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Necessidades comunitárias prementes: uma forma cristã de ser realmente útil

Da edição de dezembro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


“Estou ocupado demais, agora não posso aceitar nenhuma outra atividade.”

“Deve haver alguma outra pessoa melhor do que eu.”

“De qualquer forma, não há muita coisa que se possa fazer para resolver esse caso.”

Quando, porém, mais uma necessidade premente na família, na igreja ou na comunidade chega ao nosso conhecimento, é fácil dizer que não temos tempo para dedicar a esse problema. Mas o que dizer, se realmente o que temos de fazer é viver mais do espírito-do-Cristo? É possível recusar-nos a fazer a nossa parte?

Foram perguntas semelhantes às acima citadas que Gail Michelson, Cientista Cristã, teve de responder há alguns anos. Essa experiência ilustra bem o modo de o cristianismo científico prover naturalmente o ímpeto e os meios para ajudar não só a família e a igreja, mas também a comunidade. Ela constatou que a inspiração divina não é limitada, mas resulta numa abundante aptidão de ser realmente útil.

Uma noite, na hora do jantar, houve uma colisão perto de minha residência. Fui impelida a ver se podia ser útil e corri até a esquina. Vi um menino deitado no meio da rua, uma bicicleta destroçada e, ao lado da estrada, um jovem apoiado no carro, a chorar. Ajoelhei-me perto do menino e falei com ele. Ele mexeu a cabeça e vi que estava com o nariz quase decepado, quase separado do rosto. Com muita calma conversei com ele. Disse-lhe que Deus o amava, ainda o amava e não importava o que alguém dissesse desse momento em diante, Deus estava cuidando dele. A seguir, o menino foi levado para o hospital numa ambulância.

Ao voltar para casa, orei buscando orientação espiritual. Ao chegar, peguei o livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, de autoria da Sra. Eddy, onde li a seguinte frase: “E como o homem, visto através da lente do Espírito, fica amplificado! Como seu representante originário do pó fica diminuído! E como o homem verdadeiro se prende ao seu original e jamais se separa do Espírito!” Miscellany, p. 129: “And how is man, seen through the lens of Spirit, enlarged, and how counterpoised his origin from dust, and how he presses to his original, never severed from Spirit!” Ter encontrado naquele momento esse trecho, comoveu-me profundamente e senti paz e certeza. No dia seguinte telefonei para o hospital e disseram-me que o menino tinha recebido alta e fora para casa.

Alguns dias mais tarde, uma vizinha que também acorrera em socorro do menino, telefonou-me para conversar sobre o que seria possível fazer, para que essa esquina não oferecesse perigo, pois já haviam ocorrido vários acidentes ali. Enquanto falávamos, lembrei-mem de ter lido no livro Um Século de Cura pela Ciência Cristã sobre uma mulher que morava perto de um cruzamento perigoso onde graves acidentes costumavam acontecer. Ela orou sobre o assunto. Ver Um Século de Cura pela Ciência Cristã (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1966), p. 186. Um dia, quando ocorreu mais um acidente, ela orou, declarando que Deus é Tudo. De repente, vislumbrou uma solução para o problema do trânsito. Entrou em contato com as autoridades municipais, apresentou a idéia e esta finalmente foi aceita e posta em prática em todos os cruzamentos estratégicos daquela grande cidade. A mulher foi agraciada com menção honrosa por sua ajuda à comunidade. Peguei o livro e li isso em voz alta para a vizinha.

Ocorreu-nos uma idéia para melhorar nossa esquina. Embora nossa solução parecesse por demais simples, entrei em contato com as autoridades da cidade e lhes escrevi uma carta, assinada por todos os vizinhos. As autoridades cooperaram com a idéia e fizeram as modificações, instalando também mais alguns sinais de “Pare”. Nas poucas semanas que se seguiram, porém, toda vez que um sinal era instalado, era apagado ou roubado. A polícia foi notificada. Os policiais não ficaram surpresos e mencionaram que na cidade toda imperava o vandalismo praticado por adolescentes e que nós devíamos nos acostumar com o vandalismo, que tínhamos de aprender a aceitá-lo em nossa vida.

Tendo eu continuado a orar sobre o assunto, ocorreu-me escrever uma carta dirigida às pessoas que roubavam os sinais e publicá-la no jornal local. Quando entrei em contato com o jornal, fui animada a levar avante a idéia e me prometeram que a publicariam. Eu tinha certeza de que o tom da carta seria tão importante quanto as palavras, se não mais importante do que elas. Pus-me a orar sobre o que escrever e ocorreu-me algo sobre crianças que, fazia pouco, eu tinha ouvido num testemunho de cura. A idéia era de apelar para a ação do Cristo no pensamento da criança, para sua verdadeira espiritualidade e bondade. Quando tive certeza em meu próprio pensamento de que havia “uma influência divina sempre presente na consciência humana” Ver Ciência e Saúde, p. xi., como escreve a Sra. Eddy, vieram-me as palavras, a carta foi escrita com toda a facilidade e foi publicada.

Depois disso o vandalismo cessou abruptamente. Não houve mais acidentes nesse cruzamento. Mais tarde, recebi uma carta do departamento de polícia, louvando-me por meu interesse pelo bem-estar da comunidade.

Quando essas coisas aconteceram, eu servia em minha filial da Igreja de Cristo, Cientista, no cargo de Primeira Leitora. Meu amor pelo posto cresceu durante o meu mandato, embora inicialmente eu tivesse declinado o cargo. Sentia-me assoberbada pelos encargos de família, pois um de meus pais morava comigo e exigia cuidados 24 horas por dia. No entanto, posso dizer com honestidade que aquilo a que mais resisti, abençoou-me e trouxe grande felicidade. Gostava em particular dos trechos escolhidos como leitura para as reuniões de testemunhos às quartas-feiras. Considerava-os como orações para as necessidades locais, nacionais e internacionais e para suas crises. Orei para ter a flexibilidade de deixar de lado um tema preparado, se isso me parecia certo, a fim de tratar de um caso urgente em nossa comunidade ou em alguma outra parte do mundo. Ao mesmo tempo, várias oportunidades imprevistas de partilhar a Ciência Cristã com outros, se me apresentaram. Acho que foi essa modificação exterior, o que produziu esse resultado. Comecei a compreender a necessidade de viver no dia-a-dia as idéias sobre as quais eu lia em voz alta aos domingos e quartas-feiras. Sinto-me mais certa do que nunca da ligação existente entre o servir na igreja e produzir o bem-estar na comunidade.

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