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“Onde os milagres de Jesus tiveram origem”

Da edição de dezembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Para muitas pessoas, o problema não é tanto a descrença, quanto a incredulidade.

Esse é um estado do pensamento em que nem cremos em Deus, nem descremos dEle. A vida segue em frente. Estamos preocupados com o mundo aparente à nossa volta, com os acontecimentos diários, o trabalho, a família. Sempre há compras a fazer, divertimentos a procurar.

O resultado é falta de fé.

No evangelho de Mateus lemos que Cristo Jesus, indo à sua própria terra, "não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles." Mateus 13:58. É fácil concluir que estar na "terra" da incredulidade não leva à cura.

Sem dúvida, o antídoto para a incredulidade é crer. Jesus falava com freqüência sobre o valor de se crer. Aconselhou seus seguidores a crerem em Deus, crerem nele como o enviado de Deus, crerem que ele de fato realizou as obras vistas e relatadas e a crerem nas Escrituras. Ele disse: "Tudo é possível ao que crê." Marcos 9:23.

Hoje em dia, precisamos voltar a entender o significado original da palavra. Crer passou a ser entendido como ter uma opinião ou, pior ainda, ser ingênuo ou ter crença cega. Muitos cristãos, principalmente os Cientistas Cristãos, com razão mantêm distância desse significado superficial da palavra. Ora, Cristo Jesus sem dúvida tinha algo importante em mente quando nos animou a crer. O que era?

Sabemos que ele via um mundo que os sentidos não percebem: um mundo novo e um homem novo, totalmente governados por Deus. Chamava-o de reino de Deus e enfatizou que estava bem presente. Para a mentalidade geral, que se apóia nos sentidos materiais (na incredulidade), esse reino não estava presente, mas quando qualidades espirituais como amor, humildade, pureza, predominavam no pensamento, podia ser discernido através dos ensinamentos e exemplo de Cristo Jesus. Não estaria o Mestre incentivando seus seguidores a darem crédito ao que seu sentido espiritual recém-ativado lhes mostrava e a confiarem com firmeza, a fim de poderem entrar no reino de Deus?

Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã
Christian Science (kris'tiann sai'ennss), escreve a respeito da palavra crer: "Crer é ficar firme.. .. Crer dessa forma foi entrar no santuário espiritual da Verdade, e ali aprender, na Ciência divina, algo sobre o Todo-Pai-Mãe Deus. Foi entender Deus e o homem: foi repreender severamente a crença mortal de que o homem tenha decaído de seu estado original; de que o homem, feito à própria semelhança de Deus e refletindo a Verdade, possa cair em erro mortal; ou de que o homem seja o pai do homem. Significou entrar descalço no Santo dos Santos, onde o milagre da graça aparece e onde os milagres de Jesus tiveram origem, curando os doentes, expulsando males e ressuscitando o sentido humano para crer que a Vida, Deus, não está enterrada na matéria. Esse é o despontar espiritual do Messias e o coro dos anjos." Miscellaneous Writings, pp. 77—78.

Não se pede que creiamos naquilo que nunca aparece ou que nunca fica tangível ou que nunca se mostra em ação. Algo em que vale a pena crer, de fato está presente. Crer não dá origem a alguma coisa, mas abre a porta do pensamento para o universo inteiro do ser espiritual.

Para desfrutar da realidade espiritual em nossa vida, temos de, primeiro, crer em sua existência, prestando atenção a ela e compreendendo sua presença. Isso requer que sacrifiquemos as convicções do sentido material. Também requer muito de nós, do ponto de vista moral, mas à medida que aceitamos essas exigências, encontramos aquilo que é maravilhoso para a consciência humana: o Cristo, ou a Verdade, a quem Jesus estava unido e que lhe dava o poder de curar a doença e o pecado.

Para a mentalidade alicerçada nos sentidos materiais e nas paixões e ambições e reações do materialismo, tudo isso parece apenas uma tentativa de crer, parece forçar a fé ou ser mera capacidade pessoal. Na verdade, é o oposto. Credulidade espiritual, embora possa começar com o necessário esforço humano para resistir às alegações agressivas dos sentidos materiais de serem tudo, logo se torna uma questão de perceber aquilo que Deus nos dá. Não foi por isso que Jesus disse que todas as coisas eram possíveis ao que cresse? Certamente ele não estava recomendando que tivéssemos fé cega, mas estava explicando que a atitude de crer, que é compreensão espiritual, abre-nos os olhos para que vejamos um reino espiritual imenso e incontestável.

À medida que crescemos em compreensão espiritual, vemos que é perfeitamente natural crer naquilo que é real e está presente. Abandonamos a impressão da mente mortal de crer e obtemos o significado espiritual. Passamos a perceber o fato de que o saber ou a compreensão espiritual é normal e a descrença não é um raciocínio aceitável, mas uma condição ignorante e limitada do pensamento. Na verdade, a noção da mente mortal que parecia ser nossa e tão inexorável em sua descrença, desaparece. Ficamos tão ocupados em reconhecer o surgimento da realidade espiritual que, literalmente, temos nova e diferente consciência de nós e de tudo. Isso leva à cura.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a Sra. Eddy descreve o fato metafísico subjacente a esse estágio de progresso, ao escrever: "O Espírito sabe tudo; isso exclui a necessidade de crer.. .. A evidência cristã fundamenta-se na Ciência ou Verdade demonstrável, que flui da Mente imortal, e em realidade não há tal coisa como mente mortal." Ciência e Saúde, p. 487.

Tantas possibilidades se nos abrem, quando rompemos com o embotamento e falta de ação da incredulidade! Então vemos quão natural é conhecer mais do bem que Deus está dando. Nada disso, afinal, é muito difícil ou está além de nossa capacidade, ou nos é alheio. Descobrimos que nos sentimos em casa com isso. Com alegria reconhecemos que a evidência espiritual está fluindo de Deus. Por que não, crer e compreender?

E assim chegamos, com humildade, ao lugar onde há cura, "onde os milagres de Jesus tiveram origem".

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