Quando Jovem, Participei de uma longa excursão a pé numa região montanhosa. Tínhamos de percorrer uma grande distância entre um alojamento e outro. Certa noite, sentia-me exausto, mas queria completar a jornada dentro de um determinado horário. Surgiu a oportunidade de fazer uma parte do percurso na garupa de uma moto. Sofremos um acidente e eu fui jogado com força no chão. Levaram-me a um hospital, onde foi diagnosticada fratura do pélvis.
Como conhecia a Ciência Cristã desde os catorze anos, voltei-me a Deus em oração, para obter a cura. Ficou claro para mim que o homem habita eternamente na presença de Deus e sob Sua direção e que eu, como Seu filho amado, em verdade não posso ser ferido. Com essa oração, toda a dor desapareceu e senti-me perfeitamente bem. Tinha comigo uma pequena Bíblia e uma edição de bolso de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy. Ao estudar esses livros, entendi melhor meu relacionamento com Deus. Tinha, também, o Livrete Trimestral da Ciência Cristã e estudei a Lição-Sermão daquela semana.
O médico disse que eu deveria ficar imobilizado pelo menos por seis semanas, para que a fratura fosse curada mas, depois de duas semanas, ele cedeu à minha insistência e permitiu que eu tentasse me levantar. Disse: “Você vai querer se deitar imediatamente”, mas eu estava bem e consegui movimentar-me com liberdade. Três meses depois, já executava trabalho pesado em uma pedreira, sem nenhuma dificuldade, o que confirmou minha cura completa.
Quando confiamos em Deus, incondicionalmente, sentimos a orientação do Amor divino, que nos ajuda em qualquer emergência. Minha família e eu sempre tivemos provas da provisão do Amor divino, em várias situações difíceis por que passamos.
Quando fui convocado para o serviço militar, na Segunda Guerra Mundial, não me pareceu ser esse o plano de Deus; não podia acreditar que fosse Sua vontade que eu atirasse em meu semelhante. Fui enviado para uma unidade militar no norte da Noruega. Longe dos campos de batalha, orei pela paz, enquanto desfrutava da beleza da região polar.
Durante minha permanência nesse lugar, tive também uma demonstração do poder protetor de Deus. A fim de cumprir uma ordem, teria de me locomover da base onde eu estava, sediada numa ilha, para outra. Um pescador norueguês, que nos trazia provisões da cidade de Tromso em sua traineira, iria deixar-me nessa outra base. Como o mar estava muito agitado, ele não conseguia atracar nas docas. Também não havia sequer um bote salva-vidas a bordo e decidimos que eu pularia para o cais. O pescador aproximou ao máximo sua traineira. No momento do salto, porém, o barco fez um movimento brusco e eu alcancei a borda do cais apenas com as mãos; depois escorreguei e caí.
“Deus, segura-me!” foi meu pensamento imediato. E Ele me segurou. Ao cair, meus pés bateram numa viga do ancoradouro e acabei sentando-me nela. Vários colegas, que haviam descido ao cais, ajudaram-me a subir. Para muitos, essa experiência pode parecer uma feliz coincidência, mas eu senti a presença divina que me salvou de um desastre, pois eu não sabia nadar.
No final da guerra, fui ferido num combate, nos arredores de Berlim; um fragmento de granada penetrou-me na testa. Firmei-me na verdade de que Deus é a única Vida, indestrutível e eterna. Na opinião do médico, não era “uma necessidade absoluta” remover o fragmento por meio de uma cirurgia, então não o fiz.
Ao sair do hospital militar, eu teria de permanecer sob cuidados médicos, mas apoiei-me em Deus. Embora a princípio sofresse de freqüentes ataques epilépticos, não consultei nenhum médico. Apliquei minha compreensão da Ciência Cristã. Ao reconhecer o fato espiritual de que eu era, verdadeiramente, a criação perfeita de Deus, os ataques diminuíram até que finalmente desapareceram. Passei a desfrutar de boa saúde, novamente.
Há alguns anos, tive a seguinte cura. Um problema de pele apareceu em meu quadril. Voltei-me para Deus em oração. A doença alastrou-se e fiquei com medo. Pedi a uma parente que me apoiasse em oração, o que ela fez. (Em nosso país, a prática pública da Ciência Cristã era proibida, naquela época). Juntos, expulsamos o medo, ao reconhecer que Deus é o único criador e que Ele cria somente o bem. Por isso, Ele não criara a doença e esta não era, portanto, uma condição real de Seu filho. Depois de pouco tempo, a pele voltou ao normal.
Sou muito grato a nosso Pai-Mãe Deus pela Ciência do Cristo, que nos livra dos erros da carne e nos conduz à realidade do ser espiritual. Sou muito grato por todo o bem que alcancei através da Ciência Cristã.
Halberstadt, Alemanha
