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Nós últimos anos da adolescência, quando já estudante universitário,...

Da edição de maio de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


Nós últimos anos da adolescência, quando já estudante universitário, investiguei um bom número de religiões e concluí que se havia um Deus, Ele era incognoscível. As aulas de filosofia que havia tomado, mostravam as tentativas fúteis da humanidade no sentido de provar a existência de Deus, na base da lógica é do raciocínio humano, e levaram-me a investigar as drogas alucinógenas como meio de encontrar algum significado mais profundo na vida. Ao invés disso, fiquei física e “psicologicamente” dependente dessas drogas.

Acabei na cadeia, cumprindo uma sentença de trinta dias, como resultado de condenação por envolvimento em drogas. Quando fui solto, voltei à universidade onde estava matriculado. Eu havia estado seriamente envolvido no uso de maconha, LSD e cocaína e bem depressa caí outra vez no mesmo estilo de vida, apesar da promessa que tinha feito a mim mesmo enquanto estava na cadeia, de que me “emendaria” quando saísse.

A essa altura uma jovem que conheci na universidade me falou na Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss). A jovem me atraía porque tinha uma filosofia de vida muito positiva e diferente e, várias vezes, falamos a respeito de sua religião. Em nossas conversas, devo admitir que fiz o máximo para convencê-la de que ela perdera o contato com a realidade. Quando penso nesses diálogos de maneira retrospectiva, vejo que era exatamente o contrário.

Quando, mais tarde naquele ano, fui preso outra vez, acusado de envolvimento com drogas e de atacar o policial que passava revista em meus bolsos, minha amiga não me abandonou. Aliás, acompanhoume ao tribunal. Devido à gravidade das acusações contra mim, e porque estava sob liberdade condicional após minha reclusão anterior, meu futuro nunca parecera tão pouco promissor. O juiz disse a meu advogado que eu passaria muito tempo na cadeia. Fiquei apavorado.

Enquanto estávamos no tribunal, minha amiga insistiu que não era tarde demais para eu mudar completamente de vida. Disse-me que Deus me amava como Seu filho perfeito, mas que eu tinha de estar disposto a obedecer aos Seus mandamentos, a fim de poder encontrar minha verdadeira identidade como descendente amado e puro do Espírito, Deus. Precisava me dispor a dizer “não” a depender da matéria, “não” às drogas e à imoralidade, e voltar-me de todo o coração a Deus para encontrar a salvação. Naquele momento de minha vida, essa amiga oferecia-me esperança.

Eu não sabia se a Ciência Cristã realmente podia me ajudar, mas queria ter mais uma oportunidade na vida. Recordo ainda com clareza aquele primeiro momento em que mentalmente desisti de resistir a essa ajuda divina e voltei-me a Deus, numa oração singela em busca de Sua ajuda.

Aconteceu como a Bíblia promete (Tiago 4:7, 8): “Sujeitai-vos ... a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros.” Desse momento em diante, algumas coisas bem tangíveis começaram a acontecer comigo, coisas que eu sabia não serem mera coincidência.

A atitude do juiz para comigo mudou por completo. Ao invés de um longo período na cadeia, fui sentenciado a prestar serviço comunitário. O desejo aparentemente incontrolável de ficar “alto” e eufórico mediante as drogas e as bebidas alcoólicas simplesmente me abandonou.

Nessa época comecei a estudar a Ciência Cristã e a freqüentar os cultos da igreja, na companhia de minha amiga, e encontrei algo maravilhoso. Descobri que Deus é, de fato, cognoscível. Os sinônimos que Lhe são dados, de pleno acordo com a Bíblia, ou seja, Vida, Verdade, Amor, Mente, Alma, Espírito e Princípio divino, tal como se acham explicados na Ciência Cristã (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, 587:6–9), mostraram me um modo de conhecer e compreender Deus e de perceber Sua presença e Seu poder a agir em minha vida.

Como resultado de meus encontros anteriores com a lei, passei a interessar-me por fazer o curso de direito. Em duas ocasiões, eu havia feito o vestibular à Escola de Direito, obtendo em ambas as vezes um total de 43 pontos. Com minha ainda imatura compreensão de Deus como a fonte da verdadeira inteligência, fiz outra vez o vestibular e obtive 90 pontos. Essa melhora foi tão dramática que a agência encarregada do vestibular segurou o resultado a fim de revisar minha prova e para certificar-se com os inspetores de provas de que não havia forma de eu ter colado. O novo resultado foi então confirmado.

Voltei à universidade e encaminhei um requerimento em que pedia fossem eliminados de meus assentamentos um semestre de notas baixas — recebidas durante o tempo em que eu deixava de comparecer às aulas para ir em busca de “euforia” por meio de drogas. Informaram-me que esses requerimentos raramente são despachados favoravelmente, mas quando os administradores reconheceram a transformação por que passara meu caráter, concederam a anulação.

Com base no meu assentamento acadêmico corrigido e o resultado do vestibular, e com a intervenção pessoal do reitor em favor, fui admitido em uma das melhores escolas de direito de meu estado.

Após três anos de faculdade, prestei o muito temido exame perante a Ordem dos Advogados. Gostei da experiência durante o exame, e em momento algum tive dúvida de que seria aprovado. Venho praticando advocacia há nove anos em meu estado e sinto que está na hora de reconhecer publicamente meu profundo débito de gratidão à Ciência Cristã. Foi-me dada a oportunidade de recomeçar a vida e esta se transformou.

No decorrer desses quinze anos, minha compreensão da Ciência do Cristo e meu apreço por ela tornaram-se cada vez mais profundos e mais fortes e sei que encontrei a verdade que durante muito tempo viera procurando. Sou muito grato por ter feito o Curso Primário de Ciência Cristã, pela oportunidade de ter desempenhado grande número de cargos em minha igreja filial, inclusive um período muito gratificante como Primeiro Leitor. Sou particularmente grato porque a amiga que tanto me ajudou, consentiu em ser minha esposa e hoje temos três filhos maravilhosos que estão aprendendo a conhecer Deus e a amá-Lo como seu Pai-Mãe.


Sinto grande prazer em confirmar o testemunho de meu marido. Os fatos são tais como ele os relatou. Eu percebia claramente a bondade de meu amigo, apesar de todas as circunstâncias humanas negativas, e ao trabalharmos a partir da base de um único Deus todo amoroso que nos guia e governa, os hábitos errôneos desapareceram com a maior naturalidade. Hoje, como outrora, rejubilo-me em conhecê-lo como o homem perfeito de Deus, e sou grata pelo crescimento espiritual que ambos obtivemos durante os primeiros tempos de nossa amizade.

Naquela ocasião senti-me impelida a estudar minuciosamente o capítulo intitulado “O Matrimônio” em Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, de modo a entender mais claramente a base de um relacionamento correto. Isso foi muito antes de contemplarmos a idéia de casamento.

Sou particularmente grata pelo apoio de meus pais durante esse período e por eles terem me educado no estudo e na prática da Ciência Cristã.

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