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Como Jesus enfrentou e dominou a tentação

Da edição de outubro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando o controvertido filme A última tentação de Cristo estreou recentemente nos Estados Unidos, a maior parte dos debates fixou-se em como o cinema focalizou Jesus diante da tentação. As imagens alucinatórias do Jesus representado no filme incluíram fantasias acerca de sua participação nas atividades pelas quais foi tentado.

Entretanto, tal descrição não tem nada a ver com o que a Bíblia apresenta sobre a maneira como nosso Mestre encarou e venceu a tentação. Por certo, o Novo Testamento diz-nos que, de fato, Jesus foi tentado. A Epístola aos Hebreus esclarece que Jesus sabia com o que as pessoas se defrontariam em sua vida e que “foi ele tentado em todas as cousas, à nossa semelhança, mas sem pecado”  Hebreus 4:15..

As palavras “mas sem pecado” são essenciais a um entendimento exato de como Cristo Jesus se conduziu diante da tentação. Pelos relatos bíblicos, é evidente que ele se defrontou com o pecado na porta de sua consciência e lhe barrou a entrada antes de o pecado ali penetrar. Não se envolveu com o mal, nem abrigou-o no pensamento com vívidas fantasias, nem conviveu com ele até que pudesse avaliar se era desejável ou não. O Cristo, que Jesus personificou com tanta pureza, capacitou-o a enfrentar a tentação de modo direto, desmascará-la e eliminá-la, provando, assim, seu domínio sobre o pecado. Sua incomparável obra de cura, tanto da doença como do pecado, testifica seu lugar único na história, como Salvador da humanidade.

A narrativa de Mateus ilustra bem como o Salvador enfrentou e dominou a tentação, no incidente em que Jesus foi ao deserto para um período de jejum. Mais tarde, defrontou-se com uma situação em que sua fé foi seriamente posta à prova. A Bíblia fala do diabo, a insinuante mentira de que há vida separada de Deus, sugerindo a Jesus, primeiro, que o Mestre poderia alimentar-se de algo diferente da verdade de Deus. Depois, que Jesus poderia, intencionalmente, “experimentar” a graça protetora da lei de Deus, saítando do alto do pináculo do templo em Jerusalém. Finalmente, que Jesus deveria renunciar a servir a Deus, em troca da promessa de riquezas mundanas, poder pessoal e prestígio. Ver Mateus 4:1–11.

Em cada um desses momentos, Jesus foi instantâneo em sua reação à tentação. Não a aceitava, nem cogitava sobre ela. Negava as mentiras instantaneamente e opunha-se a elas com a verdade bíblica específica. As verdades da Bíblia ocupavam seus pensamentos tão completamente, que ele não podia ser enganado pelo mal. A tentação não encontrava alojamento na consciência ou na vida de Jesus, porque ele as compreendia tal qual eram: mentiras destituídas de substância verdadeira ou de promessa válida de proporcionar algo de bom.

Ao rejeitar a terceira tentação do diabo, Jesu reagiu com estas palavras do Antigo Testamento: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto.” O Mestre obteve a vitória pondo-se ao lado de Deus, a Verdade divina, percebendo assim ainda mais o poder eficiente da pureza e da integridade espiritual. “Eis que vieram anjos, e o serviram.”

Como sempre, o que o Salvador realizou, serviu de exemplo permanente para seus seguidores. O modo pelo qual Jesus enfrentou a tentação, é também o modo de enfrentá-la hoje. O modo pelo qual o Mestre dominou a tentação, é também como nós podemos dominá-la hoje.

Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy mostra a importância de barrar o mal na porta da consciência e não lhe dar um ponto de apoio. Em um trecho, Ciência e Saúde aconselha: “Monta guarda à porta do pensamento.” Ciência e Saúde, p. 392. Há também esta observação: “O pecado e a doença têm de ser concebidos no pensamento antes de poderem manifestar-se. Tens de dominar os maus pensamentos logo que surjam, do contrário serão eles que, em seguida, te dominarão. Jesus declarou que olhar com desejo para coisas proibidas, era violar um preceito moral. Ele dava grande importância à ação da mente humana, ação essa invisível aos sentidos.” Ibid., p. 234.

É preciso diligência e disciplina espiritual para alcançarmos esse modo de vida. Porém, pela oração e pelo estudo da Bíblia, podemos começar a compreender mais sobre nosso verdadeiro relacionamento com Deus, como Sua imagem e semelhança espiritual. De fato, Deus é a única Mente infinita, todo puro e todo poderoso. Como o homem é a expressão perfeita da Mente divina e somos, realmente, o homem criado por Deus, nossa própria consciência está imbuída da pureza e do poder espiritual de Deus. Assim, todos têm pleno acesso ao poder da integridade, exatamente como o exemplo de Jesus nos mostra.

À medida que fizermos, passo a passo, esforços sinceros para seguir Jesus, no confronto e no domínio da tentação, descobriremos que a satisfação real jamais reside nos prazeres da carne ou na sedução sofisticada do materialismo atual. O que verdadeiramente satisfaz a vida, preenche suas esperanças e lhe dá sentido, encontra-se sempre no que a Bíblia chama de “cousas do Espírito”, no amor, na luz e na paz do reino de Deus.

Temos a autoridade dada por Deus para permanecer alerta na porta da consciência e somente permitir entrada ao bem ou sua expressão em pensamento, palavra ou ação. Temos o exemplo de nosso Mestre para comprovar que isso pode ser feito. O resultado será certamente um pensar mais puro e um viver melhor, tanto para nós, quanto para o mundo.

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