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Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy aconselha (p. 424): “Os acidentes...

Da edição de dezembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy aconselha (p. 424): “Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia.”

Já há mais de um ano oro no sentido de negar o acaso como parte da minha vida e afirmo o poder e o controle do Deus infinito como a única Mente que existe. Tanto minha família como eu temos sido abençoados por essa minha firme oração.

Como comprovante, gostaria de contar uma experiência recente. Quando estávamos a passar férias noutro país, meus amigos, que não eram Cientistas Cristãos, e eu, íamos a caminho de um local muito especial à beira-mar. Queríamos ver os pingüins a emergir do mar ao anoitecer. Ao passar quilômetros e quilômetros, avistamos uma terrível trovoada acompanhada de relâmpagos, que vinha da água e avançava na nossa direção. Nuvens pretas e púrpuras, de quando em quando iluminadas por raios de intensa luminosidade, moviam-se no céu. À medida que o dia escurecia, os relâmpagos tornavam-se mais brilhantes e mais freqüentes.

Quando as chuvas irromperam, estávamos sem guarda-chuvas, no meio das falésias, rodeados de uma multidão que contava cerca de quinhentas pessoas. Como eu era a mais alta, ergui os braços segurando um casaco para abrigar meus amigos. O centro da tempestade parecia estar mesmo por cima das nossas cabeças. De repente, houve uma imensa explosão de luz e barulho e senti-me como que empurrada violentamente para o chão. A minha primeira reação foi gritar (embora a minha voz tivesse sido abafada pelas dobras do meu casaco): “Deus está aqui, aqui mesmo. Ele cuida de mim, por isso estou salva. Deus é o único poder.”

Ao ouvir gritos de pânico vindos da multidão, pedi aos meus amigos para me porem em pé, mostrando, assim, aos outros que eu estava bem. O meu corpo estava entorpecido. Continuei silenciosamente a afirmar que o homem criado por Deus é espiritual e que se encontra seguro aos cuidados de Deus. Foi então que me apercebi de um homem que também tinha sido lançado por terra e a família dele se encontrava aflita. Parecia-me correto incluí-lo nas minhas orações, no meu reconhecimento de que o poder nunca pode estar fora de controle, uma vez que todo o poder pertence a Deus, o bem.

A sensação de entorpecimento e de tremedeira desapareceu e eu já conseguia andar sozinha. Pouco depois, encontramos uma mulher que, com grande alívio, nos disse que o marido tinha sido atingido, mas que já se encontrava bem. À medida que nos fomos afastando, meus pensamentos centravam-se no fato de que o homem está separado do sonho, ou crença, de que a matéria tem realidade. Tal como lemos em Ciência e Saúde, à página 14: “Inteiramente separada da crença e sonho num viver material, está a Vida divina, que revela a compreensão espiritual e a consciência do domínio que o homem tem sobre toda a terra.”

De repente, consegui ver claramente que não há sonho e que em realidade, tudo o que existe, tudo o que pode existir, é Deus e o homem refletindo a perfeição espiritual.

Sinto-me infinitamente grata por essa prova da presença infalível de Deus. Agora trabalho com um sentido mais fresco e mais transparente da onipotência de Deus. Beneficiei-me também da leitura das muitas referências a relâmpago e a eletricidade em Ciência e Saúde. Apercebi-me, com total clareza, da imunidade do homem às chamadas “anomalias da natureza”. O homem espiritual de Deus nunca se encontra sujeito ao acaso.

Fazendo uma retrospectiva da minha vida, lembro que, embora tenha sido aluna assídua numa Escola Dominical da Ciência Cristã e membro ativo de uma grande organização universitária da Ciência Cristã, a certa altura enveredei por outro caminho. Outras atividades sobrepuseram-se à filiação na igreja e a freqüentá-la. O estudo diário da lição bíblica, delineada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, parecia não ser importante. Também não renovei as minhas assinaturas dos periódicos da Ciência Cristã. Dava-me a impressão de não sobrar tempo para a Ciência Cristã. Era saudável, vigorosa, ativa nos negócios e afazeres da comunidade e gozava de popularidade. Durante alguns anos tive a impressão de controlar o meu próprio destino.

Uma das contrariedades da minha vida, foi o aparecimento de um quisto numa orelha. Todas as semanas, sempre que ía ao salão de beleza, isso era alvo de comentários. O quisto cresceu tanto que se tornou necessário alterar o estilo do meu penteado. E como o quisto atrapalhava o trabalho da cabeleireira, ela perguntou-me se eu estava fazendo algum tratamento. Quando eu respondi “não”, ela citou-me várias teorias médicas e estatísticas, acerca do assunto, o que me amedrontou.

No regresso a casa, apercebi-me que tinha ficado realmente assustada. Sabia que a Ciência Cristã podia curar esse problema, mas o reconhecimento desse fato não me trouxe grande conforto. Sentindo-me como uma filha pródiga, acabei por cair em mim, parei numa Sala de Leitura da Ciência Cristã, comprei um Livrete e recomecei o estudo diário da lição bíblica.

À medida que crescia minha compreensão de que a matéria é a objetivação da mente mortal, o medo foi sendo debelado. Trabalhei, com determinação, na seguinte passagem de Ciência e Saúde (p. xi): “A cura física pela Ciência Cristã resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante o qual o pecado e a doença perdem sua realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e necessariamente como as trevas dão lugar à luz, e o pecado cede à reforma.” É claro que eu queria ver-me livre da doença, mas na frase acima, doença aparecia emparelhada com pecado. Perguntei a mim própria que pecado necessitava ser dissolvido.

Gradualmente, ao longo de vários meses, tornou-se claro que eu tinha o “eu” errado na fachada da minha vida. Deus é o Ego divino, o Eu Sou, que pode ser apenas refletido, não originado, pelo homem. À medida que o fui reconhecendo, minha vida começou a mudar. Prioridades foram retificadas e tanto as atividades como os amigos mudaram. Comecei a compreender o sentido da imolação do próprio eu, tornei-me mais amável e o meu conceito de amor foi mais alargado. A dada altura, a cura do quisto aconteceu, embora não tivesse consciência do momento exato. Sei que foi pouco antes de me ter filiado numa filial da Igreja de Cristo, Cientista e de ter feito o curso Primário de Ciência Cristã.

Um vigor e uma energia maravilhosos permanecem em mim e se refletem em todos os aspectos da minha vida. O serviço na igreja e no movimento da Ciência Cristã têm constituído grande alegria para mim. Os anos passados como professora da Escola Dominical são uma delícia. Agradeço a Deus diariamente pelas provas contínuas da eterna presença do Cristo.


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