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Há alguns anos, enquanto eu me achava a diário na companhia de...

Da edição de fevereiro de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Há alguns anos, enquanto eu me achava a diário na companhia de determinado companheiro por motivo de um trabalho que fazíamos juntos, senti-me atraída a ele fisicamente. Ele me havia dito que podia ler o pensamento de outras pessoas, e me fizera crer que sabia como manipular os outros. Sou casada, e esses pensamentos e sentimentos me assustavam e chocavam. Com o passar do tempo, a atração tornou-se mais forte e o terror e as trevas eram tão intensos que fiquei com medo de perder o controle. Tudo o que de bom eu valorizava — progredir no entendimento de Deus e refletir Suas qualidades, ter amor pela família e pelos amigos, ser útil em casa, na igreja e no trabalho, gozar de saúde e paz — tudo isso parecia-me ameaçado pelo que se estava tornando numa obsessão.

Depois de lutar, por uns tempos, por mim mesma, solicitei ajuda pela oração a um praticista da Ciência Cristã. O espírito de Amor que foi expresso, me deu esperança. Tive uma sensação do amor Paterno que não me via como pessoa mortal enleada e impura, mas como a filha de Deus, espiritual, útil e boa. O praticista orou diligentemente por mim. E, durante o tempo todo em que esse problema estava sendo resolvido, fui protegida. Não houve nenhum ato imoral.

A cura não foi rápida, e houve contratempos. Mas houve progresso. A Bíblia e os escritos de Mary Baker Eddy tornam claro que tudo o que realmente existe procede de Deus, o bem, e que o homem é a perfeita semelhança de Deus. Qualquer noção de ser o homem menos que perfeito é falsa, ilusória. Eu ansiava por sentir a veracidade dessas verdades espirituais, não somente conhecê-las em teoria. Foi de importância primordial ter persistência. Penso que o fundamental para a cura foi ter eu seguido a orientação que li em um parágrafo do livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, que começa assim (p. 495): “Quando a ilusão da doença ou do pecado te tentar, apegate firmemente a Deus e Sua idéia.” Muitas vezes, eu tomava uma simples verdade e me mantinha pensando nela da melhor maneira que podia — e por tanto tempo quanto necessário para contrapô-la às falsas sensações.

As genuínas promessas de paz, felicidade e realização feitas na Bíblia àqueles que amam e obedecem a Deus, significavam muito para mim. Eu sabia que a impureza e a imoralidade não traziam satisfação. Eu ansiava por seguir mais ativamente o Mestre, Cristo Jesus, e assim demonstrar minha natureza espiritual, altruísta e pura.

Muitos versículos bíblicos sustentaram-me de maneiras específicas. Não era fácil participar no trabalho da igreja, durante essa época, mas a dificuldade foi reduzida por eu ter levado a sério esta declaração sobre Deus (Jó 23:14): “Ele cumprirá o que está ordenado a meu respeito.” Outro versículo que me ajudou a vencer o sentimento de estar sob o controle de alguém e ser moralmente fraca foi este, que se encontra em Filipenses (2:13): “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”

Aproveitei muito do artigo em um número de The Christian Science Journal que falava sobre a cura de problema semelhante ao meu. Esforcei-me e procurei pôr em prática muitas das qualidades de pensamento que o autor havia conseguido expressar na vida prática. Algumas das verdades específicas que tinham ajudado o autor naquela ocasião, ajudaram-me também.

A gratidão pelas muitas evidências do bem em minha vida — entre elas, pais que me ensinaram a amar a Deus e um esposo e filhos queridos — elevaram meu pensamento. Eu queria essa cura, e não somente para mim; eu queria contribuir para livrar o mundo das crenças escravizadoras e das falsas atrações.

Percebi que a solução para esse problema estava em entender eu melhor esta declaração de Ciência e Saúde (p. 284): “A intercomunicação se faz sempre de Deus para Sua idéia, o homem.” Ao orar com essas idéias, comecei a ver que muitas coisas, as quais eu aceitava serem o meu próprio pensamento, não provinham de Deus e me deixavam exposta à manipulação mental que eu experimentava. Por exemplo, eu gostava muito de ser admirada por outros. Também, tinha curiosidade pela conduta imoral e, ao mesmo, a temia.

Aprendi que o valor e o domínio vêm somente de Deus, e que o pensamento alinhado com Deus não pode ser tentado ou amedrontado por algo tão limitado e insatisfatório como a imoralidade ou qualquer forma de impureza. Entendi que, quando temos constrangimento (como o que tive ao trabalhar com aquele homem) não somente devemos repeli-lo (como eu havia feito), mas, de fato, precisamos enfrentá-lo com a Verdade, cônscios de que a natureza real do homem é semelhante a Deus, e prestar atenção à orientação de Deus e a ela obedecer.

Quando tomei conhecimento de que esse tipo de experiência não era novo na vida da outra pessoa, minha reação foi querer culpá-la por meus pensamentos errados. Mas eu sabia que era eu a responsável pelos meus próprios pensamentos. A Sra. Eddy declara-o francamente (Ciência e Saúde, pp. 234-235): “Os maus pensamentos, a cobiça e os propósitos maliciosos não podem ir, como pólen errante, de uma para outra mente humana e ali achar alojamento sem despertar suspeitas, se a virtude e a verdade formam forte defesa.”

Não posso assinalar o dia e a hora em que a cura ocorreu. De momento a momento, lutando para livrar-me de um modo de pensar defeituoso e atendo-me a ver o homem criado por Deus, gradualmente atingi ter domínio — primeiramente, sobre as sensações agressivas, depois, sobre os sentimentos de culpa e condenação, e, finalmente, sobre o medo.

Mais tarde, o que eu tanto quis foi o que a Sra. Eddy mostra ser uma necessidade (Retrospecção e Introspecção, p. 22): “É preciso revisar a história humana, e apagar o registro material.” E foi o que aconteceu. Ao continuar a progredir em minha compreensão de Deus, graças à Ciência Cristã, minha maneira de encarar a experiência mudou. Agora, quando penso nela, lembro-a como uma cura. Sei que a atração e a dominação do físico nada têm a ver com a natureza do homem real — quer a minha, quer a de outra pessoa, ou de qualquer um de nós. Estou convencida de que o homem, o reflexo verdadeiro de Deus, é totalmente puro.

Além disso, aprendi mais acerca da natureza do Amor divino — o que este expressa; o amor real não é possessivo nem obsessivo. Vi que Deus, ou o Amor, realmente se comunica conosco e que refletimos Sua natureza boa em qualidades tais como amor, paz, saúde, dignidade, liberdade, felicidade, força. Também aprendi a estar mais atenta, e a rejeitar sentimentos, pensamentos ou características que não são de Deus.

Durante aquele tempo, a mais cara expressão da natureza incondicional do Amor divino ocorreu quando fui capaz de contar ao meu esposo o que me havia afligido. Ele, imediatamente, assegurou-me que me amava. “Não importa,” disse, “eu te amo.”

Meu coração abre-se a todos aqueles que possam estar lutando com um problema similar. Também tu és amado — não importa o que esteja acontecendo. Na verdade, és bom, puro e vital para Deus. Persiste em teus esforços para chegar à cura mediante melhor entendimento de Deus, porque tudo o que podes realmente saber, sentir ou expressar é o amor de Deus, e é este amor que te irá curar.

Durante essa experiência de cura, testemunhei a transformação, em minha esposa. Em vez de ser uma pessoa que gostava de falar com veemência sobre Ciência Cristã passou a ser uma pessoa que, abnegadamente, vive a Ciência Cristã. Sua vida, mais do que nunca, abençoa aqueles que entram em contato com ela.

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