Provavelmente, em tempo algum as pessoas receberam tanta informação sobre tantos assuntos como hoje. Nossa época tem sido chamada “a era da informática”. E com a multiplicação dos bancos de dados, qualquer pessoa pode ter acesso a toda uma série de informações que em épocas anteriores só estariam disponíveis a organizações dedicadas à pesquisa que contassem com grande número de pessoal especializado. Apesar disso, ainda buscamos resposta para diversas perguntas, que só podem ser respondidas “de coração a coração”: sobre assuntos profundos como nossas vidas, nossas esperanças, nossas idéias a respeito de Deus.
Nesta série de artigos levaremos ao conhecimento de nossos leitores as respostas dadas a algumas perguntas sobre a Ciência Cristã, feitas em conversas, debates e cartas sobre a Ciência Cristã.
Trecho de uma carta a um ateu declarado
Pergunta: A Sra. Eddy faz uma definição de morte que me parece absurda: “Uma ilusão, a mentira de que haja vida na matéria...” Ciência e Saúde, p. 584. Como é que se pode dizer que a morte é uma ilusão?
Resposta: Há séculos os cristãos afirmam que a morte não é o término da identidade ou do ser de uma pessoa, por mais que assim pareça. Com isso não se está querendo negar o fenômeno humano da morte. Nem significa que os Cientistas Cristãos não combatem a morte com todo o empenho da maneira que consideram a mais eficaz. Na verdade, o que se afirma é que a morte é algo diferente daquilo que parece, que é fundamentalmente tão ilusória quanto a aparente solidez da matéria, que tem sido questionada com base nos conceitos da física de quantum do século vinte. Tais afirmações, com as quais um pensador como você dificilmente concordaria, fazem parte da essência de um ministério que já ajudou muitos Cientistas Cristãos, mesmo em situações aterrorizantes como as dos campos de concentração alemães, a estarem mais, e não menos, comprometidos com a vida humana. Eles não afirmam que venceram completamente a morte, mas graças a seu ministério de cura muitas vidas humanas que poderiam ter sido abruptamente interrompidas, foram poupadas e prolongadas. E assim, muitas vidas passaram a ter nova alegria, novos propósitos e nova utilidade.
Trecho de uma palestra a uma classe de adolescentes em uma sinagoga judaica
Pergunta: Como é que vocês encaram o problema de crianças retardadas? Como é que isso se enquadra no seu sistema?
Resposta: O Cientista Cristão se aflige tanto quanto qualquer outra pessoa diante dessas situações aparentemente inexplicáveis da vida. Por que temos de nos defrontar com elas? Por que eu, minha família por que agora? Quão doloroso e triste é tudo isso, especialmente porque não há razão ou justificação racional para esses fatos. No entanto, são poucas as explicações realmente satisfatórias para muitas situações humanas. O humano sempre parece resistir à explicação, como se a natureza da existência humana e mortal nos mantivesse constantemente sem equilíbrio, sempre tentando encontrar a resposta para uma pergunta que é, em realidade, irrespondível.
Mas, de acordo com tudo o que estamos dizendo sobre a vida e sobre Deus, Seu poder e Sua presença, não posso acreditar que o cuidado de Deus seja parcial, incluindo apenas assuntos menos importantes e excluindo os casos difíceis. Se realmente estamos aprendendo algo sobre a realidade verdadeira do poder e da compreensão espiritual, a libertação das crianças de algo grave como o retardamento mental, não está fora do alcance de Deus. Aliás, houve casos de crianças que foram curadas de atraso mental por meio de oração persistente que se estendeu vários anos.
Vocês podem imaginar como é que Jesus se sentiu na casa de Jairo quando todos aqueles que pranteavam a filha do chefe da sinagoga riram de Jesus por ele ter afirmado: “Ela não está morta, mas dorme”, afirmação essa que pareceu tão ridícula aos presentes. Ou ainda, junto ao túmulo de Lázaro, Jesus agradeceu a Deus por Ele sempre ouvir suas orações, mesmo em face de uma causa que parecia perdida. Bem, se procurarmos tirar uma lição desse exemplo perfeito, temos que nos empenhar com seriedade e relacionar até mesmo as situações mais graves com Deus.
Trecho de uma palestra para os alunos do segundo grau de um colégio cristão
Pergunta: Os nossos pecados não estão já perdoados por meio da expiação de Jesus por todos nós?
Resposta: Cremos que a expiação de Jesus é absolutamente vital para a destruição do pecado em nossas vidas. Mas essa expiação não nos proporciona perdão automático. Em vez disso, dá-nos os meios espirituais que permitem combater e vencer o pecado. Quando o pecado é destruído pelo arrependimento e pela regeneração e por tomarmos parte na reconciliação do Cristo, somos perdoados. E percebemos que o pecado em realidade nunca fez parte de nossa natureza.
Em outras palavras, somos perdoados, não quando fazemos concessões ao pecado, mas quando nos libertamos de pecar em nossas próprias vidas. A Bíblia nos ensina a amar o bem e odiar o mal. Isso não significa que odiamos ou condenamos os pecadores. Odiamos o pecado, com “ódio consumado”, mas amamos e perdoamos as vítimas do pecado e os ajudamos a se reformarem se no-lo permitem.
Pergunta: Se eu fosse mais pecador do que você, você alcançaria a vida eterna antes de mim?
Resposta: Nós dois já temos a vida eterna, pois Deus é a nossa verdadeira Vida, mas eu estaria mais preparado para perceber esse fato e ser abençoado por ele do que você, nas condições mencionadas.
Trecho de uma palestra realizada numa aula de “Religiões do Mundo” para a turma do segundo grau
Pergunta: Pelo que eu entendo, os seus sanadores estudam as Escrituras, oram muito e têm bastante fé. As pessoas que eles curam, precisam saber tanto quanto eles ou ter a mesma fé?
Resposta: Nem sempre. Muitas pessoas foram curadas simplesmente porque o pensamento claro e puro do sanador, ou praticista da Ciência Cristã, as capacitou a sentir o amor de Deus de forma mais profunda e completa.
Se você leva uma luz forte para um quarto o que acontece? Você vê tudo claro, como as coisas são realmente. O mesmo acontece com os praticistas; aquilo que eles entendem a respeito de si mesmos e dos outros como filhos de Deus feitos à Sua semelhança espiritual, irradia a luz divina. Quando você está com alguém que irradia ou transmite a luz de Deus, se você estiver ao menos disposto a abrir os olhos, começará a vislumbrar a si mesmo nessa luz e isso abre o caminho para a cura. Talvez você nunca tenha ouvido falar de Deus. Mesmo assim você poderia ser curado por Seu terno amor. Creio que um ponto importante não é o quanto você sabe de Deus, mas o quanto você deseja saber. O desejo de viver mais conscienciosamente, a própria vontade de ser transformado e de nascer de novo, é o que nos torna receptivos à cura. Aliás, o praticista mais experiente também precisa do mesmo anseio humilde e do mesmo empenho para conhecer melhor a Deus, se quiser executar qualquer trabalho de cura!
 
    
