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Intelectuais que são úteis à humanidade

Da edição de dezembro de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando eu era criança, a parte de que eu mais gostava na história do Natal era a visita dos três reis magos, e confesso que ainda hoje esse continua a ser o meu trecho favorito. Naquela época o que me fascinava era a jornada que os trazia de uma terra distante e misteriosa, para ofertar presentes ao menino Jesus. Mas agora sou professora universitária e gosto muito do exemplo daqueles sábios de outrora que testemunharam a vinda do Cristo! Eles precisaram de muita humildade para se ajoelhar diante da manjedoura. Foi necessário que se dispusessem a colocar de lado seus conceitos preconcebidos e o orgulho de sua erudição, para ajoelhar e adorar aquela criança humilde. Com essa atitude, contudo, provaram que eram realmente sábios, não apenas intelectuais.

Quando ingressei na universidade, costumava pensar sobre a validade da instrução acadêmica para as pessoas e, em especial, para o estudante de Ciência Cristã. Aliás, de vez em quando alguns amigos da igreja me alertavam contra o “intelectualismo”. Eles pareciam acreditar que se eu me aprofundasse no estudo de filosofia, literatura, ciências naturais e história, minha fé ficaria abalada. A preocupação dessas pessoas era válida, e orei com fervor a respeito da situação. Mas a mensagem que me veio foi enérgica: “Vá em frente”. Foi isso o que fiz, e esses prognósticos não se confirmaram em minha experiência. Uma das razões porque não tive esse problema foi porque desde o princípio, trabalhei para estabelecer a ordem certa de minhas prioridades. Descobri que a atividade intelectual não é, de forma alguma, inimiga do crescimento espiritual. Mas o crescimento espiritual vem em primeiro lugar. O fato de buscarmos primeiro o reino de Deus Ver Mateus 6:33., coloca tudo, a instrução inclusive, sob um foco mais nítido para nós.

Adotei algumas estratégias específicas para colocar minhas prioridades em prática. Assegurei-me de que Deus e o meu estudo de Ciência Cristã vinham em primeiro lugar em meu coração e em meu planejamento diário. Eu começava o dia com um período em que me dedicava a orar, a ouvir calmamente as mensagens divinas e a estudar a lição bíblica do Livrete trimestral da Ciência Cristã. Não importava quão pressionada e ocupada me sentisse, eu protegia esse momento de comunhão com Deus. Para mim, era uma necessidade, não um ritual. Servia para pensar meus ferimentos, aquietar meus receios, repreender o egoísmo e para dar-me coragem e força quando achava que havia chegado ao final de minha resistência. Eu me aprofundava naquela lição-sermão com o mesmo vigor e atenção que dedicava às matérias acadêmicas, e tanto os meus estudos na faculdade, quanto o meu estudo de Ciência Cristã eram baseados em oração.

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