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Envio este testemunho, dado ao desejo irresistível de expressar...

Da edição de outubro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Envio este testemunho, dado ao desejo irresistível de expressar gratidão a Deus pela prova de Seu cuidado maravilhoso em momento de extremo perigo.

Há alguns anos, construímos nossa casa num terreno em cuja parte de trás havia uma profunda vala de drenagem. Na época, gostei da idéia, pensando que as crianças (então quatro) iriam se divertir subindo e descendo as barrancas. Isso de fato aconteceu. No entanto, cerca de dois anos mais tarde, a cidade decidiu revestir a vala e transformou-a num U de concreto, com uma abertura de um metro e meio onde desembocava uma nova galeria, aberta na extremidade mais alta de nossa propriedade. A vala veio a ser um dos principais sistemas de drenagem de toda a área em que vivíamos.

Tarde da manhã, fui buscar as crianças na escola de natação. Voltávamos para casa sem saber que a chuvarada que tínhamos enfrentado no caminho provocara repentina inundação na vizinhança. Meus filhos, chegados a casa, imploraram para correr até os fundos e ver como a vala suportava a água. Sempre aproveitavam para brincar e chapinhar lá durante e após chuvas leves. Concordei com que fossem e proibi que colocassem ainda que um dedo do pé na água, até que eu pegasse uma sombrinha e me juntasse a eles.

Quando cheguei lá fora com a sombrinha, encontrei-me com a filha mais velha, de dez anos de idade, que corria para casa chorando, e gritava: “Mamãe, onde estão meus livros?” (Referia-se a seus exemplares da Bíblia e do livro-texto da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy.) Desesperada, ela me disse que a irmãzinha e um dos irmãos menores tinham desaparecido. Não entendi bem e perguntei o que ela queria dizer. Explicou que as duas crianças tinham posto um pé na água e haviam sido levadas de roldão.

Corri para a vala e, quanto mais perto chegava, mais forte ouvia o ruído da água. Não consigo descrever o pavor que senti. Quando cheguei até a beira da vala em que a água corria veloz e ferozmente, vi nosso outro filho ali, tomado de medo. Certamente chegara a hora de afirmarmos as verdades espirituais aprendidas da Ciência Cristã.

Meu pensamento seguinte foi de gratidão imensa por terem sido as crianças ensinadas, em casa e na Escola Dominical da Ciência Cristã, que Deus está sempre com elas, guiando-as e protegendo-as. Eu sabia que elas estavam conscientes desse fato, naquele exato momento. Corri para casa e disse a nossa filha que telefonasse a um praticista da Ciência Cristã, contasse o que tinha acontecido e lhe pedisse para orar por nós imediatamente.

Com o estudo da Ciência Cristã, eu tinha chegado à firme convicção de que a medida de tempo do homem não é a medida de Deus. Como o Apóstolo Paulo escreveu (2 Coríntios 6:2): “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.” Assim, agarrei-me ao pensamento de que não importava a aparência do que tinha acontecido. Naquele exato momento as crianças estavam sob o cuidado amoroso de seu Pai-Mãe Deus.

Mais tarde, soube que em todo o percurso da vala havia homens colocando rapidamente sacos de areia, tentando conter o fluxo violento da água. Duas casas já tinham sido inundadas e a água estava cobrindo as pontes pesadas que os moradores haviam construído para transpor a vala e assim poderem apreciar o bosque que ficava do outro lado da vala. À medida que nossos dois filhos eram levados pela força da água, homens largavam seu trabalho e corriam em socorro das crianças, mas não conseguiam alcançá-las. Àquela altura, grandes placas de concreto subiam à tona, trazidas pela pressão da água. No fim de uma quadra, a vala fazia uma curva fechada à esquerda e a água batia com força contra o muro de arrimo. Seria por ali que nossos filhos teriam de passar.

Peguei o carro e fui para o fim da quadra. Durante todos aqueles momentos, estive orando para prestar atenção aos pensamentos de confiança e conforto que, eu sabia, Deus estava me enviando. No momento em que lá cheguei, sentia a calma certeza da presença de Deus com os nossos filhos. Ao atingir a curva da vala, alguns homens já tinham chegado antes. Escutei-os dizer repetidas vezes que aquilo era um milagre.

Quando olhei para além da água turbulenta, vi, na margem oposta, nossos dois filhos, que tinham vencido a curva fechada, passado o muro de arrimo e agora se agarravam a dois galhos de uma trepadeira, pouco mais grossos que um lápis. Os homens disseram que não era possível chegar até às crianças desde o lugar onde estávamos, mas que iriam de carro por algumas quadras, a fim de alcançá-las do outro lado. Para mim, o resgate das crianças naquela situação não era um milagre. Era a evidência da onipresença de Deus. Nunca esquecerei a sensação de reverência e gratidão imensa por essa prova maravilhosa do amor e do poder de Deus para proteger Seus filhos em qualquer situação humana.

Mais tarde, com as crianças em casa, vi que não restava quase nada de seus calções de banho, exceto os tirantes e as bainhas. Ainda assim, nossos filhos apresentavam apenas algumas escoriações no corpo, como se tivessem esbarrado numa roseira. Perguntei em separado a cada um dos pequeninos o que tinha feito durante essa provação, e ambos responderam da mesma forma. Cada um deles contou que, ao vir à tona, gritara “Deus é Amor”, antes de ser arrastado outra vez para baixo. Quando passaram pela curva fechada, cada um deles estendera o braço e agarrara-se a um galho, vindo então a se deter num banco de areia. Até então, nenhum percebera que o outro estava na água. Mais uma vez, uma grande gratidão a Deus dominou meus pensamentos.

Só espero que, partilhando essa experiência, eu possa expressar de alguma forma minha gratidão ilimitada pelo privilégio de educar nossos filhos (seis ao todo) na Ciência Cristã. Deus tem sido fonte de fortaleza para mim, e para eles, nos anos de formação deles, e temos vivido anos de liberdade e alegria, aprendendo a respeito de Deus, através do estudo desta Ciência.


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