O Natal sempre foi meu feriado predileto. Ir com papai e os gêmeos procurar a árvore certa. Fazer ornamentos coloridos. Trançar uma grinalda de azevinho e pinheiro para nossa porta.
Na véspera de Natal, os primos e tias e tios chegariam primeiro. E daí todos nós esperaríamos por Danny, nossa avó, que sempre vinha atrasada, com os braços carregados de presentes para todos. Em geral, nem todos os presentes estavam embrulhados, e ela diria: “Oh, vou depressa ao quarto, terminar de embrulhar estes últimos pacotes.” E, é claro, esperávamos até que ela terminasse. Às vezes procurávamos espiar, mas ela não nos deixava entrar.
Sempre convidávamos amigos, também. Pessoas que estavam longe de suas famílias. Certa vez, Biju e Kamala, que eram da Índia, vieram, e Raul, que trabalhava com papai, mas cuja família morava na América do Sul, veio também. Quando eu era bem pequena, aquilo de que mais gostava era de ter todo o pessoal em volta. Quando cresci, o Natal ficou ainda melhor porque havia muitas coisas que eu podia fazer pelos outros. Às vezes eu achava que o Natal fazia a gente sentir-se enamorada de todas as pessoas do mundo.
Na minha classe da Escola Dominical da Ciência Cristã, líamos a história de como Jesus nasceu num estábulo em Belém. E eu adorava a história dos Magos, os homens sábios. Ver Mateus 2:1 – 12. Eles seguiram a estrela no céu do oriente por bastante tempo, até acharem Jesus.
O motivo por que Jesus era tão importante e por que os Magos e outras pessoas (lembram-se dos pastores no campo?) vieram vê-lo, o motivo por que agora celebramos seu nascimento, é que Jesus era o Filho de Deus. Jesus nos mostrou, melhor do que ninguém, o que o Cristo é e mostrou que o filho de Deus nunca, jamais, está separado de nosso Pai-Mãe. Essa idéia — de que Deus e o homem estão sempre juntos — é o Cristo e dava a Jesus poder para curar.
Por toda a sua vida, Jesus amou a Deus. E amou as pessoas, porque sabia que, na verdade, cada pessoa era o filho perfeito de Deus. Por isso Jesus ensinou coisas sobre Deus. Ajudou as pessoas a quererem fazer o bem e curou os que estavam doentes. Não importava o que os outros dissessem dele ou o que fizessem contra ele, Jesus continuava a amar e a curar e a obedecer a Deus. Essa é a maravilha da vida de Jesus. E o Cristo, a idéia curativa de Deus que transparecia nas obras de Jesus, está sempre brilhando. Sempre amando. Sempre curando. E nada pode impedi-lo.
É assim mesmo que também nós podemos amar, quer estejamos fazendo algo gentil para alguém, partilhando algo que fizemos, dando um abraço ou dizendo: Obrigado. Primeiro amamos a Deus, daí, uns aos outros.
O Natal continua sendo meu feriado predileto, só que agora é ainda mais especial porque sei que, quando faço algo de bom para alguém, estou expressando o Cristo. E isso quer dizer que posso celebrar o Natal em qualquer época, durante todo o ano.
 
    
