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Será que Deus “dá atenção” às nossas orações?

Da edição de novembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Clifford Longley, redator religioso do jornal The Times de Londres, há pouco rendeu tributo a um ex-Arcebispo da Cantuária. Longley escreveu que esse líder de igreja "tinha a qualidade que caracterizava um homem de Deus, a de estar em termos de intimidade com Deus". E acrescentou: "Essas pessoas dão a impressão de que seus olhos têm a perspicácia incisiva da fé e realmente enxergam o que o resto de nós não consegue ver: que Deus dá atenção às suas orações."

O redator concluiu com estas palavras: "A lição ensinada por um homem de Deus é: a única incomparável escola de amor que se pode conhecer, é uma vida de oração. Isso só pode significar que sentir a ação da oração é sentir-se amado." "The inward calm of holiness," The Times (Londres), 26 de abril de 1988.

De fato, as orações são ouvidas por Deus. A Bíblia contém inumeráveis relatos em que tanto homens como mulheres se volveram para Deus, levando a Ele suas preocupações mais profundas, e vivenciaram o Seu amor nas orações atendidas.

Por exemplo: Lemos no livro de Samuel a história de Ana, que era esposa de Elcana. Ver 1 Samuel 1:8–20. Ana estava desesperada por ser estéril, mas ela se voltou a Deus em oração e, mais tarde, deu à luz um filho, a quem deu o nome de Samuel.

Bem cedo Samuel aprendeu a estar atento a Deus. E quando ouviu Deus a chamá-lo, respondeu: "Fala, porque o teu servo ouve." 1 Samuel 3:10. Devido à leal resposta de Samuel e por sua obediência a Deus, quando ele chegou à idade adulta foi capaz de partilhar com o povo as mensagens de Deus. Tornou-se profeta, um leal "homem de Deus". Foi esse tipo de servir a Deus espiritualmente, realizado pelos profetas do Antigo Testamento, que pressagiou de muitas formas a obra sem paralelo do Mestre, Cristo Jesus.

O articulista religioso, anteriormente citado neste editorial, fala sobre a "escola do amor". Por certo Cristo Jesus foi o Mestre dessa "escola". Ele mesmo levou uma vida de oração. Ele é nosso Modelo.

Jesus compreendia ser, ele mesmo, o Filho amado de seu divino Pai. Ensinou seus discípulos a reconhecer a Deus como sendo o Pai deles. Instruiu-os a orar nesses termos. O Mestre sabia que, pela oração, eles haveriam de conhecer e amar o Pai e confiar em Seu cuidado infalível e solícito. Ele disse: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á." Mateus 7:7,8.

Jesus explicou aos seus seguidores que, assim como eles davam coisas boas aos seus filhos, de igual modo o Pai celestial concede todo o bem aos que Lho pedem. Repetidas vezes demonstrou a afluência de Deus. Provou que Deus já supriu todas as nossas necessidades, mediante a afluência de Seu amor, qualquer que seja a necessidade: melhor saúde, santidade ou uma manifestação mais completa da vida e da atividade.

A Ciência Cristã segue essa tradição bíblica de orar. Enfatiza que podemos encontrar respostas práticas para os muitos desafios com que nos defrontamos. A Sra. Eddy veio de uma família cristã devota e, desde a mais tenra idade, aprendeu a amar a Deus e a volver-se a Ele em oração. Na verdade, o historiador britânico, H. A. L. Fisher escreveu a respeito dela: "Oração, meditação, ávida e perplexa investigação das Escrituras, exigiam, desde a infância, grande parte de suas energias, de modo que as pessoas que vieram a conhecê-la anos mais tarde, tinham consciência de sua determinada e repousante elevação, que só poderia vir a uma mulher que alimentasse certa vantagem espiritual secreta.... As grandes idéias sobre Deus, a imortalidade, a alma, a vida permeada pelo cristianismo, nunca estiveram longe de seu pensamento." Citado em Robert Peel, Mary Baker Eddy: The Years of Discovery (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1966), p. 102.

A Sra. Eddy dedicou o primeiro capítulo do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, à oração. Escrevendo com o conhecimento oriundo de sua própria experiência de comunhão com Deus, ela diz: "Deus é Amor. Podemos pedir-Lhe que seja mais?" E continua mais adiante: "Devemos implorar junto à fonte aberta, da qual jorra mais do que aceitamos, para que nos dê mais? O desejo não proferido aproxima-nos mais do manancial de toda existência e bem-aventurança." Ciência e Saúde, p. 2.

Por que, às vezes, não conseguimos sentir a proximidade de Deus e nos preocupamos com a possibilidade de Ele não haver ouvido nossas orações? Não será porque consentimos que o medo, o pecado ou a incredulidade nublem nossa visão de Sua presença constante? Nessas ocasiões, devemos "pedir", "buscar" e "bater" com maior persistência até que o Cristo, a Verdade, ilumine novamente o nosso pensamento e encontremos as respostas às nossas orações que se tornam evidentes em nossa vida. Outras vezes, podemos orar calmamente para termos mais consciência do amor de Deus. Como o Amor divino é o próprio Princípio do ser, nunca precisamos duvidar de que Deus esteja presente. Quando aprendermos a abrir os nossos corações ao Pai e apreciar o bem abundante que Ele verte sobre todos os seus filhos, veremos que nossa natureza passa por uma transformação. Conscientizamo-nos da terna calidez interior e passamos a expressar nossa alegria na solicitude pelos outros.

Nossa oração atrai-nos para a fonte de toda bem-aventurança; sentimos em nós a pureza imaculada. O pecado e o materialismo começam a sumir de nosso pensamento e nos regozijamos numa nova compreensão do que significa ser semelhante a Deus. Aprendemos que a verdadeira santidade e a calma interior que daí vêm, são tesouros inestimáveis. A santidade nos mantém perto de Deus, da Alma e manifestamos uma consagração mais profunda à medida que continuamos a servi-Lo.

O livro Ciência e Saúde afirma: "Se rogamos a Deus como se Ele fosse uma pessoa corpórea, vemo-nos impedidos de abandonar as dúvidas e os receios humanos que acompanham tal crença, e assim não podemos apreender as maravilhas operadas pelo Amor infinito, incorpóreo, ao qual tudo é possível." Ibid., p. 13.

O redator religioso disse que a oração é como vivenciar o amor, sentir-se amado. Também nós podemos levar uma vida de oração e dar testemunho do fato de que Deus, o Amor sempre-presente, está atento às nossas orações!

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