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Um ponto de partida para a cura

Da edição de maio de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Notei que, ao pressentir perigo, um passarinho que está no chão imediatamente levanta vôo. Se vê um gato aproximar-se, o passarinho não fica aguardando para ver se o gato tem más intenções ou se está só de passagem. Por instinto, sobe a uma posição mais alta e assim obtém melhor perspectiva e controle da situação.

Se o leitor está buscando cura pela Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), o passarinho ensina uma lição útil. Com muita freqüência ficamos mentalmente no chão, dialogando com o pecado ou com a doença que se aproximam. O inimigo pode pegar-nos e temporariamente subjugar-nos, se não nos elevarmos a uma posição mais alta. O elevar-nos requer estudo, oração e prática.

Essa posição ideal está descrita por Mary Baker Eddy, quem descobriu e fundou a Ciência Cristã, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente — que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino.” Ciência e Saúde, p. 275.

Só nos é preciso aceitar tal ponto de partida. Deus, o Amor, dá-nos a habilidade de ver e sentir Sua totalidade. Desperta-nos para que percebamos nossa capacidade de ficar acima do assalto do mal. Deus dá-nos inteligência e humildade para volvermo-nos a Ele, em oração, e alcançar cura.

Quando começamos a procurar a cura ponderando a evidência física à nossa frente (ou seja, no nível do chão), sem querer pomos Deus em segundo lugar e o problema em primeiro. Embora isso seja melhor do que deixar Deus como último recurso, haverá cura mais rápida se partirmos desta premissa: compreender Deus.

Tal compreensão espiritual precisa sempre renovar-se, não permanecer estática. Por exemplo, hoje o leitor talvez pense em que Deus anima o homem. Deus dá vida, cor, forma e ação ao homem, a cada instante da eternidade. (O amanhã pedirá outro vislumbre da Divindade!)

Quando começamos nossa oração, em prol da cura, com percepções inspiradas e sinceras da natureza do criador, chegamos a conclusões corretas quanto à natureza da criação. Começando com o fato de que Deus é o único a animar o homem, nossa vida tem de expressar atividade correta, beleza e saúde. Isso é lógico, já que Deus, o Amor divino, não conhece, reconhece nem anima doença ou limitação. Se o fizesse, estaria destruindo Sua própria criação!

A totalidade de Deus também é o ponto de partida das Escrituras inspiradas. O primeiro capítulo do Gênesis descreve o homem como feito à “imagem” e “semelhança” de Deus, como “muito bom” e possuindo “domínio”. Quando nos atemos com fidelidade a esse ponto inicial, concluímos que o homem criado por Deus está totalmente imune ao pecado e à doença. Ora, se aceitarmos a premissa oposta, de que Deus anima o bem e o mal para competirem entre si (o segundo capítulo do Gênesis apresenta essa falácia), concluímos tristemente que há no homem um campo de batalha para a doença e a saúde, o pecado e a santidade.

Cristo Jesus demonstrou a força curativa que vem de reconhecermos a premissa errada, descrita de modo tão útil em Gênesis 2. Ao chegar à casa de Jairo, encontrou uma multidão chorando a morte da filha de Jairo. Jesus declarou: “A criança não está morta, mas dorme.” Marcos 5:39. A essa conclusão só se poderia chegar, começando-se com a compreensão de que Deus, o bem, é o único e eterno animador do homem, como Gênesis 1 indica. Os que partiram da evidência física da morte “riam-se dele” Marcos 5:40.. Nenhuma conclusão cientificamente cristã a respeito de cura emerge da premissa de que Deus cria tanto o bem como o mal, a vida como a morte.

Ciência e Saúde indica: “A lógica humana se desnorteia quando tenta tirar da matéria conclusões espirituais corretas, relativas à vida.” Ciência e Saúde, p. 300. Temos, então, de começar a cura com o Espírito, Deus, e não com a matéria. Como o diz Ciência e Saúde: “Temos de inverter o rumo dos nossos fracos adejos — nossos esforços por achar vida e verdade na matéria — e elevar-nos acima do testemunho dos sentidos materiais, acima do mortal, até a idéia imortal de Deus.” Ibid., p. 262. Veremos que “a idéia imortal” faz-se influência sanadora em todas as áreas da experiência humana, à medida que nos esforçamos por atingir pontos de vista mais elevados.

Suponhamos que alguém esteja pensando em comprar uma casa, ou em casar-se, ou, ainda, em mudar de emprego. Mais uma vez, é crucial escolher o ponto de partida correto. Se começarmos com uma análise detalhada dos prós e contras evidentes de uma situação, ficamos como o passarinho no chão, avaliando o gato. Se formos sábios, começaremos com a única e grande causa, a Mente divina, ao invés de partirmos do efeito. Volvemos-nos ao fornecedor, o Espírito infinito, a fim de compreender e demonstrar suprimento adequado. Não dependemos da “criatura, em lugar do Criador” Romanos 1:25.. Harmonia, alegria e progresso nos pertencem quando começamos com Deus e permanecemos com Deus. Tentar resolver as coisas com nossa própria sagacidade seria como o pássaro depender de seu bico e garras para livrar-se do gato.

O mal pretende caçar quem não está alerta. Com sutileza, pretenderia embair-nos, para que acreditássemos que tudo está bem quando há perigo iminente. Que aceitássemos o mal como fazendo parte normal da vida. Ora, o mal vai desaparecendo quando nos elevamos “acima do mortal, até a idéia imortal de Deus”.

Onde e quando quer que o mal surja, podemos contradizê-lo. Foi isso o que Jesus fez, ao afirmar: “A criança não está morta. ...” Este processo de contradizer o quadro físico caótico é característico da cura pela Ciência Cristã. Ciência e Saúde explica: “A Ciência inverte de tal maneira a evidência que está diante dos sentidos humanos corpóreos, que em nossos corações torna-se verdadeira esta declaração das Escrituras: ‘Os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos’, a fim de que Deus e Sua idéia sejam para nós o que a divindade realmente é e necessariamente tem de ser — aquilo que tudo inclui.” Ciência e Saúde, p. 116.

As negações mentais e orais da evidência física têm de vir de uma aceitação sincera de tudo o que consta em Gênesis 1. Então, e só então, nossa negação das evidências corpóreas discordantes torna-se potente afirmação dos fatos divinos. Em dizer “não estou doente” só há impulso curativo quando abraçamos a realidade de que Deus fez, ao homem, não doente, mas “muito bom”. Negar realidade ao mal por causa da totalidade de Deus é sempre útil.

Há ocasiões, porém, em que a evidência física parece tão esmagadora que é quase impossível começar com Deus e, logo, contradizer o quadro do mal. Sob tais circunstâncias, é bom orar em prol da nossa oração, o que poderá incluir a humilde petição por visão e coragem para começar com o Espírito, ao invés de começar com a matéria, com a Verdade, ao invés de com o erro. Podemos orar com algum versículo das Escrituras que servirá para relembrar-nos da supremacia de Deus e da dependência do homem: “Pai ... não se faça a minha vontade, e, sim, a tua” Lucas 22:42.; ou: “Seja Deus verdadeiro, e mentiroso todo homem.” Romanos 3:4.

Começando com Deus, ainda que timidamente, encontramos o caminho certo para a cura. Ao longo dessa vereda, Deus revela-nos nossa identidade como Sua imagem e semelhança. Deus nos abençoa com Sua autoridade para inverter os decretos injustos do mal. Dá-nos a inspiração de que precisamos para curar com o Espírito e não com a matéria.

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