Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Por que nos pomos de pé?

Da edição de maio de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


São quase as 20h25. É quarta-feira à noite e encontramo-nos sentados numa igreja da Ciência Cristã. O Leitor conclui a leitura de alguns anúncios.

A reunião semanal começou com um hino, seguido da leitura de trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. Oramos silenciosamente, repetimos a Oração do Senhor em conjunto e em voz audível, e, depois, cantamos outro hino.

No momento, o Leitor diz: “Esta reunião está aberta para todos partilharem experiências, testemunhos e observações sobre a Ciência Cristã.”

O que acontece em seguida?

Como muitos sabemos, segue-se um extravazamento espontâneo de apreço, um partilhar voluntário de curas obtidas com a oração. É um período de elevação maravilhosa. Ouvir como outros aplicaram os preceitos da Ciência Cristã na vida diária, como viveram conforme o espírito do amor crístico, instrui e inspira.

O que leva as pessoas a porem-se de pé e darem estas provas e testemunhos?

É a gratidão, a gratidão profunda. A Igreja de Cristo, Cientista, dedica-se a cumprir o mandamento de Cristo Jesus: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios.” Mateus 10:8. Jesus, obediente a Deus como Seu Filho, desempenhou a missão que seu Pai lhe havia confiado, amando e curando a outros. Ao viver o Cristo, a Verdade, proferindo palavras confortadoras e, muitas vezes, desafiadoras, e executando supremas obras de cura, deu-nos um exemplo a ser seguido. Expressamos gratidão pelo nosso Guia, Cristo Jesus, e por tudo o que ele nos legou, quando o seguimos mediante a participação ativa numa igreja dedicada a curar.

E por que temos uma igreja dedicada a curar? Após anos de busca, de luta, à procura de Deus, trabalhando e orando, Mary Baker Eddy descobriu as leis da cura-pelo-Cristo e organizou o movimento da Ciência Cristã. A revelação que lhe veio incluía a fundação de A Igreja Mãe e o estabelecimento de igrejas filiais em todo o mundo.

Como é que um de nós poderia ficar sentado na igreja e não estar grato a nossa Líder por sua devoção abnegada? O quanto tem sido abençoada a nossa vida por estas preciosas igrejas filiais em que adoramos a Deus coletivamente, servimo-Lo individualmente e nos unimos para envolver as comunidades e o mundo em amor! Aderindo aos preceitos da Ciência Cristã, tornamo-nos discípulos de Cristo Jesus, prática e naturalmente.

O que seria a nossa vida sem a experiência de igreja? Quantos indivíduos foram curados durante um culto? Ou, curados enquanto participavam de alguma comissão da igreja ou de alguma assembléia? Toda atividade na igreja pode ser curativa, porque nos lembra que o Cristo, a Verdade, está sempre presente em todo lugar para ser aceito.

Se o amor de Cristo enche o nosso coração, temos a igreja em sua essência mais pura, quer estejamos numa barraca pré-fabricada, num belo edifício, quer haja três pessoas ou duzentas e três pessoas presentes.

Quando nossa família morava no exterior, a reunião de testemunhos de quartas-feiras à noite que freqüentávamos, compunha-se de um Leitor, que fazia as vezes de pianista, e três pessoas na congregação. Como uma das três pessoas sentadas, eu apreciava a inteireza de cada culto e orava para vê-lo como incluindo tudo, sem faltar-lhe nada, sustentado pelo Amor divino. Querendo muito contribuir para cada culto, eu orava sinceramente para partilhar um testemunho a cada semana.

Durante a semana eu ficava atenta para ver em minha vida provas do Cristo que eu poderia compartilhar em testemunhos. Sempre havia algo pelo qual expressar gratidão. Nunca era um fardo. Era sempre com alegria que eu partilhava dessa maneira meu amor e minha gratidão pela igreja.

Reverência pelo nosso pastor, a Bíblia Sagrada e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, Ver Miscellaneous Writings 382:32-383:3. pode impelir-nos a dar um testemunho. Nosso pastor, amigo e conselheiro, está à mão vinte e quatro horas por dia. Confortando e elevando, este pastor propicia ajuda e cura imediatas.

A gratidão pelos trechos lidos desses livros alia-se ao ímpeto de dar testemunhos. Quantas horas de trabalho consagrado são necessárias para preparar os trechos lidos na quarta-feira! A mensagem é sempre inspirada e prática, relevante para cada pessoa e situação, para um problema local ou para algum desafio mundial atual.

Muitas vezes verificamos que os trechos correspondem exatamente a uma idéia que nos ocorreu durante o estudo ou às experiências daquela semana, quer o tema seja o de proteção divina, escolha de uma carreira, confiança no cuidado de Deus, ou o de encontrar alegria em compreender Deus, para citar apenas alguns. Muitas vezes, ouve-se lida a verdade exata e necessária para completar alguma cura.

Assim como o Leitor foi inspirado a compartilhar a mensagem da Verdade e do Amor conosco, podemos ser inspirados a oferecer em nosso testemunho aquilo que é apropriado para atender a uma necessidade, a dar a contribuição certa para o culto. Uma das definições de “inspirado” é “influenciado e guiado pelo Espírito Santo”. Se formos receptivos e estivermos escutando com humildade, seremos guiados pelo Espírito, Deus, e a idéia correta virá.

Numa quarta-feira à tarde orei para dar um testemunho sobre gratidão. Eu aprendera uma lição a respeito, no início da semana. Um caroço feio havia-me aparecido no pescoço. Depois de pedir ajuda a uma praticista, orei para ser receptiva à mensagem que Deus tinha para mim. Então compreendi o que eu necessitava. Onde estava minha gratidão?

Problemas com meus filhos haviam sido resolvidos e tinham ocorrido belas curas físicas, acompanhadas de crescimento espiritual. Mas dei-me conta de que eu alimentara contrariedade pelos problemas mais do que apreço pelas bênçãos que se seguiram. Logo a ingratidão manifestara-se fisicamente. Quando enchi o pensamento de gratidão a Deus por todo o bem que havia ocorrido e pela compreensão mais profunda de que, em realidade, nada além do bem jamais havia ocorrido, o caroço feio desapareceu em algumas horas.

Durante todo o caminho para a igreja eu exultava, cantando hinos e pensando em passagens da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy sobre “gratidão”. O primeiro hino, naquela noite, começava assim: “Um puro e grato coração / É um jardim de amor”.Hinário da Ciência Cristã, n° 3. Toda a leitura versava sobre gratidão. Já se sabe quem foi a primeira a pôr-se de pé e dar testemunho!

Realmente, a gratidão a Deus é o incentivo fundamental para dar testemunhos. Nenhuma cura estará completa sem que seja reconhecida e apreciada — em nossa própria comunhão silenciosa com Deus ou na igreja. Muitas vezes, no calor de alguma batalha, eu pensava que naquele aprendizado havia um belo testemunho. De outros Cientistas Cristãos ouvi a mesma coisa. Às vezes, o desejo de partilhar com outros de que maneira o bem triunfou em nossa consciência acelera a cura.

O apreço pelo Manual de A Igreja Mãe igualmente nos impele a contribuir para os cultos de nossa igreja. No Manual a Sra. Eddy relaciona a ordem das reuniões de quartas-feiras. Ver Man., p. 122. Estas reuniões estariam tão pouco completas sem as “experiências, testemunhos e observações” previstos pela Sra. Eddy, quanto o estariam sem a leitura igualmente especificada por ela no Manual. Tanto quanto o Leitor, a congregação tem responsabilidade de realizar uma reunião completa. “O testemunho relativo à cura dos doentes é de grande importância” Ibid., § 24 do art. 8°., diz o Manual.

Referindo-se às reuniões de testemunhos, a Sra. Eddy, certa vez, escreveu: “Convidai a todos cordial e liberalmente para este banquete da Ciência Cristã, a esta festa e afluência da Alma. Pedi-lhes que tragam o que possuem de amor e luz para ajudar-vos a levedar vosso pão e reabastecer vossa minguada provisão. Então, depois de haverem oferecido suas diversas dádivas e de terem, um após outro, aberto os lábios e exposto e repartido o que Deus lhes deu em experiência, esperança, fé e compreensão, recolhei as migalhas e contai os cestos cheios de acréscimos ao vosso amor, e cuidai de que nada se perca.” Mis., p. 149.

Será difícil ficar em silêncio, quando a alegria e a gratidão por tudo quanto Deus fez enchem nosso coração. Talvez tenha ocorrido uma cura, tenha sido corrigido um traço de caráter, vencido um desafio nos negócios ou se tenha percebido mais do amor de Deus. A lista é ilimitada. Quando o coração nos transborda de gratidão, esquecemo-nos do sentido falso, mortal, do eu. A felicidade permeia nosso ser, um grande anseio de louvar nosso Pai amado invade nossa consciência e nos levantamos, dando testemunho.

Então, por que nos pomos de pé? Às vezes, é impossível ficar sentado!

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 1985

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.