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A luz do Natal e a luz da Igreja

Da edição de dezembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Sempre achei que era muito apropriado o fato de que o primeiro Natal tivesse vindo envolto em tão belas imagens de luz. Por exemplo: há uma história conhecida de todos sobre os humildes pastores que se achavam no campo, calmamente pastoreando seus rebanhos, na noite do nascimento de Jesus. De repente, o anjo do Senhor surgiu "e a glória do Senhor brilhou ao redor deles" Lucas 2:9.. E vieram também os Magos, homems poderosos e de elevada posição social, oriundos de um distante país do oriente, que haviam sido levados a procurar o Cristo em vista do brilho de uma só estrela, "até que, chegando, parou sobre onde estava o menino" Mateus 2:9..

O evangelho de Mateus diz que o próprio Cristo Jesus cumpriu a profecia das Escrituras e trouxe luz para dissipar os mais negros temores da humanidade: "O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz." Mateus 4:16.

A presença curativa do amor de Deus, o poder salvador de Sua graça, uma visão e inspiração espiritual transcendente: a luz pode significar tudo isso e muito mais. Pode representar também a inteligência infinita da Mente divina, a beleza radiosa da Alma manifestada, a glória consumada da Vida. Não seriam essas coisas do Espírito os presentes de Natal que todos nós realmente esperamos retornem repetidas vezes à nossa vida? Quando nós mesmos, com toda mansidão, nos dispomos a receber a verdade sobre a identidade espiritual do homem e seu relacionamento com o Pai, constatamos que Deus é, de fato, quem dá todo o bem, emitindo luz e concedendo amor livremente a todos os Seus filhos.

Enquanto pensava sobre a luz especial do Natal, ficou claro para mim que esta é, em verdade, a mesma luz que a Igreja de Cristo, Cientista, vem alimentando neste último século e está levando continuamente ao mundo de hoje, mediante seu ministério de cura. Entendi que todas as atividades da Igreja, desde suas Escolas Dominicais até o ensino no Curso Primário de Ciência Cristã, desde o trabalho do Conselho de Conferências da Ciência Cristã até as transmissões internacionais por ondas curtas d'O Arauto da Ciência Cristã, desde a ponderada reportagem dos acontecimentos mundiais em The Christian Science Monitor até o compassivo relato de curas na parte final desta revista, tudo isso destina-se a eliminar do pensamento humano a escuridão mental. Ignorância, medo, pecado, doença, toda essa gama de coisas que pretendem confinar homems e mulheres dentro de um conceito mortal e material de existência, são afastados para longe, à medida que a mensagem sanadora do Cristo, a Verdade, é transmitida com compaixão, amor e compreensão espiritual.

Essa mensagem do Cristo, a Verdade, enunciada através dos ensinamentos da Ciência Cristã, dá testemunho à humanidade de que existe sólido motivo de esperança, de que existem respostas espirituais práticas e poderosas para os desafios do viver pessoal. Na Ciência do Cristo, aprendemos que a inteireza, a liberdade e a pureza são estados naturais do homem como a imagem espiritual de Deus. Vidas fragmentadas, corpos debilitados, tendências sociais imorais, são tristes contrafações do que está realmente acontecendo no reino de Deus. Embora pareçam sólidos e recalcitrantes, esses males não passam de meras sombras. Quando a luz do advento do Cristo transpõe essas trevas, nossa consciência é iluminada por novas perspectivas da realidade divina. Passamos a ver com precisão e com nova clareza. E o que vemos é bom, tal como o Próprio Deus. O resultado é a cura, a vontade de Deus a manifestar-se. As trevas deixam de existir.

No livro Um Século de Cura pela Ciência Cristã encontramos um relato inspirador que nos diz como, pela cura de uma só mulher, a luz do Cristo veio iluminar-lhe a própria vida e a de muitas outras pessoas. Essa mulher adoecera repentinamente, acometida de uma úlcera que lhe obstruía a garganta. O médico da família achou que a medicina não poderia fazer mais nada por ela e que seu estado era tão grave que a mulher não passaria daquele dia. A essa altura, porém, a mulher lembrou-se de um exemplar do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, que fora deixado em sua casa uns dois anos antes. Também recordou-se de um Cientista Cristão de sua cidade e, a seu pedido, o amigo entrou em contato com um praticista da Ciência Cristã em Boston, uns 120 kms distante.

O praticista orou para a mulher e dentro de poucas horas esta ficou completamente curada. O filho dela escreveu mais tarde: "Foi como se a luz do sol houvesse irrompido em nossas vidas pela primeira vez.. .. Minha mãe ficou radiante de alegria."

Não só a mulher, mas também o marido e o filho se tornaram estudantes ativos da Ciência Cristã, daí por diante. Ela mesma, pouco tempo depois, dedicou-se à prática pública da Ciência Cristã e continuou durante quarenta anos. O filho escreveu que transcorridos dez anos da morte de sua mãe, ainda era freqüente pessoas virem lhe dizer de "sua gratidão ... por ela os ter ajudado a vencer as trevas da aflição, e ganhar a luz da alegria". Ver Um Século de Cura pela Ciência Cristã (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1966), pp. 166—167.

Essa dádiva da cura-pelo-Cristo veio como iluminação espiritual à família dessa mulher e a todos aqueles a quem ela ajudou na prática da Ciência Cristã. Essa dádiva foi como a luz do Natal, o novo advento do poder-Cristo à consciência humana, capaz de salvar e redimir. Também foi a luz da Igreja, onde Cientistas Cristãos leais resplandeciam em seu amor pelos necessitados da verdade que cura.

Numa de suas mensagens de Natal, a Sra. Eddy escreveu que a mesma estrela que brilhou em Belém, ainda brilha na cidade em que A Igreja de Cristo, Cientista, foi fundada. Ela escreve também: "A estrela que com ternura contemplava a manjedoura de nosso Senhor, empresta a esta hora sua luz resplandecente: a luz da Verdade, que conforta, guia e abençoa o homem, no instante em que ele se volta para a recém-nascida idéia da perfeição divina a raiar sobre a imperfeição humana, luz que acalma os temores do homem, carrega os seus fardos e o conduz à Verdade e ao Amor, que ternamente o livram do pecado, da doença e da morte." Miscellaneous Writings, p. 320.

A luz do Natal e a luz da Igreja ambas giram em torno de novos começos, do progresso espiritual contínuo e da cura cristã. Essa é a luz sob a qual nos podemos reunir. É algo digno de ser comemorado e acalentado na época do Natal. Assim cumprimos nossa missão, a de refletir essa luz.

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