade própria de todo ser verdadeiro. O amor está em toda parte. Se estamos dispostos a abandonar nossas vagas noções de amor, podemos começar a perceber que o amor é onipresente porque Deus o está manifestando sempre na Sua criação, o homem. O amor espiritual é fundamental ao verdadeiro ser do homem, da individualidade criada por Deus. O amor puro é, de fato, nosso caráter mais verdadeiro, mais profundo, sempre incluído em nossa constituição.

Esse amor não está circunscrito nem é impedido pela injustiça de uma situação humana. Simplesmente continua a brotar no homem, vindo de sua fonte divina infinita, que é Deus.

Um comerciante conhecido meu sofreu em conseqüência de grave e evidente injúria praticada por um colega. Meu amigo havia conseguido uma reunião deveras importante. Um de seus colegas acompanhara o chefe da empresa na viagem ao local da reunião. Quando chegou ao final da viagem, o chefe tinha sido colocado “a par”, por esse colega, de tudo o que supostamente meu amigo fizera de errado. O chefe se perturbou e, até mesmo, reclamou duramente com meu amigo por achar que ele não havia mostrado a devida cortesia e consideração pelo colega.

Meu conhecido ficou surpreso e pasmado. Mas, sendo Cientista Cristão, telefonou a um praticista da Ciência Cristã e pediu-lhe ajuda em oração.

Tão logo desligou o telefone, disse, meu amigo começou a sentir-se mais calmo. Contou ao praticista que, ao cessar de remoer os sentimentos de injustiça e mágoa, e a voltar-se completamente para Deus, uma certeza intensa do amor invadiu seu pensamento.

Estava tão certo de que Deus, o Amor divino, fazia chover o amor em abundância e o bem perfeito, que sabia haver disponível mais do que o suficiente para todos. À luz desse Amor, de que ele estava se conscientizando, estava claro que não fazia sentido ser outra coisa que não totalmente amável, mesmo nos menores detalhes. Nada mais foi dito sobre o assunto pelo chefe ou pelo colega, a reunião teve êxito completo e reinava muita cordialidade entre os três homens.

A compreensão mais espiritual e exata do amor reconhece que o amor tem realmente origem divina e assim não depende de reciprocidade humana. E não pode ser abalado pela injustiça de uma situação ou por feias razões que tentam nos dissuadir de expressar amor, quer numa questão de negócios, quer no seio da família, quer numa contenda entre nações ou religiões.

Num poema que, mais tarde, veio a ser conhecido hino da Ciência Cristã, a Sra. Eddy escreve:

Ó, vem da luta libertar
Quem esperança tem,
E com amor o saciar;
O Amor é Vida, o bem. “Amor”, Hinário da Ciência Cristã, n° 30.

Esses versos falam numa compreensão do que é o amor, a qual tem bem maior dimensão que a do ponto de vista comum acerca do amor como obrigação moral humana. E, é esta maior compreensão que nos capacita a cumprir realmente com muito maior constância nossa obrigação moral e a ela obedecer. Abandonamos mais rápida e espontaneamente os pecados do orgulho, do ego e da reação pessoal que haveriam de toldar o amor. Desponta em nós a verdade de que o amor não é apenas uma dentre as muitas belas qualidades que os seres humanos devem expressar. O amor é, de fato, a própria essência da vida. É o que Deus está dando ao homem. Aceitar e compreender isso revela a vida que se pode esperar fluir de um Deus que é Amor. Não admira que Jesus tenha ressaltado o amor! Este é a chave com a qual compreendemos a vida. Com tal chave abrimos a porta de nosso pensamento ao universo de Deus.

Junho: Mais amor num pequeno planeta (2a parte)

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