Você Alguma Vez já se perguntou: “Quem sou eu? ... Por que estou aqui? ... Há em mim algo mais do que este corpo que carrego para todos os lados? Será que tenho de levar uma vida mais ou menos material e depois cair na velhice e na morte? Será que a vida é tão temporária e descartável?”
Porventura não sentimos, no íntimo, haver muito mais coisas a nosso respeito do que a obscuridade que o mundo nos mostra como sendo final? Às vezes vislumbramos algo muito mais belo, livre e duradouro. Por exemplo, o que vivenciamos numa amizade realmente boa e estável indica a existência de algo além da futilidade material. O que faz a amizade ser o que é, em verdade, nada tem a ver com um corpo ou pessoa material. O âmago da amizade não pode ser fisicamente identificado, mas é plenamente real.
O que é que faz Cervantes ou Calderón falarem ao nosso coração, apesar dos séculos que nos distanciam deles? Acaso não sabemos intuitivamente que o estado de elevação moral e espiritual gerado pela boa literatura, pela arte e pelo teatro não pode ser originário de uma massa material chamada cérebro? Tudo o que atinge nosso íntimo, a visão, a beleza e a profundidade da alma, nunca conseguiria ser registrado por um microscópio, por mais avançado que fosse. Em um romance inspirado, por exemplo, acharíamos apenas as moléculas do papel, da tinta ou da encadernação, e perderíamos completamente as qualidades e as idéias que são muito mais duradouras e significativas.
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