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Como ajudar nosso mundo a encontrar paz por meio do amor manifestado individualmente

Da edição de março de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vezes, alguém leva bem a sério a responsabilidade de imitar o Mestre, o Príncipe da Paz, e ama a humanidade, quando, apesar disso, se defronta com uma ou várias pessoas que lhe parecem difíceis, se não impossíveis, de amar. O que fazer? Felizmente, o que a Ciência Cristã revela sobre a verdadeira natureza do homem, você, eu e todos, retira essa barreira. Os ensinamentos da Ciência Cristã mostram que nunca se nos exige desculpar ou amar o mal, a maldade ou os maus tratos. O que se exige de nós é que procuremos amar como Cristo Jesus amou; isto é, perceber, na Verdade, o homem como este realmente é, o reflexo de Deus, reflexo perfeito, destituído de pecado, terno, o homem que Jesus veio proclamar. Esse homem é a identidade verdadeira, espiritual, de cada um de nós.

Há pouco mais de dois anos, estava eu lendo a obra de Mary Baker Eddy intitulada Message to The Church for 1901, quando este trecho me chamou a atenção: “Ao meu ver, o Sermão do Monte, lido todos os domingos, sem comentários, e obedecido durante toda a semana, seria suficiente para a prática cristã.” Message for 1901, p. 11. Resolvi aprofundar-me na compreensão desses ensinamentos de Jesus, como jamais o havia feito, e a esforçar-me assiduamente para aplicá-los todos os dias, ainda que de maneira ínfima. Os resultados foram decididamente animadores. Esse empreendimento sagrado produziu harmonia e cura para muitas situações e pessoas. E, mais de uma vez, fez surgir boa vontade onde houvera relações desarmoniosas.

Lembro-me de um caso em particular: Um dia, no penúltimo verão, fomos almoçar num restaurante. Aproximei-me do balcão, para fazer o pedido, e um senhor ao meu lado se enfureceu comigo. Creio que inadvertidamente passei na frente dele, na fila, e ele começou a dizer-me de tudo, para que tanto eu como todos os presentes o ouvíssemos. Ao contrário de outras vezes em que não estivera espiritualmente fortalecida com amor cristão, naquela vez não só me abstive de responder, mas também não senti nem um laivo de ressentimento. Almoçamos tranqüilamente. Logo depois, o mesmo senhor, o qual eu não conhecia e que provavelmente jamais veria de novo, fez algo que não necessitava fazer: à saída do restaurante, desviou-se do caminho, aproximou-se de nossa mesa e pediu desculpas. Respondi que não precisava desculpar-se — eu é que havia cometido um engano, pois ele estivera à minha frente, na fila. Ele insistiu em declarar-se culpado. Sorriu-me, eu também sorri, e ele foi-se embora, acenando e dizendo amavelmente: “Paz!” A radiação do Amor divino que nos envolveu, naquele dia, permaneceu comigo por muito tempo. Esse encontro mostrou-me que eu mesma, ou qualquer pessoa, era capaz de contribuir de modo pequeno, mas valioso, para a harmonia do mundo.

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