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Não ceda à depressão

Da edição de maio de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Será que existe algo arrastando você para baixo? Não o permita. Quase todos nós resistiríamos com veemência se um hipnotizador se colocasse diante de nós e tentasse nos controlar. Mas que dizer da hipnose disfarçada, provocada pela melancolia ou pensamentos deprimentes? Devemos permanecer atentos para resistir a essa influência, devido sobretudo à sua sutileza.

Por meio de sugestões crescentes de tristeza, a depressão insinua-se em nosso pensamento, até nos encontrarmos na situação de Jonas, quando disse: “Do ventre do abismo gritei.” Mas Jonas prossegue, referindo-se a Deus Todo-poderoso: “E tu me ouviste a voz.” Por fim, conclui: “Com a voz do agradecimento eu te oferecerei sacrifício. ... Ao Senhor pertence a salvação!”  Jonas 2:2, 9.

Acaso serão o louvor e a gratidão a Deus antídotos poderosos do desespero? Nosso dever é abrir o pensamento à realidade do poder e da bondade de Deus. Quando começamos a aceitar com gratidão o fato de que Deus é o próprio Amor, não importa quão deprimentes nos pareçam as circunstâncias, é como dar um passo importante no sentido da dissolução do estado de pensamento mesmérico e nos permite antever a solução de nossas preocupações.

Durante a adolescência e depois, no princípio da idade adulta, eu era dada a períodos de profunda depressão. Graças à Ciência Cristã aprendi que não era necessário eu me deixar abater até as profundezas da auto-piedade e do desespero. Tudo o que tinha a fazer era elevar-me de novo, o que algumas vezes, devo reconhecer, representava considerável esforço. Descobri que se me voltasse a Deus em busca de elevação logo que me sentisse desencorajada, impediria essas quedas no abismo mental depressivo e me pouparia muito tempo inutilmente desperdiçado.

Quando nos voltamos ao Amor divino em espírito de oração, verificamos que nosso pensamento se eleva do negativismo para a fé e a esperança e começamos a vislumbrar a perfeita criação de Deus, que está aqui e agora, vislumbramos que a harmonia é espiritual, a única realidade da existência, que sua luz pode brotar em nossas vidas exatamente no lugar onde o perigo aparenta ser tão inamovível. É certo que a depressão talvez nos pareça legítima, mas podemos adquirir domínio sobre ela e, em conseqüência, harmonizar as circunstâncias.

Cristo Jesus disse: “O reino de Deus está dentro em vós.” Lucas 17:21. Por certo não queria dizer que o reino de Deus está dentro de nossos corpos materiais, mas sim em nosso pensamento, onde sempre o podemos encontrar. E o que é o reino de Deus, ou o reino dos céus? A Sra. Eddy assim define céu: “Harmonia; o reino do Espírito; governo pelo Princípio divino; espiritualidade; felicidade; a atmosfera da Alma.”Ciência e Saúde, p. 587.

A harmonia resulta de correspondermos espiritualmente a Deus. Não está alhures, lá fora. Nós a vivenciamos à medida que permitirmos que o Espírito, não a matéria, reine em nossas vidas, esforçandonos por adorar ao Deus único em todas nossas ações e pensamentos. Nós a vivenciamos à medida que estivermos dispostos a reconhecer que não somos governados por pensamentos maus e depressivos, mas sim por Deus, o Princípio divino do ser, que só criou o bem. Deixar que o amor ao Espírito nos motive, pode trazer-nos alegria imediata. A atração mesmérica produzida pela tristeza deve ser posta a descoberto e rejeitada.

A gratidão, tanto pelas bênçãos que reconhecemos como também pelas que não percebemos, é arma poderosa para desenraizar a depressão. Nas ocasiões em que sentia enorme desânimo, eu costumava relembrar os inúmeros fatos pelos quais devia ser grata, coisas tantas vezes consideradas como situações de pouca importância. Mas, ainda mais significativo, sempre me lembrei de ser grata pela bondade de Deus, pelo fato de Ele estar sempre presente e de a Ele podermos recorrer, porque Ele é Amor infalível. Sentia-me grata pelo amor de Deus por mim e por todos, por pouco que estejamos cientes desse amor. Nenhum pai dedicado priva seus filhos das bênçãos que lhe seja possível conceder. Muito menos o Deus perfeito, justo, lhes sonegaria tais bênçãos.

Nossa compreensão melhorada acerca de Deus, como também do homem como Sua expressão espiritual perfeita, nos ajudará a apreender a verdadeira felicidade e nos impedirá de continuar a procurá-la em direções erradas pela utilização cega da força de vontade. A felicidade é um direito nosso, se nos esforçarmos por viver de acordo com a lei divina. Não é necessário sermos atraídos pelos negros murmúrios de uma hipotética consciência que se auto-denomina mente.

A nenhum sentido errôneo sobre o que o homem é, sobre o que nós realmente somos, devemos permitir que nos prive da alegria concedida por Deus, ou que nos deprima. O homem espiritual, a identidade de cada um de nós, possui domínio, capacidade, inteligência e alegria ilimitada. Ao apelarmos com gratidão ao nosso Criador, dispostos a aceitar o que Ele é e o que em realidade somos, isto é, Sua descendência, sentiremos a alegria de ser aliviados da depressão.

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