Tudo aconteceu tão depressa, que nem soube o que dizer. Eu estava saindo de casa para andar a cavalo, quando uma pessoa de minha família me disse, irritada, que eu deveria parar de ler “aquele livro” (meu exemplar de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy). Voltei-me e escutei, até ela terminar as acusações. Quase não conseguia ver através das lágrimas que me inundavam os olhos, mas consegui dizer: “Vou andar a cavalo. Volto daqui a algumas horas.”
Durante as duas horas seguintes cavalguei a toda a brida. Ao mesmo tempo eu orava para livrar-me do desapontamento, da mágoa e da auto-justificação que haviam aparecido não sei de onde para estragar um típico dia de verão. Enquanto cavalgava em círculos num grande trecho plano, pensei no que havia acontecido e em como Deus poderia me ajudar.
Não era a primeira vez que minha família mostrava-se descontente com o fato de eu estudar a Ciência Cristã. Nossas divergências haviam iniciado dois anos antes, quando começara a freqüentar uma igreja da Ciência Cristã. Discutíamos por outros assuntos também: política conservadora ou liberal, roupa de moda entre jovens e qual dos meus amigos era boa companhia para mim. Mas em nenhuma discussão os argumentos utilizados se igualavam às chispas que saíam durante as batalhas verbais sobre minha escolha quanto à religião.
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