Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Deixe sua luz brilhar!

Da edição de março de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Cristo Jesus é nosso Guia. Ensinou-nos como devemos nos identificar. Como mortais limitados, envelhecidos, decadentes e cansados, em luta contra dificuldades inexoráveis? Não! Jesus disse de seus seguidores: “Vós sois a luz do mundo.” Mateus 5:14. Imagine-se! ... a luz do mundo! E não parou aí. Disse: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:16.

A Sra. Eddy diz: “Devemos medir nosso amor a Deus pelo nosso amor ao homem; e nosso conceito de Ciência será medido pela nossa obediência a Deus — pelo cumprimento da lei do Amor, fazendo o bem a todos; transmitindo, na medida em que os refletimos, a Verdade, a Vida e o Amor a todos os que se encontram dentro da atmosfera de nosso pensamento.” Miscellaneous Writings, p. 12.

“Na medida em que os refletimos.” Não se referiria Cristo Jesus a esse reflexo da Verdade, da Vida e do Amor quando disse que devíamos deixar nossa luz brilhar?

Quando oramos para fazer a vontade de Deus, constatamos que a radiação do amor de Deus já está presente e ativa em nossa consciência. Deixar nossa luz brilhar não é consentir passivamente no bem, nem mesmo é aceitar passivamente o bem. Deixar nossa luz brilhar é a própria atividade do Cristo em nossa vida. Quando deixamos nossa luz brilhar, estamos tomando uma decisão: escolhemos o bem; caminhamos com confiança radical no Espírito. Reconhecemos que Deus é supremo, todo-sábio, todo-amoroso, todo-atuante.

No seu mandado de que deixássemos nossa luz brilhar, não estaria Cristo Jesus ressaltando a individualidade especial pela qual cada um de nós expressa singularmente as qualidades infinitas do bem que Deus manifesta a cada momento? Exatamente onde você se encontra, é-lhe possível descobrir que o homem é o tesouro de Deus.

Essa luz, esses dons espirituais que são seus, essas qualidades que têm em Deus a fonte contínua, são as belas facetas especiais de sua verdadeira identidade. São o que você reflete do Amor divino, o qual você pode expressar livremente hoje. Como membros de uma mesma família, como trabalhadores no mundo dos negócios ou da tecnologia ou das artes, como membros de uma igreja, cada um de nós pode utilizar os talentos cuja origem está em Deus. Temos amor para partilhar, inspiração espiritual com que alentar uma assembléia ou uma conversação. Podemos oferecer consolo e compaixão aos que se acham deprimidos. Podemos participar do prazer e da alegria de alguém que tenha obtido ainda que pequena vitória sobre a limitação. Podemos dar uma idéia, um sorriso, um abraço: dar um copo de água fresca ao sedento.

Haverá expressão maior do amor de nosso Pai do que aquela que vê e reconhece a bondade e os talentos do próximo e neles se regozija?

Às vezes essa luz, essa bondade em nosso próximo, pode parecer-nos por demais oculta. Talvez acreditemos que não haja muita esperança para alguém aparentemente atolado na decrepitude, na enfermidade, no egotismo ou na sensualidade. Mas, o "raio laser" do Cristo traspassa a aparência exterior.

Ao deixarmos nossa luz brilhar, ao consentirmos que o amor do Cristo desfaça a dureza de nosso pensamento, começamos a ver espiritualmente. Passamos a ter compaixão, e podemos consolar; e a atividade do Cristo cura o que nós cremos ser um mortal egotista, doente ou envelhecido. Aí vemos e amamos o filho de Deus, para sempre inocente, e essa verdadeira maneira de ver nos cura. E é capaz de soerguer nosso amigo e, da mesma maneira, aliviar o pensamento cansado da humanidade.

Deus é Mente, e o homem é idéia. Deixar nossa luz brilhar é deixar nossa inteligência, nossa percepção, nossa clareza, nossa compreensão e sabedoria brilhar em nossa expressão da Mente divina.

Deus é Vida, e o homem, a imagem e semelhança espiritual de Deus, é o reflexo da Vida, incluindo atividade e movimento. Deixar nossa luz brilhar é expressar a liberdade da atividade acertada, a vivacidade e a felicidade.

Deus é Alma, e o homem é a expressão da Alma. Deixar nossa luz brilhar é expressar a radiação, o calor, a beleza, a alegria e inocência, a saúde, da Alma.

E Deus é Amor. Portanto, deixar nossa luz brilhar é vivenciar o amor crístico. É pôr em prática, a cada hora do dia e em todos os lugares em que nos encontramos, amável afeto, misericórdia, perdão, compaixão, ternura.

Amar sem cessar, refletir o amor contínuo de Deus, nosso Pai-Mãe, é deixar brilhar o nosso amor.

Requer isso grande esforço? Quanto esforço é preciso ao sol para levar um raio de luz ao canto de uma sala? Quanto esforço necessita um arco-íris fazer para surgir no horizonte e alegrar-nos o coração? Ao sol é natural brilhar. Essa é a sua finalidade e natureza. É natural que uma bela visão nos cause alegria. É natural deixarmos nosso amor resplandecer. Nosso amor deve ser naturalmente radiante e capaz de curar. Nossa vida deve ser naturalmente vibrante, entusiasta, plena de nova ventura e de vívido discernimento do amor de Deus a cada hora que passa.

A Sra. Eddy diz: “Assim como uma gota dágua é uma com o oceano, um raio de luz um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o filho, são um no ser.” Ciência e Saúde, p. 361.

E, não está implícito nas palavras de Cristo Jesus que nosso motivo é extremamente importante em deixarmos nossa luz brilhar? Se nosso motivo é glorificar Deus, o deixarmos nossa luz brilhar resulta tão certamente em cura hoje como resultou há dois mil anos.

Isso ficou demonstrado na cura de uma estudante de Ciência Cristã. Ao renovar sua licença para conduzir veículos, a mulher não passou no teste de visão. E assinalaram em sua carteira de motorista que deveria usar óculos para dirigir.

Claro, ela obedeceu à lei. E também cuidou de seus afazeres diários, por vários meses, sem questionar o veredicto material. Afinal, ali em sua carteira constava o carimbo, não é mesmo?

Um dia deu-se conta, com grande alegria, de que não precisava aceitar aquela mentira de vista fraca, essa imposição! que não tinha de concordar com qualquer pretensão de uma lei de envelhecimento e deterioração por mais um só momento que fosse.

A partir daquele dia começou a orar por uma compreensão mais clara de sua verdadeira identidade, que era espiritual, imortal, e estava sob a lei de Deus. Aprendia na Ciência Cristã que os olhos representavam a capacidade espiritual que inclui verdadeira percepção, clareza, exatidão, iluminação, correspondência ao Espírito e perfeita habilidade para focalizar.

A mulher sabia que um fato matemático nunca muda, independente de quanto tenha sido utilizado, quer no jardim de infância quer décadas mais tarde. Assim, viu que, em verdade, em sua identidade, todas as qualidades do bem que ela expressava, inclusive o discernimento espiritual, nunca podiam mudar. Essas qualidades só podiam vir a tornar-se mais agudas e ativas mediante a prática do viver e do amor crísticos.

Após algum tempo, sua motivação modificou-se, tornou-se mais pura. Passou a orar, não tanto para ter a visão curada, mas para aprender mais do amor de Deus, para aumentar sua compreensão do Espírito, para descobrir como ver e apreciar melhor o bem nos outros e ser grata por isso, e para expulsar o pendor material, que haveria de enfraquecer seu sentido espiritual. E para refletir com maior pureza o amor de Deus. Orou para tornar-se melhor transparência para o Amor divino. A maneira de ver outras pessoas ficou mais clara, mais cheia de amor, mais terna, com um grau maior de cura.

Imagine-se a alegria da mulher quando, numa reunião vespertina de quarta-feira, viu claramente, pela primeira vez em anos, os números dos hinos, à frente, na parede da igreja. Ela entendeu, naquela hora, que a cura estava se concretizando. Mas não cessou de orar para ver com maior amor crístico, e compaixão, e espiritualidade.

Mais tarde, voltou a renovar a carteira de motorista. Para grande alegria sua, a restrição foi retirada.

Que alegria é saber que todos nós, aí mesmo onde estamos, podemos deixar nossa luz brilhar. Podemos deixar de acreditar que a preciosa imagem e semelhança de Deus possa ser injustamente afligida pelo veredicto de idade, doença, solidão. Podemos identificar-nos como o filho de Deus, feliz, completo, muito amado.

Podemos avançar a cada novo dia com uma perspectiva venturosa, cheia de expectativa, acolhendo as novas idéias que são dádivas maravilhosas de Deus. Podemos deixar que brilhe nosso amor por Deus e por nosso próximo. Podemos deixar nossa luz brilhar!

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / março de 1987

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.