Era época de Natal. Logo mais chegariam meus amigos e parentes. Eu precisava de tempo para limpar a casa e para planejar e preparar a refeição para nossas visitas. Mas eu também precisava de tempo para orar. Outras pessoas com muitos compromissos disseram-me que estavam enfrentando o mesmo desafio. As tarefas diárias, os preparativos para as festas e a oração pela salvação universal — será que tudo isso combina?
Achei a resposta, na própria história do Natal. Em ternos detalhes, a Bíblia descreve os acontecimentos ligados ao nascimento de Jesus Cristo. Em Lucas lemos: “Havia naquela mesma região pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.” Para eles os anjos anunciaram: “Hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lucas 2:8, 11. Os humildes pastores, que obedientemente faziam seu trabalho, foram os primeiros a ouvir e a levar a outros as gloriosas novas do nascimento do Salvador. Para mim essa foi uma indicação de que à medida que nos desincumbimos de nossos compromissos do viver diário, a partir de uma base espiritual, podemos nós também participar do plano de Deus para a salvação de toda a humanidade.
Os pastores “viviam” no campo, “guardavam” seus rebanhos. Palavras tão singelas, no entanto, não só me transmitiam a idéia de lugar, mas de atitude, de um estado de consciência. Sugeriam tranqüilidade, receptividade, terno cuidado e vigilância, todas as características de uma consciência devota. Enquanto ponderava silenciosamente essa história, percebi que a oração não é tanto uma atividade realizada num lugar à parte, mas sim um estado espiritual do pensamento. Portanto, podemos orar efetivamente, tanto na cozinha como no escritório, ou em nosso gabinete de estudo. A oração eficaz não exclui as legítimas exigências da vida diária e vice-versa. Em vez disso, quando abarcamos essas exigências em oração, vivenciamos algo mais da alegria da salvação.
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