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Convite de casamento

Da edição de novembro de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando era mocinha ela acalentava o desejo ardente de ser uma grande bailarina. Nascera, porém, no seio de uma família muito pobre. Não havia recursos para coisas supérfluas. O que havia era pouco conforto e ainda menos dinheiro para assistir a espetáculos de teatro ou de dança clássica. Ela costumava contar que passava as tardes de sábado com o ouvido encostado ao rádio, às escondidas do pai, ouvindo as transmissões de ópera do Metropolitan Opera, transmissões que o pai detestava intensamente.

Sua educação foi muito rudimentar. Começara a trabalhar bastante jovem como escriturária. Sabe-se lá onde, ouviu falar da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) e esse conhecimento curou-a da doença, do medo e libertou-a do passado.

Com o decorrer dos anos tornou-se óbvio que jamais seria bailarina. Quando a conheci desempenhava havia vários anos as funções de secretária.

Mas que vida magnífica sua obediência ao Espírito, Deus, lhe proporcionara! Manifestava-se das mais variadas maneiras. Por meio da oração aprendera a expressar habilidades em assuntos que nunca estudara: história, redação, rádio, literatura. Talentos até aí desconhecidos emergiram, tais como amor pela floricultura, talento artístico para compor arranjos florais, um jeito especial para cultivar plantas.

A dedicação total a seu trabalho em A Igreja Mãe e às verdades espirituais da Ciência Cristã tornaram-na uma autoridade reconhecida por todos. Com freqüência as pessoas com quem ela trabalhava, lhe solicitavam ajuda pela oração.

Muito embora falasse às vezes de maneira franca e sem rodeios, conseguia ensinar-nos a todos. Dela aprendemos importantes lições de comunicação, em especial a disposição de foro íntimo. Lembro-me de uma ocasião em que me debati com certa dificuldade em redigir uma carta. Várias vezes ela não aprovara o texto. Todos estimávamos sua opinião. Por fim, após nova revisão dei-lhe a carta para datilografar. Quando regressei, depois do almoço, havia uma nota na minha mesa, dizendo singelamente: “Minha máquina dançou e cantou.” Para mim foi uma recompensa maior do que palavras elogiosas.

Em vez do sonho de se tornar bailarina, descobriu uma vocação inesperada e diferente. Ela sempre me recordava uma das cinco mulheres fiéis da parábola do noivo relatada por Cristo Jesus. Elas cuidavam das suas lâmpadas e estavam por isso preparadas para a chegada do Cristo. Também ela era profundamente fiel à verdade espiritual. Como resultado, participava naquilo que se poderia chamar um banquete nupcial; sua vida adquiriu incalculável valor e propósito espiritual.

Esse gênero de realização espiritual tem pouco a ver com as condições limitadas de nossas vidas ou expectativas. À medida que, com determinação, nos esforçamos por alcançar a idéia-Cristo, começamos a compreender que o próprio Deus é nossa Vida, em vez de acreditar no testemunho da visão material. Então Cristo, a suprema idéia espiritual, toma conta de nossas vidas. O “material” utilizado na fabricação de nossa história humana é reesculpido e transformado, e os resultados ultrapassam de longe nossas expectativas.

De início o processo parece quase invisível, o que não é de surpreender, porque nossa resposta à idéia espiritual tem de se verificar primeiro em nosso pensamento. É possível que nem sequer nos apercebamos das conseqüências externas. Mas nossa oração está a surtir efeito, no preciso momento em que nos interrogamos se é que algo está acontecendo. Essa oração está realizando o que é mais necessário: está a modificar-nos.

Em suas parábolas Cristo Jesus repete mais de uma vez que a surpreendente mensagem da presença do reino de Deus é como um convite para um banquete, até mesmo um banquete nupcial. Ver Mateus 22:1–14; Lucas 14:15–24. Há alegria no convite, mas os corações dos convidados têm que estar preparados para recebê-lo. Jesus adverte-nos da necessidade de sermos humildes, e adverte contra a presunção de escolher os primeiros lugares ou os assentos de honra. Ver Lucas 14:7–11.

Nossa maior necessidade no caminho para esta nova e mais ampla compreensão de Deus está bem descrita no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy. Ela escreve: “Enquanto o coração estiver longe da Verdade e do Amor divinos, não poderemos ocultar a ingratidão de uma vida estéril.

“Aquilo de que mais necessitamos, é a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, humildade, amor e boas obras.” Ciência e Saúde, pp. 3–4.

Quando aceitamos o convite do Cristo, começamos a compreender que tudo o que jamais desejamos, toda bondade do universo e do ser, está incluída nessa nova compreensão de que Deus, o Espírito, é de fato nossa Vida, e de que não há vida na matéria. Eis algo inteiramente diferente da visão comum de vida e, no entanto, passo a passo, aprendemos que essa vida é de fato concreta.

Quem não passou por uma experiência como essa, pode mostrar-se céptico. Pode pensar que aquilo a que nos referimos é apenas uma forma de mascarar a rudeza e o desapontamento da existência, uma nova modalidade de estoicismo, mas não é. Não é questão de ignorar dificuldades ou imaginar um futuro mais agradável. Pelo contrário, é preciso manter os olhos bem abertos para o bem já disponível, aqui e agora. E o resultado é tremendamente tangível, evidenciado em cura física e progresso.

Nem aquilo que pareça falta de talento, de inteligência ou de oportunidade, nem os malogros anteriores podem impedir que se realizem nossos objetivos espirituais resultantes de nossa obediência ao Cristo.

É como se a alegria nos invadisse por termos sido convidados para um casamento, até mesmo um banquete nupcial.

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