Há alguns anos, meu apartamento foi arrombado no meio da noite. Quando acordei e vi o invasor, fiquei apavorada mas não gritei muito alto. Ele colocou a mão sobre minha boca e disse que não queria me machucar, mas que eu precisava manter silêncio absoluto.
Durante alguns minutos, só consegui pensar: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita,” frase da “exposição científica do ser”, na página 468 de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. A frase toda diz: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” Então orei para que aquele jovem nunca mais tentasse pegar o que não lhe pertencia. Ele levou consigo alguns títulos do governo.
Quando comuniquei o roubo a uma repartição pública, foi-me assegurado que a pessoa não poderia converter os títulos em dinheiro. Como eu tinha um registro da respectiva numeração, informaram-me que não haveria dificuldade em fornecerem segundas vias.
A primeira carta que recebi em resposta explicava que estava faltando um dígito na numeração de um dos títulos. Trocamos correspondência durante algumas semanas, mas parecia que eles não localizavam o registro daquele título. Finalmente, informaram-me que forneceriam as segundas vias dos outros títulos, indicando que com isso o caso estava encerrado.
Quando mostrei a carta para minha irmã, esta disse: “Mas os títulos roubados podem ser devolvidos!” Agradeci a ela e comecei a orar. Reafirmei: “Não furtarás” é um dos mandamentos de Deus (Êxodo 20:15). Eu também sabia que podia amar e perdoar aquele homem que parecia um inimigo.
Duas semanas mais tarde, todos os títulos roubados foram remetidos para meu endereço anterior (eu mudara de residência após tê-los adquirido). O novo inquilino me localizou e os remeteu. Na parte de trás do envelope constavam as palavras: “Deus te abençoe.” Achei que essa forma de encerrar o assunto dera resposta às minhas orações.
Há dois anos, de manhã cedo saí para regar as plantas. Inclinei-me para pegar um regador bastante grande e não pude mais me endireitar. Consegui entrar em casa. Meus livros, a Bíblia e Ciência e Saúde, estavam ao meu alcance, e comecei a estudar e a orar. Pelo meio da manhã, quando quis me levantar, a dor era tão intensa que quase desmaiei. Eu sabia, porém, que o Cristo sanador estava presente, e continuei com minha oração e estudo sinceros.
Ao meio-dia, uma amiga que é Cientista Cristã veio me ver. Quando percebeu minha necessidade, citou esta frase de Ciência e Saúde (pp. 470–471): “As relações entre Deus e o homem, o Princípio divino e a idéia divina, são indestrutíveis na Ciência; e a Ciência não concebe um desgarrar-se da harmonia, nem um retornar à harmonia, mas sustenta que a ordem divina ou lei espiritual, na qual Deus e tudo o que Ele cria são perfeitos e eternos, permaneceu inalterada em sua história eterna.” Repeti com minha amiga essa verdade poderosa e orei para ser receptiva a ela.
Consegui me levantar, segurando nos braços de minha amiga, e encontramos uma maneira de sentar-me e levantar-me sem auxílio. Passei o resto do dia em “oração e jejum” (Mateus 17:21). Tornou-se cada vez mais claro para mim que a lesão era um falso conceito da chamada mente mortal, conceito que eu não precisava aceitar. Meu verdadeiro ser como idéia perfeita de Deus nunca tinha sido e nunca viria a ser danificado.
No dia seguinte, não havia mais sintoma algum de lesão e pude mover-me livremente. Como fiquei grata pelas verdades espirituais que compreendera no dia anterior!
Agradeço a Deus por nosso Salvador, Cristo Jesus, e por sua fiel seguidora, a Sra. Eddy.
Detroit, Míchigan, E.U.A.
