Sempre fui esse tipo de pessoa que precisa de alguém para cuidar, para amar e sempre houve gente necessitando do meu especial modo de amar. Mas, com o falecimento, no mesmo ano, de minha avó e de minha mãe, achei-me de repente sozinho. Senti-me solitário e com medo. Quem iria eu amar e de quem cuidar, agora?
Uma noite, tomado de autocomiseração, sentei-me do lado de fora da casa, olhando as estrelas e pensando: "Agora não tenho mais ninguém para amar." No entanto, tão rápido quanto esse pensamento, veio-me uma surpreendente resposta: "eu posso amar o mundo!" Foi como um estalo! Ao invés de continuar oprimido pela autocomiseração, comecei a meditar mais profundamente em como amar o mundo. A contemplação desse singelo pensamento dissipou toda melancolia.
Não é a Bíblia, no entanto, que diz: "Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo" 1 João 2:15.? Compreendi que não fora o mundo material e mortal que meu pensamento incluíra, mas sim a realidade espiritual presente de toda existência. Eu amaria aquilo que é verdadeiro no mundo, não os caminhos mundanos nem os métodos materiais, sobre os quais o versículo bíblico nos adverte. Não foi Cristo Jesus que nos recomendou: "... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça..."? Mateus 6:33. O mundo que eu podia amar em meu pensamento, o mundo para acalentar e de grande valor, era o Reino de Deus, o Espírito, e as idéias que povoam esse mundo. Mantendo essa correta visão do mundo, deixei entrar em minha consciência a genuína identidade espiritual do homem e a presença de um universo espiritual, perfeito e eterno.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!