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Não deixe de cantar!

Da edição de maio de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


“Cantai ao Senhor um cântico novo,”  Salmos 96:1. diz o Salmista, sem oferecer opções, nem sugestões de que aguardemos até hora mais oportuna ou até nosso ânimo estar mais inspirado.

Nem sempre o cântico é cantado. Muitas vezes, é a sincera e silenciosa elevação de nosso pensamento a Deus. Seja qual for o cântico, pode ter início agora. Deus, a Vida eterna, por Sua própria natureza constantemente derrama novas idéias e inspiração em abundância para nossa utilização e deleite. Quando estamos de fato à escuta, ou às vezes quando estamos simplesmente cuidando de nossos afazeres, repentinos novos vislumbres da verdade espiritual nos surpreendem, e acolhemos “anjos sem o saber”.

Houve momentos, porém, em que me senti muito sobrecarregada, muito apática para cantar, quanto mais para procurar nova inspiração. Aprendi que, então, o melhor é não deixar de cantar. Uso frases da Bíblia e de Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, palavras que conheço bem, ainda que não esteja mantendo em mente o seu espírito. Ao insistir, em silêncio ou em voz alta, essas palavras trazem a gloriosa inspiração que procuro. Um “cântico novo” é o que se faz mister, portanto novo cântico é o que temos de cantar. “Me pôs nos lábios um novo cântico,”  Salmos 40:3. diz o Salmista.

Essa convicção de que nossa inspiração divina nunca pode se esgotar, ajudou-me vezes sem conta, quando me senti como se um véu estivesse me separando de meu Pai-Mãe Deus.

Certa vez, fiquei a pensar se, por ter conhecido a Ciência Cristã toda a minha vida, corria o perigo de perder o importantíssimo espírito subjacente às palavras, e se estava obedecendo só à primeira parte do requisito em Ciência e Saúde: “Estuda a fundo a letra e embebe-te do espírito.” Ciência e Saúde, p. 495. Lembrei-me, então, duma lição aprendida há anos, numa aula da Escola Dominical da Ciência Cristã. A professora indicou um trecho de Ciência e Saúde e disse em essência: “Vocês todos conhecem muito bem essa citação. Mas não se esqueçam de que nossos livros-texto, a Bíblia e Ciência e Saúde, permanecerão para sempre em nossas vidas. A mensagem contida nesses livros jamais ficará gasta. Sempre estarão descobrindo algo novo neles. Portanto, procurem algo que nunca viram nessa frase, agora,” e pediu que cada aluno fizesse isso.

Continuo valendo-me daquele exercício da Escola Dominical, e nunca falha. Às vezes, a oração me leva logo a novos tesouros, às vezes, tenho de escavar para achá-los. Nessas ocasiões, os dicionários, as concordâncias e os comentários bíblicos ajudam, como também é útil ler um trecho em voz alta ou usar papel e caneta para parafraseá-lo.

A gratidão é, sem dúvida, um dos melhores meios de elevar-nos acima do embotamento espiritual. Assim, ao ler um relato de cura em um de nossos livros-texto ou nos periódicos da Ciência Cristã, gosto de imaginar como seria ser amiga da pessoa que narra o problema e, quando a cura vem, sinto-me parte dela, regozijando-me tal como o faria com a cura de uma pessoa a quem conheço e amo.

Descobri que esse “entrar” numa história bíblica é muito útil. Um dia, voltei do trabalho com fortíssima dor de cabeça. Foi fácil deixar-me convencer de que o momento não era oportuno para a oração inspirada, para cantar “cântico novo” (ou nenhum tipo de canção). Mas quando tentei dormir para resolver o problema, senti–me tão mal que nem isso consegui.

Assim, decidi contar–me uma história bíblica. Escolhi a que estava na lição-sermão Do Livrete trimestral da Ciência Cristã. daquela semana: a cura realizada por Cristo Jesus, da mulher que sofria havia doze anos duma hemorragia e fora curada ao tocar a orla da veste de Jesus. O fluxo de sangue estancou e Jesus lhe disse: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.”  Lucas 8:48.

“Filha”! Que maravilha ser chamada desse modo tão terno. O quanto gostaria de ouvir Cristo Jesus falando comigo, relembrando-me de minha condição de filha de Deus, mostrando que eu estava curada, despedindo-me em paz. Daí, percebi que podia de fato estar consciente da presença sanadora do Cristo, pois a Ciência Cristã explica que, embora o Jesus humano não esteja presente, o Cristo eterno está sempre presente para eliminar o pecado, a doença e a morte no mundo.

Logo me tranqüilizei. Adormeci e, quando acordei, vi que era de manhã e que eu estava bem, e feliz.

Essa idéia de cantar novo cântico deve ser importante, pois a admoestação de cantá-lo ocorre várias vezes nos Salmos. E quando obedecemos, não importa qual seja a hora do dia ou a nossa idade, sentimo-nos como se fosse o despontar duma manhã de primavera.

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