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Em quem confiar?

Da edição de novembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Não faz muito tempo, ouvi um repórter dizer em tom meio de brincadeira que, se você não pode confiar nos militares, ou nas autoridades, ou mesmo no padre ou no pastor, você sempre pode confiar no seu cão. Eu sabia o que ele queria dizer. Em certa época de minha vida, eu também achava que só podia confiar em meu cachorro, Fritz. Não é que eu não tivesse amigos ou parentes que gostassem de mim, mas Fritz parecia mais constante, sempre feliz e muito leal.

Depois que comecei a estudar a Ciência Cristã, no entanto, passei a aprender que Deus é um Princípio fixo com o qual podia contar. Percebi que podia confiar no Princípio, Deus, porque Ele era a causa do meu ser e a fonte de todo o bem. Comecei a notar que, não importava qual fosse a dificuldade, eu podia confiar n'Ele e à medida que O compreendia melhor, a situação inevitavelmente se resolvia.

Parte do meu estudo consistia em perscrutar a Bíblia e sentir maior apreço pela vida e pelo trabalho curativo de Cristo Jesus. Percebi quão unido a seu Pai, Deus, deve ter se sentido e como confiava n'Ele sem vacilação. Jesus alimentou a multidão, acalmou a tempestade, curou doentes e ressuscitou mortos, demonstrando sua total confiança no grande amor de Deus pelo homem. No jardim de Getsêmani, na véspera da crucificação, Jesus orou assim: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim, a tua." Lucas 22:42. Pense nisso! Conhecendo o ordálio que o esperava, ainda assim confiou em Deus. E sua confiança era plenamente justificada, como no-lo confirma a ressurreição.

Também nós podemos confiar em Deus em nosso viver diário. Uma jovem verificou que estava tendo dificuldade em encontrar companhia adequada. Com a freqüência do divórcio e a constante modificação na sociedade, no tocante à moral, a perspectiva de encontrar algúem em quem pudesse confiar, era precária. Muitas vezes ela vira pessoas manipulando outras para alcançar seus objetivos. Sabia, no entanto, que se quisesse relacionamentos profundos e satisfatórios, o mais importante a fazer era aprender a confiar em Deus. Sabia que podia fazer isso. Passou a preocupar-se menos com a possibilidade de achar companhia e começou a apreciar tudo o que de bom já podia encontrar em sua vida, sabendo que a fonte era Deus. Ocupou-se tanto em saber mais sobre Deus, que conseguiu sair em férias sozinha, sem sentir-se desamada ou incompleta.

Certo dia, continuando a orar nessa linha, teve um inspirado reconhecimento do quão plenamente bom Deus é. Sentiu-o de maneira tão tangível, que não se preocupou mais com o fato de se casar ou ficar solteira, porque sabia que todas as coisas boas que necessitasse, viriam de Deus, o Amor divino. Como poderia não confiar em um Deus tão real e próximo a ela! Não muito tempo depois, travou conhecimento com o homem que viria a ser seu marido.

Podemos nós confiar em Deus em qualquer dificuldade? Podemos realmente fiar-nos n'Ele? Sim, a compreensão espiritual habilita-nos a confiar em Deus. À medida que O compreendemos melhor, compreendemos também porque podemos confiar n'Ele. A Sra. Eddy diz o seguinte em Ciência e Saúde, a respeito da fé: "Segundo certa modalidade de fé, confiamos nosso bem-estar a outrem. Segundo outra modalidade de fé, compreendemos o Amor divino e sabemos como desenvolver nossa salvação 'com temor e tremor'. 'Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé!' exprime a impotência de uma fé cega; ao passo que a injunção: 'Crê. .. e serás salvo!' exige que sejamos fidedignos e estejamos seguros de nós mesmos, o que inclui compreensão espiritual e confia tudo a Deus." Ciência e Saúde, p. 23.

Certa noite tive de confiar, de todo o coração, no amparo de Deus, quando subitamente fui acometida de fortes dores e sintomas alarmantes que nunca havia sentido antes. Por estar, na ocasião, esperando um filho, fiquei completamente tomada pelo medo. Enquanto orava por mim e pela criança, voltei-me a uma passagem de Ciência e Saúde, que diz: "O Deus da Ciência Cristã é o Amor divino, universal, eterno, que não muda, nem causa o mal, a doença ou a morte." Ibid., p. 140.

A idéia de que Deus está em toda parte, não me pareceu tão revolucionária. Mas a idéia de que Deus era tudo o que existia, fez-me pensar. Seu saber, Sua ação, Seu ser, constituem tudo o que é verdadeiro na criação. É nesse criador que confiamos. Raciocinei que se Deus (o bem) e Sua manifestação (o homem espiritual) são tudo o que existe ou existiu ou existirá, então não há lugar ou causa para qualquer tipo de anormalidade. Continuei a orar, até que uma grande paz inundou minha consciência. O medo me abandonou completamente. Eu sabia e confiava no fato de que Deus é Espírito, toda verdadeira substância e que eu era Sua idéia, a própria expressão de Seu ser. Tudo o que existia, era a Mente, consciente de sua perfeição e onipotência. Como o Deus onipresente e Sua manifestação são tudo, não há, em realidade, nada a ser conhecido e expresso senão Sua onisciência, dentro da qual o homem se mantém. Naquela mesma noite, o medo, a dor e outros sintomas desapareceram. Estava curada.

Deus é tão bom! Tão compreensível, amável e confiável! À medida que chegarmos a conhecê-Lo como nossa Vida, nossa Mente e nossa única fonte do bem, será cada vez mais natural para nós recorrer a Ele sem reservas. Quando descobrirmos a presença de Deus aqui onde estamos, também descobriremos que é impossível não confiar n'Ele.

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