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Deus ouve e atende orações

Da edição de setembro de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vezes parece que as pessoas amam a Deus apenas pelo Seu poder de ajudá-las. Será que, se Deus fosse de criação humana, seria como que uma orelha gigantesca que ouvisse os pedidos, ligada a uma mão imensa que incondicionalmente os premiasse?

Mas, não somos os criadores de Deus; é Deus o nosso criador. As Escrituras revelam que Deus é Amor, Espírito. É, portanto, incorpóreo e infinito. Ver 1 João 4:16; João 4:24. E isso nos revela algo mais maravilhoso do que poderíamos ter imaginado, sobre a maneira em que Deus ouve e atende orações. A Sra. Eddy explica: “O ‘ouvido divino’ não é um nervo auditivo. É a Mente que tudo ouve e tudo sabe, e que sempre conhece todas as necessidades do homem e as satisfaz.” Ciência e Saúde, p. 7.

Na realidade, não falta nada de bom. Criada por Deus, nossa individualidade — o homem espiritual, a semelhança de Deus — é sempre perfeita e completa, não tendo nenhum elemento de mal, pois Deus, o bem, que não conhece oposição, não tem em Si nenhum mal. A imperfeição e falta de inteireza mortais, que têm a natureza de um sonho, não pertencem à nossa verdadeira individualidade. A Sra. Eddy escreve: “Totalmente separado desse sonho mortal, dessa ilusão e engano do sentido, a Ciência Cristã vem revelar o homem como sendo a imagem de Deus, Sua idéia, coexistente com Ele — Deus dando tudo e o homem possuindo tudo o que Deus dá.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 5.

Quando despertamos espiritualmente, damo-nos conta de nossa verdadeira natureza. Tal despertar, ou novo nascimento, em termos bíblicos, nos põe em sintonia com a resposta ideal a toda oração: a restauração da compreensão espiritual. Nesse sentido, a Mente infinita responde, de imediato, a cada oração.

Se em nossas orações não conseguimos nos alinhar com essa coincidência divina, devemos examinar nossos motivos e purificar nossos desejos: renunciar ao egoísmo, abandonar a predeterminada obstinação ou ansiedade a respeito daquilo que queremos, e aceitar o que Deus nos dá. Na medida em que ficamos mais esclarecidos em nossa compreensão, o pecado diminui. E na proporção em que nos governa a harmonia invariável, ou a saúde espiritual da Mente divina, a doença desaparece.

O despertar espiritual nos faz progredir rumo ao cumprimento da promessa divina: “E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.” Isaías 65:24. Até, porém, que essa profecia bíblica se cumpra de todo em nossa vida, é de vital importância negar a sugestão de que Deus não nos ouve nem atende, embora tenhamos orado.

Deus está constantemente conferindo e expressando todo o bem. A oração não faz o bem aparecer, mas provê-nos um meio de perceber que o bem está sempre se desdobrando. Quando, com a gratidão cada vez mais ampla pelas bênçãos espirituais, silenciamos as persistentes exigências baseadas na matéria, as exigências restritas dão lugar a amplo louvor. Então prontificamo-nos a ouvir, com compreensão espiritual, a resposta de Deus, de que tudo está bem — o que é invariavelmente o caso. Deus está sempre conosco, e “deus conosco” significa Sua saúde conosco, harmonia conosco, força conosco, justiça conosco, alegria conosco. Provamo-lo cada vez mais, ao crescermos em compreensão, em amor e em graça.

A horrível sugestão de que Deus não ouve nem atende orações, de que o Espírito não cura o pecador ou o doente, enquanto que a matéria, os remédios, a terapia e a tecnologia os curam, é subversiva. Solapa o progresso espiritual. Seria cristão acreditar que Deus criou o pecado e a doença e instituiu meios materiais para enfrentar esses males, quando Seu Filho, Cristo Jesus, curou o pecado e a doença e os curou sem usar meios materiais? Faz sentido pensar que Jesus curou e instruiu seus seguidores a curar sem fazer uso da oração, ou sem dirigir um apelo a Deus, quando, logo antes de ressuscitar seu amigo Lázaro, Jesus disse: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves”? João 11:41, 42. Certamente não se encontraria exemplo mais conclusivo da necessidade e do efeito sanador direto da oração.

Ponderemos o exemplo de Jesus orar para obter cura — mais uma afirmação do que uma súplica, mais uma maneira de viver do que uma torrente de palavras. Jesus não ficava meramente aguardando receber uma resposta; ele compreendia que incluía todo o bem. A Sra. Eddy, ao enviar palavras de consolo a uma viúva desolada, disse: “ ‘Eu sabia que sempre me ouves’, são palavras daquele que sofreu o pesar e o venceu. Mantenha igual atitude mental e esta removerá o luto de seu lar.” Miscellany, p. 290.

Manter uma atitude sanadora requer que se mantenha acesa a oração e a prática cristã. Tudo o que Deus tem — tudo quanto promove o bem permanente — se concretiza por meio desse trabalho. Na exata proporção da confiança com que oramos de modo altruísta e atentamos sem preconceitos para a inspiração divina que nos defende e abençoa ainda antes que lho peçamos, verificamos ser possível confiar em que Deus por certo ouve e atende orações.

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