Foi no verão de 1920, durante uma viagem pelas Montanhas Rochosas Canadenses, aonde eu havia ido fazer longas caminhadas a pé e escalar montanhas, que pela primeira vez tomei conhecimento da Ciência Cristã e tive minha primeira cura.
Notei que cinco pessoas do grupo se reuniam na frente de uma tenda e liam alguns livros, antes de começarmos os nossos passeios, a cada manhã. Certo dia, perguntei a um deles o que estavam lendo. Disse-me que era a lição bíblica semanal apresentada no Livrete trimestral da Ciência Cristã, lição composta de citações da Bíblia e de um livro chamado Ciência e Saúde de autoria de Mary Baker Eddy. Convidou-me também a unir-me a eles. Eu o fiz uma manhã — por curiosidade — e fiquei interessado no que ouvi.
Perto do final dos dez dias, acabaram meus cigarros. Quando mencionei isso a uma das Cientistas Cristãs, ela me ajudou a ver que ninguém tinha de ser escravo de um mau hábito, porque cada um de nós tem domínio sobre essas tendências, domínio esse que lhe foi dado por Deus. Perguntou-me também se eu gostaria que ela orasse por mim. Respondi-lhe que sim e me pus a pensar no que ela havia dito — a respeito de eu não ser nenhum escravo e de ter domínio. Ao final da viagem, ao chegarmos à vila onde eu podia comprar cigarros, havia desaparecido meu desejo de fumar, e nunca mais fumei.
No primeiro domingo após voltar para casa, compareci ao culto de uma igreja filial de meu bairro. Mais tarde, por desejar saber algo mais desse ensinamento, visitei a Sala de Leitura da Ciência Cristã e tomei emprestados a Bíblia, na versão King James, e o livro Ciência e Saúde, e comprei um Livrete trimestral. Comecei a estudar a lição bíblica daquela semana. Logo adquiri meus próprios exemplares da Bíblia e de Ciência e Saúde. Naquele inverno, com a ajuda de um praticista da Ciência Cristã, tive uma cura bem rápida de resfriado. Continuei meu estudo de Ciência e Saúde, compareci regularmente aos cultos na igreja e, no ano seguinte, tornei-me membro de uma igreja filial e de A Igreja Mãe.
Daí por diante, a oração e a prática da Ciência Cristã satisfizeram a todas as minhas necessidades. Fui curado de resfriados, de indigestão, de uma doença da pele, de algo que parecia herpes, bem como de luxações de tornozelos, queimaduras com água fervente e desmaios. A Ciência também me ajudou a resolver problemas financeiros e de emprego. Cada cura foi um passo para frente em meu crescimento espiritual.
Há cerca de três anos, após um jogo de golfe, senti uma dor muito intensa, das cadeiras para baixo até as pernas. O ataque foi tão grave que eu não conseguia sentar-me nem ficar de pé ou andar, sem sentir dor. De fato, só encontrava alívio ao me deitar. Nessa postura, peguei um exemplar de Ciência e Saúde e o abri na página 495, onde li: “Quando a ilusão da doença ou do pecado te tentar, apega-te firmemente a Deus e Sua idéia. Não permitas que coisa alguma, a não ser Sua semelhança, permaneça no teu pensamento.”
Volvi-me a Deus em oração, sabendo que Deus me fez perfeito, em Sua própria semelhança e que, como idéia espiritual de Deus, eu não podia sofrer. Então telefonei a uma praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe ajuda. Ela asseverou-me que, sendo eu o filho perfeito de Deus, minha natureza real não podia ser tocada por qualquer desarmonia e que o Cristo estava sempre presente para destruir todo sentido errôneo. Continuei a orar com “a exposição científica do ser” (encontrada à p. 468 de Ciência e Saúde), e também ponderei este trecho que se encontra à página 447: “A ação recuperadora do organismo, quando sustentada mentalmente pela Verdade, prossegue com naturalidade.” Logo a dor diminuiu. A primeira estrofe do hino nº 412 do Hinário da Ciência Cristá ajudou-me a ter coragem. Diz:
Ó sonhador, desperta do teu sonho;
Ó tu, cativo, te ergue, livre e são.
O Cristo rasga o denso véu do erro,
E vem abrir as portas da prisão.
Foi gradual a melhora e, dentro de dois meses, eu estava inteiramente livre. Essa cura assinalou outro passo de progresso espiritual e aprendi uma importante lição: nunca baixar a guarda mental, mesmo quando tudo vai bem. É preciso permanecer alerta e manter o pensamento tão desperto para a Verdade e o Amor, que o pecado e a doença não possam encontrar nele nenhuma brecha.
O apoio de minha mulher, durante esse período, é algo pelo qual sou muito grato. Só as palavras não podem expressar completamente minha gratidão a Deus por eu ter sido levado à Ciência Cristã, pelos praticistas a quem pedi ajuda e que sempre estiveram dispostos a me ajudar, por Cristo Jesus, nosso Mestre, e pela Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora desta Ciência prática da cura e a autora de seu inestimável livro-texto, Ciência e Saúde.
Palm Beach, Flórida, E.U.A.
 
    
