Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Perguntas e respostas sobre a Ciência Cristã

Da edição de janeiro de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos temos interrogações. Desejamos saber o que é importante para os outros e o que lhes torna a vida mais significativa. Essas questões não podem ser respondidas por mera pesquisa num banco qualquer de dados eletrônicos. As perguntas profundas — aquelas que afetam nossa vida, nossas esperanças espirituais, nossos pensamentos sobre Deus — requerem respostas capazes de chegar-nos ao coração.

Nesta série de artigos trazemos aos leitores perguntas e respostas surgidas no decurso de conversas privadas, reuniões de grupos e troca de correspondência com muitas pessoas que querem saber mais sobre a Ciência Cristã ou tiveram curiosidade de saber como é que o Cientista Cristão vive. As respostas aqui apresentadas não são, é claro, definitivas ou peremptórias, nem tampouco esgotam o espectro das respectivas perguntas. São as respostas autênticas, surgidas dos contatos com comunidades onde vivem e trabalham Cientistas Cristãos.

Não há nada mais inerente à Ciência Cristã do que a natureza de Deus e a relação do homem com Ele. Esse foi o tópico da correspondência trocada com um ministro da igreja da Assembléia de Deus.

Pergunta: Os Cientistas Cristãos encaram a Deus de forma abstrata e impessoal?

Resposta: Diz-se com freqüência que os Cientistas Cristãos negam a personalidade de Deus, porque falam n'Ele como Princípio divino. Com efeito, referem-se a Ele nesses termos, indicando que Ele é a suprema ordem causativa. Mas essa expressão de modo algum nega a consciência de Deus, ou que Ele conheça Sua criação ou que Ele ame o homem infinitamente mais que qualquer afeto humano e que o homem retribua esse amor de Deus. Também não nega que Deus é a Vida, Amor, Mente, Alma, Espírito e Verdade do homem, que é seu Pai celeste. Nada pode ser mais inverídico do que afirmar que a Sra. Eddy fez de Deus uma gélida abstração, ela que se referiu a Deus como "a Pessoa infinita" Message to The Mother Church for 1901, p. 4. que os cristãos adoram.

As pessoas notam com freqüência que a atividade mais visível das igrejas da Ciência Cristã está centralizada em realizar os cultos, em vez de consistir de atividades sociais ou "extra-curriculares". Uma pessoa escreveu à Igreja sobre isso.

Pergunta: Sem atividades sociais organizadas, não tenderá a Igreja da Ciência Cristã a tornar-se fria e austera?

Resposta: Não, de maneira nenhuma, sobretudo quanto mais perto da perfeição estiver a vivência de nossa igreja. Muitas das pessoas que conheço, foram atraídas à Ciência Cristã pelo afeto e amor que sentiram em determinada igreja filial. A ausência de atividades sociais formais não impede que esse amor seja expresso, algumas vezes de maneira surpreendente. Aliás, esse amor expressa-se espontânea e livremente da forma ideal, como numa família, porque não depende de estruturas formais. Não há nada no mundo que se assemelhe à unidade de coração e espírito que esse tipo particular de irmandade produz.

Também conheço, claro, pessoas que acharam que um dia o serviço religioso da Ciência Cristã foi frio ou desprovido de espiritualidade. Mas o problema fundamental não é falta de atividades organizadas em nossas congregações, que nossos vizinhos muitas vezes realizam. Isso reflete fatores bem mais básicos, tais como necessidade de mais inspiração e visão, resolução, unidade, profundidade de propósito.

Mesmo pessoas que não pertencem a igrejas pacifistas, não raro acham que questões de serviço militar e guerra são mais bem encaradas do ponto de vista religioso, partindo da convicção de que o espírito presente em Cristo Jesus, vivido e praticado, é de vital importância para a paz mundial. Um quacre formulou a seguinte pergunta que aqui relatamos, ao visitar uma igreja da Ciência Cristã.

Pergunta: Os Cientistas Cristãos estão autorizados a ir à guerra?

Resposta: A decisão de pegar em armas para defender seu país é, para cada Cientista Cristão, assunto particular, ou seja, não é determinada pela Igreja.

Dentro do espírito das palavras do Mestre: "Dai a César o que é de César" e "Deixa por enquanto", muitos Cientistas Cristãos encaram a defesa militar como necessidade temporária contra um mal maior. Outros, depois de muita oração e pesquisa espiritual, tomam a decisão de requerer o estatuto de objetor de consciência. Nossa Igreja apóia seus membros, seja qual for sua decisão. Acreditamos, porém, que qualquer que seja a decisão, a paz começa pela cura dos conflitos na vida de todos os dias.

Os que estiveram envolvidos em atividades militares, descobriram que não deixaram a oração para trás, junto com a paz. Pelo contrário! Muitos dos que regressaram, testemunharam orações sinceras para verem ambos os lados receptivos a Deus. Algumas vezes o resultado dessas orações foi o regresso de unidades inteiras, incólumes! Outras vezes, esses indíviduos voltaram da frente da batalha, sem jamais terem tido de matar.

Os Cientistas Cristãos partilham com muitas outras pessoas da angústia em face dos horrores da guerra e do sofrimento dos inocentes. A Ciência Cristã não advoga, de modo algum, ignorar o sofrimento ou ser indiferente perante a destruição. Nossos membros estiveram destacados em comissões de ajuda humanitária, foram capelães de guerra, visitaram prisioneiros em campos de concentração e dirigiram campos de refugiados. Alguns foram até aprisionados por causa de sua fé. Não ignoramos algumas das mais ignóbeis facetas do sofrimento e participamos da prossecução de atividades humanitárias que se tornam necessárias para a restauração, depois do caos e da desolação da guerra.

Como a Ciência Cristã é bem conhecida pela cura espiritual, muitas pessoas indagam qual o seu significado na vida diária. Para os que não têm conhecimento ou experiência pessoal desse tipo de cura, nem sempre é fácil compreender a confiança na oração e em Deus para obter a cura de males físicos, exceto em desespero de causa. Um visitante, que esteve em Boston para assistir a uma convenção médica, fez esta freqüente pergunta, durante uma visita guiada Á Igreja Mãe.

Pergunta: Os Cientistas Cristãos vão ao médico, ou seja, estão autorizados a ir ao médico?

Resposta: O que o público compreende sobre a Ciência Cristã, com freqüência inclui, infelizmente, a noção errônea de que as pessoas são forçadas a buscar a cura por meios espirituais. Não existe nada de mais errado, no que se refere ao Cientista Cristão. A cura pela Ciência Cristã desenvolve-se do amor a Deus e da fé em Sua lei goar. Não existe fundamento algum na idéia de que uma pessoa possa impor a cura espiritual a outra.

Tendo-me apoiado na Ciência Cristã muitos anos, é natural que procure aquilo cuja eficácia já comprovei muitas vezes. Há famílias que confiam na Ciência Cristã há várias gerações. Mas sei também que se alguém desejar obter a assistência de um médico, nenhum Cientista Cristão se oporá. Os Cientistas Cristãos, em geral, aprendem a apreciar e valorizar a liberdade individual, o direito que cada pessoa tem de tomar suas próprias decisões.


E se clamares por inteligência,
e por entendimento alçares a tua voz,
se buscares a sabedoria como a prata,
e como a tesouros escondidos a procurares,
então entenderás o temor do Senhor,
e acharás o conhecimento de Deus.
Porque o Senhor dá a sabedoria,
da sua boca vem a inteligência e o entendimento.

Provérbios 2:3–6

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 1990

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.