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Como encaramos a questão dos direitos humanos

Da edição de maio de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


No decorrer de uma conferência de professores de escolas públicas, sentei-me para almoçar com sete outras pessoas de diversas origens. Só na nossa mesa estavam representadas oito cidades de quatro países diferentes. Depressa compreendi, quando começamos a falar, que a imagem mental que tinha dos países dessas pessoas, era muito negativa. Nem sempre é fácil determinar com exatidão a origem dessas impressões. No entanto, cada uma dessas pessoas contradizia meus preconceitos. Eram todas muito inteligentes e dedicadas, pessoas que eu gostaria de ter como vizinhos.

*Christian Science (kris’tiann sai’ennss)

A diferença abismal entre as impressões negativas que albergava e o verdadeiro caráter dessas pessoas, originou a pergunta: “Será que perdemos de vista inúmeras virtudes e qualidades, quando nos permitimos um julgamento de nossos concidadãos, obscurecido por imagens de violência?” O pior é que nos equivocamos, nos privamos de algo, quando pensamos que os outros estão separados da inteligência, do amor e da integridade que pertencem ao homem como reflexo espiritual de Deus.

Não nos é possível conhecer verdadeiramente outra pessoa, se a imaginamos vivendo separada de Deus, o bem infinito. Até o mais cruel e brutal pecador tem de ser visto como digno de confiança e capaz de corresponder à lei moral e espiritual. Nem sempre é fácil, admito, mas Cristo Jesus também deve ter compreendido esse fato. Jesus confiou à lei de Deus aqueles que foram bons para com ele. Confiou também Judas, Herodes e Pilatos à justiça divina. Ele não quis causar mal a ninguém.

Por exemplo, quando Pilatos recordou a Jesus que dispunha de poder para crucificá-lo ou libertá-lo, Jesus replicou: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada.” João 19:11. Mesmo nessa hora sombria, Jesus se recusou a pensar que um homem estivesse fundamentalmente separado da lei de Deus. A posição radical de Jesus é quase chocante, quando apreciada em sua conclusão lógica. Mas foi essa convicção espiritual da totalidade de Deus, bem como de nossa inseparabilidade d’Ele, que lhe proporcionou seu amor grandioso.

Podemos desenvolver esse gênero de amor hoje em dia. Talvez o necessitemos mais do que nunca, nestes anos tão tristemente conturbados por imagens violentas de pessoas surpreendidas por conflitos, sofrimento e empobrecimento espiritual. Eu mesmo procuro muitas vezes os relatos de cura nas obras da Sra. Eddy, tanto no último capítulo de Miscellaneous Writings como no de Ciência e Saúde. Enquanto os leio, começo a sentir esse gênero de amor e a ver como esse amor transforma a vida das pessoas.

Elemento unificador desses relatos é o de todas as pessoas terem sido curadas pela leitura de Ciência e Saúde. Mas há outro fato por detrás desse: alguém se importou o suficiente para se dispor a ajudar, para pôr esse livro à disposição de outrem.

Pessoas cujas vidas foram cuidadas com desvelo, amor e compaixão, fazem elevar o cristianismo que é impelido pela coragem que brota da esperança espiritual. E a compreensão completa tem de, finalmente, embeber-se da noção de que nosso destino espiritual só será cumprido quando deixarmos de acreditar que uns estão destinados a viver junto de Deus, enquanto outros possuem uma indescritível e imutável resistência à espiritualidade.

O simpósio de professores a que assisti, era dedicado ao progresso dos direitos humanos e civis. Tal progresso baseia-se na visão espiritual consciente de que todos somos dignos de algo melhor, algo acima e para além das horrendas limitações materiais. Precisamos ser um povo dotado de visão, sem medo de identificar cada homem, mulher e criança como filho de Deus, Sua imagem e semelhança espiritual, capaz de expressar agora Sua bondade. Só então começaremos a nos desprender dos receios que nós, ou outros, não conseguimos ou não queremos descartar completamente.

A Sra. Eddy possuía essa visão. Alcançou-a através das vicissitudes experimentadas em sua própria vida, experiências que desde cedo forjaram sua esperança cristã, tornando–a um instrumento da graça divina. Todos temos essa capacidade espiritual.

Ela escreveu assim de sua visão: “A idéia imortal da Verdade desliza pelos séculos afora e ajunta sob suas asas os doentes e os pecadores. Minha esperança fatigada procura configurar aquele dia feliz, em que o homem reconhecerá a Ciência do Cristo e amará o próximo como a si mesmo — em que compreenderá a onipotência de Deus e o poder curativo do Amor divino, naquilo que fez e está fazendo pelo gênero humano. As promessas serão cumpridas. O tempo para o reaparecimento da cura divina se estende por todos os tempos; e quem quer que deponha tudo o que tem de terrenal no altar da Ciência divina, bebe agora do cálice do Cristo, e fica dotado do espírito e do poder da cura cristã.”Ciência e Saúde, p. 55.

“Aquele dia feliz” pode ocorrer em nossa vida hoje mesmo. Ter essa esperança não é diferente da experiência dos que “ficaram sãos” a poucos passos do Mestre. Ver Mateus 14:36. E uma vez envolto nessa esperança, você só tem de partilhá-la, porque o amor do Cristo está em você.

Há inúmeras pessoas à espera do que a Ciência do Cristo tem para oferecer. Isso não mudou nem no último século, nem nos últimos vinte séculos! A questão é: que é que você está a fazer nesse sentido?

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