Há ocasiões em que os homens procuram responder à pergunta: “Até que ponto sou durão?” Em anos passados, estive envolvido em jogos desportivos na universidade, projetos de construção no exterior, serviço no corpo de fuzileiros navais em tempo de guerra, explorações científicas no Ártico, e em outras atividades — todas exigindo grande resistência física. Apesar de meu estudo de Ciência Cristã nos anos que se seguiram, apeguei-me à crença de que a resistência humana e o condicionamento físico são fatores decisivos para a boa saúde.
Alguns anos depois de ter feito o Curso Primário de Ciência Cristã, sobreveio-me uma aflição na forma de infecção numa perna. Embora acamado durante um mês e curtindo dores, o que mais parecia me incomodar era que tal coisa estivesse me acontecendo — a mim, um homem durão, em tão excelente forma física! Meu orgulho ferido parecia “doer” mais do que o desafio físico! Eu até me sentia envergonhado por me encontrar naquele estado.
Recebi ajuda, em oração, de um praticista da Ciência Cristã, para alcançar um sentido mais espiritual da verdadeira força, e pude perceber que a Verdade está sempre presente, sem flutuações, No livrotexto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, encontramos estas declarações (p. 420): “Não há metástase, não há obstrução da ação harmoniosa, não há paralisia. É a Verdade e não o erro, o Amor e não o ódio, o Espírito e não a matéria, que governam o homem.” Isso auxiliou-me a compreender que a congestão de líquido em minha perna era, em verdade, uma pretensão mental em vez de uma condição material ou física.
O praticista, amável e gentilmente aconselhou-me a ponderar a situação de Naamã (2 Reis, cap. 5). O problema de Naamã não era tanto a lepra, quanto o orgulho, e ele foi curado quando o orgulho deu lugar à humildade. Compreendendo isso, esforcei-me para ver e entender melhor a presença e o governo de Deus. Reconheci que a saúde não é uma condição da matéria, mas um estado divino da Mente e que, portanto, a verdadeira força é espiritual. Lembrei-me de que Calebe tinha oitenta e cinco anos, quando disse (Josué 14:7, 11): “Tinha eu quarenta anos quando Moisés, servo do Senhor, me enviou de Cades-Barnéia para espiar a terra. ... Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou.”
As cartas do praticista, cheias de clara e compreensível metafísica cristã e profundo encorajamento, juntamente com o apoio de minha esposa e minhas próprias orações e estudo da Ciência Cristã, provocaram a drenagem de muitas falsas crenças sobre masculinidade e virilidade. Afinal, o que minha esposa expressava de determinação e compreensão espirituais, contribuiu para provar-me que a força real está, de fato, incluída na verdadeira feminilidade! (Eu já deveria tê-lo percebido, lendo a respeito dos desafios que a Sra. Eddy enfrentou ao longo dos anos.)
Hoje, vinte e cinco anos após a cura completa, tal como Calebe, sinto-me mais forte do que antes, totalmente capaz “assim para sair ... como para voltar” (Josué 14:11). Nunca perdi nem um pouco da verdadeira força nem qualquer coisa que realmente fosse minha. A crença errônea de que a força e o poder são físicos, foi tudo o que perdi. Essa crença ficou completamente aniquilada com a ajuda do praticista.
Para mim, foi muito compensador perceber que a força e a saúde são qualidades normais e inatas ao homem, que as possuímos por decreto divino e não como características adquiridas por meios materiais. Ao longo dos últimos anos, tenho sido profundamente grato ao praticista por sua leal obediência à revelação da Ciência Cristã. Essa cura deu-me a certeza e a confiança de que os recursos espirituais, tais como o vigor, a força, a fortaleza, a confiança e o destemor são todos inerentes a cada um de nós. Mostrou-me também que cada um pode, no mínimo, começar a emular Cristo Jesus e S. Paulo, a quem a Sra. Eddy descreve como “indivíduos despretensiosos porém colossais” (Miscellaneous Writings, p. 360).
Santa Bárbara, Califórnia, E.U.A.
A cura relatada por meu marido foi um período de crescimento para nós dois. Ele usou muletas durante uma semana, quando saiu da cama. A cura completa veio pouco depois que, certa noite, com lágrimas de gratidão, o vi andando sem muletas através de um longo corredor para apresentar-se num programa comunitário.
 
    
