Vivemos numa época em que se vende sensualismo com a mesma facilidade com que se vende dentifrício. O resultado é muito sofrimento. Mas ninguém tem de se render ao sensualismo ou achar que não pode se desvencilhar de suas garras.
Pus-me a escrever este artigo logo depois de ler sobre um jovem que quase chegou a se destruir, no esforço de "aproveitar plenamente a vida". Para mim, três fatos surpreendentes sobressaíram entre as mais óbvias ocorrências de sua imoralidade. São as razões mais convincentes que encontrei para fazer o esforço de ajudar-nos a nós mesmos e a outros a recusar todo e qualquer envolvimento com o pecado, seja qual for a sua forma.
Em primeiro lugar, no momento em que esse jovem chegou à conclusão de que não agüentava mais, percebia-se que ele estava enfrentando a terrível sensação de sentir-se separado de Deus e de Sua bondade, separado do próprio Amor. Segundo, notava-se quão perplexo ficou ao descobrir que aquela "boa vida" estava de fato a destruí-lo. No entanto, o mais triste é ver como o pecado o fez sentir-se cada vez mais sem valor e inútil.
Vale a pena analisar a fundo essas conseqüências, principalmente para o bem de todo este mundo, tão confuso e frustrado com o "inverno moral" de nossos dias. Primeiro, dedique uns momentos a ler sobre o filho pródigo: o jovem de quem estamos falando. Ver Lucas 15:11-24.
Já notou o que essa história define como o intuito do pecado? Se você algum dia falou com um jovem, com seu cônjuge (ou mesmo com seu pai ou sua mãe,) sobre essa questão de moralidade, acaso você não expôs claramente que o intuito do pecado é o sofrimento e a morte, a morte do amor, a morte de tudo o que traz satisfação e tem significado, a morte da dignidade, integridade, auto-estima, a morte da própria vida?
Para uma pessoa com alguma intenção imoral ou envolvida em imoralidade, muitas vezes é difícil compreender esse ponto, pois o pecado procura promover-se (e nada mais pode fazer do que tentar promover-se), alegando que traz satisfação e realização. Ele procura atrair com base na premissa de que somos inapelavelmente dependentes da matéria e de condições materiais para termos amor e felicidade, bem como para nos realizarmos.
O fato é que cada um de nós possui uma natureza espiritual que, uma vez descoberta, cumula nossa vida de tal riqueza, que nenhuma circunstância material pode igualar. Somos livres para descobrir nossa individualidade espiritual a qualquer momento. Realmente somos essa individualidade espiritual, pois Deus criou o homem como o reflexo puro e satisfeito de Sua natureza. E todos nós vamos, cedo ou tarde, conhecer a nós mesmos dessa forma. Como Paulo disse: "Agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido." 1 Cor. 13:12.
O pecado, entretanto, promete todo o bem, somente se concordarmos em negar nossa natureza espiritual, a bondade de Deus e o fato de Ele ser tudo. Estas são sempre suas condições: esquecer a Deus e condescender com a materialidade. O resultado é sempre destrutivo.
Quem concorda com as condições do pecado, nunca compreende com o que está realmente concordando. Se compreendesse, jamais concordaria. A felicidade e a satisfação verdadeiras não precisam ser negociadas nem adiadas até algum céu distante. São algo que Deus nos dá gratuitamente agora. São algo que só Deus pode dar. E encontrar esses bens em Deus, encontrar nossa vida em Deus, resulta em liberdade e paz indescritíveis!
Qualquer comprometimento com a imoralidade é de fato impensável. Não é questão de saber o que é bom e o que é mau, mas trata-se simplesmente da realidade sobre o que a vida é ou não é! A vida parece ser, mas não é uma versão material confusa das coisas. Cristo Jesus nos deu o exemplo do que é e sempre foi a vida. Esse modelo não é ilusório nem é para uns poucos privilegiados. Qualquer pessoa sinceramente interessada pode ao menos começar a seguir os ensinamentos do Mestre e, passo a passo, chegar a ver a natureza totalmente espiritual da verdadeira vida: sua pureza e sua indestrutibilidade vindas de Deus.
A Ciência Cristã traz compaixão, autoridade, decisão e cura nessa questão de pecado. Por exemplo, o livro-texto da Ciência Cristã, de autoria de Mary Baker Eddy, declara: "O ato de te manteres superior ao pecado, porque Deus te fez superior ao pecado e governa o homem, é verdadeira sabedoria." Science and Health (Ciência e Saúde), p. 231: "To hold yourself superior to sin, because God made you superior to sin, because God made you superior to it and governs man, is true wisdom."
Você pode reivindicar para si mesmo essa sabedoria, hoje. O sensualismo não pode dominá-lo! Suas iscas perdem todos os supostos atrativos, à medida que você aprende sobre o amor de Deus e sobre a satisfação que somente Deus pode proporcionar.
