Raramente mencionavam-se trechos da Bíblia em nossa família, mas os provérbios e máximas eram citados com freqüência.
Quando eu tinha cerca de dez anos de idade, certa vez corri muito empolgada para minha mãe, para contar-lhe sobre um elogio que me haviam feito. Seu comentário foi: “Lembre-se, querida, a beleza está nos olhos de quem a vê.” Enquanto eu tentava entender essa observação, minha avó, meneando afirmativamente a cabeça, em aprovação ao que minha mãe havia dito, acrescentou: “Sim, minha menina, beleza não se põe à mesa. A beleza está nas coisas belas que você faz. ”
Nunca deixarei de ser grata pelo fato de que o maravilhoso ensinamento moral, por mim recebido, preparou-me para valorizar os ensinamentos da Ciência Cristã, que me elevaram acima dessa perspectiva de pensamento pseudopositivo em relação à vida. Eu estava sempre procurando bondade e beleza nos outros, com a esperança de que eles vissem essas qualidades em mim. Porém, os outros não pareciam ter sentimentos recíprocos a meu respeito, talvez porque eu ainda não tivesse entendido que, em realidade, as verdadeiras qualidades de beleza e bondade vêm de Deus. Como eu vim a aprender depois, na Ciência Cristã, as qualidades de Deus não podem ser transferidas de uma pessoa para outra, mas são diretamente expressas em Seu homem espiritual, que é a semelhança ou o reflexo do Espírito. Dessa forma, elas não são propriedades exclusivas e pessoais, mas características divinas da natureza de Deus, que fazem parte, por reflexo, da identidade espiritual do homem.
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