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Como ficar livre das drogas

Da edição de novembro de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Foi na universidade que me interessei pelos supostos efeitos da expansão da mente atribuídos à maconha e a outras drogas, e comecei a experimentá-las. O que mais me atraía era a possibilidade de escapar aos meus próprios limites mentais e simplesmente soltar-me.

Durante algum tempo acreditei que as sensações induzidas pelo uso das drogas, além de trazer satisfação muito grande, vinham acompanhadas por discernimento e sensibilidade mais aguçada a respeito do que realmente acontecia. Ao mesmo tempo, observava que as pessoas que usavam drogas com freqüência, desenvolviam a necessidade de ingeri-las até para se sentirem “normais”, e isso me perturbava. Também percebi que havia uma repetição maçante de opiniões emitidas numa linguagem “avançada”, cheia de chavões e lugares-comuns.

Não obstante, continuei a fazer experimentos com drogas, até cair presa da decepção. Então aconteceu algo incomum. Alguns amigos que também usavam drogas, deixaram de tomá-las. Percebi que tornaram-se muito mais alegres. Seu desempenho na escola melhorou e suas vidas pessoais já não estavam mais tão confusas. Parecia-me que cada um deles conseguia a liberdade pela qual todos nós ansiávamos, mas sem ingerir drogas, nem mesmo cerveja ou café, que todos julgavam tão essenciais à vida universitária!

Descobri que meus amigos haviam conhecido a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) através da namorada de um deles. À medida que cada um desses amigos começava a estudar a Ciência Cristã, ocorria uma transformação visível em seu caráter. Isso me soava como censura aos meus esforços de elevar a consciência graças a substâncias químicas.

Então comecei a me interessar pela Ciência Cristã, mas ainda continuava incapaz de renunciar ao desejo de ficar “ligado”. Continuava vacilando entre usar as drogas ou abandoná-las. Finalmente três acontecimentos importantes me levaram a perder todo interesse pelas drogas.

O primeiro foi a percepção que tive da futilidade do uso das drogas. Certo dia numa loja encontrei por acaso um de meus amigos. Começamos a conversar e como de costume comentei os últimos vislumbres que tivera quando drogado. Meu amigo me olhou e de maneira gentil, porém firme, disse-me que era impossível considerar realmente válido aquilo que eu lhe estava contando, quando comparado com o discernimento que ele tinha adquirido através da oração e do estudo da Ciência Cristã. Disse que as drogas eram frustrantes e que na verdade limitavam a consciência ao invés de expandi-la. Em poucas palavras explicou-me alguma coisa do alcance infinito do Espírito, Deus, e da habilidade que o homem tem de refleti-Lo.

O segundo passo foi reconhecer que eu era intrinsecamente bom. Conversei com uma Cientista Cristã que compreendeu meu impulso de querer livrar-me do vício das drogas. Disse-me que o bem que eu estava tentando realizar não podia ser impedido pela confusão e pelo egoísmo. Sua clara convicção de que o homem como filho de Deus é realmente espiritual, ajudou-me a acreditar em minha bondade inata. Senti que ela só via o bem que eu tentava expressar, e através dessa visão acerca do homem (e, portanto, de mim) como inteiramente bom e puro, senti forte desejo de expressar o bem de que ela falava.

Embora ainda me sentisse muito tentado pelas drogas, consegui manter-me afastado delas cerca de um mês. Através da leitura da lição bíblica, Encontra-se no Livrete trimestral da Ciência Cristã. passei a pensar com clareza. Comecei a ficar muito satisfeito tentando ajudar os outros, pensando menos em mim e em minhas necessidades egoístas. Isso levou-me ao terceiro e mais importante acontecimento.

Certa noite, com sintomas de resfriado e de congestão nasal, eu quase não conseguia respirar. Meus esforços para curar-me foram inúteis. Depois de ler Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy durante algum tempo, apaguei a luz e fiquei deitado no escuro, orando. Pela primeira vez em minha vida humildemente perguntei a Deus: “Pai, o que é que eu preciso saber ou fazer para ser curado?” E realmente fiquei à escuta, à espera de uma resposta. Logo dei-me conta de uma sensação de luz a inundar minha consciência e três palavras vieram-me ao pensamento: “Não é você!” Para mim essas palavras significavam que meu verdadeiro ser não era o de um mortal enquadrado numa história, personalidade e corpo materiais. Percebi que os maus hábitos, a doença, as trevas, o medo, nada tinham a ver com minha verdadeira identidade, e que de fato a identidade é eterna, espiritual e completamente independente de qualquer coisa material. A alegria que acompanhou essa visão de meu verdadeiro ser, foi maravilhosa. Eu sabia que estava curado: de repente, a congestão e o mal-estar desapareceram.

Desse momento em diante todo meu interesse pelas drogas extinguiu-se por completo e adquiri um senso de domínio que passou a conduzir cada faceta de minha vida. O que eu queria era aprender mais acerca da Ciência Cristã e da cura espiritual. A seguinte afirmação de Ciência e Saúde se aplica a essa experiência: “A Verdade eterna destrói o que os mortais parecem ter aprendido do erro, e a existência real do homem, como filho de Deus, vem à luz.” Ciência e Saúde, pp. 288–289.

A todo aquele que esteja procurando libertar-se do uso das drogas, tais como cafeína, nicotina, maconha, heroína, cocaína ou álcool, os ensinamentos da Ciência Cristã oferecem uma saída. Em vez de dependência tediosa, podemos ter alegria e vivacidade. Através da compreensão da identidade espiritual do homem podemos superar a crença em limitação, apareça ela sob a forma de hereditariedade, atração falsa ou de oportunidades perdidas. As teorias sobre o vício e a incurabilidade cedem ao poder da oração e da regeneração cristã.

A autoridade espiritual que caracterizava o ministério curativo de Cristo Jesus está presente ainda hoje em dia. A ilusão de que as drogas trazem prazer, discernimento ou soluções para nossos problemas, pode ser vencida através do reconhecimento de que a crença na matéria como causa ou efeito não tem autoridade. Conforme lemos em Ciência e Saúde: “Todo suposto prazer no pecado nos dará mais do que seu equivalente em dor, até que a crença na vida material e no pecado seja destruída.” Ibid., p. 6.

O primeiro passo que tive de dar foi reconhecer a natureza autodestrutiva das drogas. O desejo de abandonar a crença de satisfação na sensualidade foi outro passo importante. E a oração, que purificou meus motivos, ajudou-me a alinhar meus atos com uma noção mais elevada do que é o homem.

Conforme o ensina a Ciência Cristã, a oração nos permite discernir que o homem está livre das leis materiais e de seus efeitos terríveis. Através da oração podemos manter o ponto de vista espiritual a partir do qual observamos o universo do Espírito. A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, a Sra. Eddy, escreve: “A metafísica, não a física, nos habilita a permanecer erguidos em alturas sublimes, a contemplar o imensurável universo da Mente, esquadrinhando a causa que governa todo efeito, enquanto nos mantemos fortes na unidade entre Deus e o homem.” Miscellaneous Writings, p. 369. Essa compreensão a respeito de Deus e de nosso relacionamento com Ele harmoniza nossas vidas. À medida que reconhecemos a natureza ilusória das crenças baseadas na matéria e dizemos a nós mesmos: “Não é você”, nessa medida a Verdade dá-nos domínio sobre conceitos falsos. Conforme o diz a Bíblia: “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti.” Isaías 60:1, 2.

Bem ali, onde o sentido errôneo de que a vida é material, pretende nos manter cativos, está presente a realidade espiritual. Nossa verdadeira identidade, permanente e eterna, brilha através de tudo.

Podemos anular a dependência das drogas ou de qualquer outro ponto de apoio material, reivindicando o domínio que Deus nos deu.

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