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O tratamento pela Ciência Cristã: “método infinitamente superior ao da inventiva humana” ¹

Da edição de dezembro de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Desde o início de nossa Igreja e movimento, o tratamento pela Ciência Cristã Christian Science (kris’tiann sai’ennss) tem sido, não tanto “algo que uma pessoa pede a um praticista da Ciência Cristã”, mas uma maneira sistemática e ordeira da parte deste, de abordar a cura mediante a oração.

De fato, pedimos ajuda a praticistas, quando sentimos essa necessidade. E Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy afirma vigorosamente que as pessoas não deveriam se abster de procurar a ajuda de um Cientista Cristão experiente caso não consigam curar-se a si próprias. Mas a Sra. Eddy não estabeleceu uma categoria especial de membros da igreja, capazes de dar tratamento pela Ciência Cristã, e outra de membros “comuns”, destituídos dessa capacidade. Graças ao livro-texto, Ciência e Saúde, ela tornou acessível a todos o método espiritual de tratamento. Esperava que as pessoas estivessem sempre aprendendo a curar e praticando a Ciência Cristã nessa base.

Se vimos pensando que não somos capazes ou não estamos preparados ou dispostos a tratar a nós mesmos e a outros, é hora de sermos mais perspicazes a respeito desses pensamentos. O fato é que esses pensamentos são estranhos a nós. E não precisamos aquiescer a eles.

A apatia e a incerteza quanto a dar tratamento pela Ciência Cristã, nada tem a ver com falha pessoal. São imposições do materialismo agressivo, que nos leva a pensar que o mundo do Espírito seja tênue, vago, distante, até mesmo algo fora de moda. À medida que aceitamos uma mente humana e mortal como sendo a nossa própria mente, talvez nos tornemos partícipes de uma pretensa atitude mental cética a respeito da verdade espiritual. Por isso, convém lembrarmos, vivamente, se necessário, que houve uma grande descoberta espiritual. Essa descoberta foi a da Ciência da Mente perfeita, ou Espírito perfeito, com a qual Cristo Jesus estava em união.

Não procuramos encontrar numa mente humana a energia, a vontade, o desejo ou a habilidade de curar. Não se pode encontrar o que ali não está. E estar preparado para dar tratamento nada tem a ver realmente com a capacidade pessoal. Trata-se, sim, de considerar o nosso cristianismo, trata-se de nosso esforço persistente para libertarnos do eu, de nosso novo nascimento e da nossa obediência a Deus, a Mente divina. Isso nos torna inteiramente receptivos ao fluxo divino do entendimento espiritual. E desvenda a perspectiva e alegria espirituais que de fato estão continuamente aqui e realmente são inerentes a cada um de nós.

Geralmente, a mente mortal não acredita que sabe — e não quer aprender — a dar tratamento pela Ciência Cristã. Mas Cristo, a Verdade, despertará todos deste sonho de que há mente na matéria, se estivermos dispostos a corresponder a esse despertar. Então teremos mais prazer em nossa oração, como Paulo disse: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em [nós] há de completála.” Filip. 1:6. Com essa base correta, nosso tratamento flui de Deus, o Espírito superabundante.

O universo do Espírito está aqui, e a Mente divina no-lo está revelando, à medida que confiamos nessa Mente e a ela obedecemos. Vemos cada vez mais como é natural afirmar os fatos espirituais que estão vindo à luz. E também vemos como é natural negar inequivocamente os erros que rejeitariam a bondade de Deus e o fato de que refletimos a substância, inteligência e perfeição de Deus.

Não faz sentido começar a queixar-nos de falta de inspiração espiritual. Nem começar a catalogar todas as nossas fraquezas humanas como razões para não sermos pessoalmente bons o bastante para dar tratamento ou para sermos curados. Começamos pela obediência à lei de Deus, a lei em que se baseavam as obras de Jesus e que é revelada na Ciência Cristã. A questão fundamental é realmente: Obedeceremos ou não?

A mente humana, mortal, desobediente considera sempre intangíveis as coisas espirituais. Geralmente acha que sejam inteiramente irreais. Não nos deveríamos surpreender se essa mesma pretensa mente argúi hoje clamorosamente de que não existe nenhuma lei, regra ou método eficaz de verdade espiritual. Mas, a Ciência Cristã demonstra que existe de fato uma verdade espiritual, que a lei divina a sustenta e que a obediência a essa lei traz cura.

Durante séculos se supôs que as coisas espirituais tivessem a ver com a emoção e o misticismo, indo e vindo como nuvens fugazes, com consistência igualmente rarefeita. As pessoas se sentiam cativas dos caprichos da mente humana, quer inspirados quer desesperadores. Mas Cristo Jesus deu um exemplo supremo da verdadeira autoridade espiritual e seu resultado concreto. A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, a Sra. Eddy, escreve a respeito desse método de cura: “Se há algum mistério na cura cristã, é o mistério que a piedade sempre apresenta aos ímpios — o mistério que sempre surge da ignorância acerca das leis da Mente eterna e infalível.” Ciência e Saúde, p. 145.

Não é esse um ponto fundamental com relação ao tratamento? Está este alicerçado na descoberta espiritual das leis da Mente divina. Em primeiro lugar, é por isso que “funciona”: não em virtude de alguma aptidão ou arte propriamente nossa, mas devido a estarmos dispostos a manter a consciência humana em verdadeira e científica relação com a Mente divina.

Se somos tentados a achar que não estamos bastante inspirados para dar tratamento, ou que o nosso pensamento é por demais “mundano” ou está exausto, esse é o instante de lembrar a natureza do tratamento. É o momento de darmos um tratamento a nós mesmos. E quando nos damos conta de que essa tentação não é um leve e momentâneo lapso pessoal, mas sim a aparência suave que serve de máscara para o intento da mente carnal de impedir que alguma vez venhamos a nos envolver em dar tratamento, o efeito é salutar. Talvez fiquemos surpresos — suficientemente despertos para resistir ao engodo do que vinha acontecendo.

A Sra. Eddy por certo compreendia que o tratamento encerra muito mais do que qualquer método empregado em jardinagem ou na Matemática. Ela sabia que grandes exigências espirituais haveriam de ser feitas continuamente a cada um de nós e que seria necessário um conceito inteiramente novo da Vida como Deus. Mas isso não a impediu de ser divinamente guiada a apresentar o tratamento como um procedimento sistemático a ser seguido. Ela escreve: “A metafísica divina está agora reduzida a um sistema, a uma forma compreensível e adaptável ao pensamento da época em que vivemos. Esse sistema habilita o aluno a demonstrar tanto o Princípio divino, no qual estavam baseadas as curas de Jesus, como as regras sagradas para a aplicação atual desse sistema à cura da doença.” Ibid., pp. 146—147.

“Esse sistema habilita...,” escreveu. Ela sabia da importância de disciplinar sistematicamente a mente humana e suas muitas suposições fundamentadas nos sentidos materiais. Falou da mente mortal como um “valente” que deve ser subjugado. E é exatamente isso que o tratamento faz. Acalma o temor, silencia o alarido da mente mortal e começa pelo início, com os fatos sagrados a respeito de Deus e do homem à Sua semelhança.

Quando usamos a forma de tratamento chamada argumento, não imaginamos ter uma mente humana que está sendo alimentada com verdades científicas. Na verdade, quanto mais amamos e reconhecemos a verdade espiritual, tanto mais nos damos conta de que realmente existe uma única Mente onipresente e assim essa Mente é tudo que podemos expressar. E quanto mais insistimos em servir à totalidade de Deus em nosso pensamento e em nossa vida, tendo literalmente uma só Mente, tanto maior bem fazemos por nós mesmos ou pela pessoa que está sendo tratada.

A Sra. Eddy responde uma pergunta a respeito do tratamento por argumento no artigo “Perguntas e Respostas” de seu livro Miscellaneous Writings. Alguém perguntou: “Todo argumento não implica em uma mente se impondo sobre outra mente?” Mis., p. 59. E responde: “Existe uma só Mente verdadeira, e essa deveria governar e efetivamente governa o homem. Qualquer coparticipação nessa Mente é impossível... Aquele que cura melhor é aquele que se impõe menos, e assim se torna uma transparência para a Mente divina, que é o único médico...”

Quando tratamos por meio de argumentos, não necessitamos supor estarmos reduzidos aos recursos inferiores de nossa própria pretensa mente humana. Longe disso. Abrimos a porta às idéias infinitas e à inteligência da Mente divina.

Podemos aguardar o recebimento de novas e inspiradoras vistas, quando argumentamos a favor da bondade onipresente de Deus e negamos as evidências dos sentidos que diriam ser Ele limitado ou estar ausente. Podemos esperar que o Cristo e o Espírito Santo nos capacitem. Podemos esperar que a Mente, por seu próprio conhecimento de seu universo e do homem, nos levante, nos dote de poder e nos cure.

1 A Sra. Eddy explica que o fato de Jesus ser sustentado por Deus e vencer a morte, não foi um ato sobrenatural. Escreve ela: “Ao contrário, foi um ato divinamente natural, pelo qual a divindade trouxe à humanidade a compreensão da cura-pelo-Cristo e revelou um método infinitamente superior ao da inventiva humana” (Ciência e Saúde, p. 44).

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