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“Uma base sólida, prática, que sempre traz cura”

Da edição de outubro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem não precisa de mais luz? de maior clareza numa época em que se questionam tantos assuntos? Se nós mesmos estivermos em busca da luz, a experiência de outros que estão descobrindo que “nasce luz nas trevas”, conforme diz o Salmista, poderá servir de ajuda. Esta seção apresenta experiências que podem ser úteis àqueles que estão à procura de novas respostas. Os relatos são mantidos anônimos a fim de dar aos autores a oportunidade de falar livremente sobre estilos de vida e atitudes que talvez tenham sido consideravelmente diferentes dos valores que agora adotam. Tais relatos não têm a pretensão de contar uma história completa, mas mostram realmente um pouco da ampla variedade de pessoas que procuram a verdade e a maneira como a luz do Cristo, a Verdade, restaura, redireciona e regenera o modo de viver das pessoas.

Eu Realmente Queria ser pastor protestante: ser ordenado para poder servir e contribuir para o bem-estar tanto da congregação da igreja, quanto da comunidade em que ela estivesse localizada. Entretanto, na escola de teologia onde estudava, eu não conseguia obter dos professores respostas para as muitas dúvidas que eu tinha.

Então, certa noite, saí com uma amiga e lhe falei sobre todas as minhas dúvidas e preocupações. Ela era Cientista Cristã, assim como sua família, e perguntou-me se eu gostaria de ir à igreja com eles. Aceitei, e fui.

Comecei a ler o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss). Conversei muito com a mãe de minha amiga. Muitas de minhas indagações começaram a receber respostas.

Foi-me muito importante conhecer a distinção, feita nos ensinamentos da Ciência Cristã, entre as duas histórias da criação que aparecem nos dois capítulos iniciais do livro do Gênesis. Ao invés de tentar combinar ou conciliar os dois relatos, a Ciência Cristã mostra que a criação descrita no primeiro capítulo do Gênesis, cujo último versículo diz: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”, apresenta a natureza espiritual do homem, distinguindo-a da que aparece no relato materialista da criação, que consta do capítulo seguinte.

Eu sabia que alguns estudiosos da Bíblia classificam o segundo relato, isto é, a história da tentação de Adão e Eva pelo diabo e sua expulsão do jardim do Éden, como uma alegoria. A Sra. Eddy explica a natureza desse segundo relato e seu propósito de ilustrar a impossibilidade de Deus, o bem infinito, criar um universo que rapidamente descamba para o mal e para o homicídio. Ela também mostra que esse fato espiritual não é simplesmente um item da doutrina da Ciência Cristã, mas é uma base sólida, prática, que sempre traz cura.

Outra coisa que me incomodara era que, em minha igreja, ensinava-se que Jesus era Deus. Eu havia lido várias passagens bíblicas que me convenceram de que Jesus estabelecia uma distinção clara entre ele mesmo e Deus, apesar de reconhecer sua união especial e inseparável com o Pai. Entretanto, boa parte da cristandade deifica Jesus. Em Lucas 18:19, Jesus disse a certo homem: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um só, que é Deus.” Eu fiquei particularmente interessado na explicação da Sra. Eddy, em Ciência e Saúde, das seguintes palavras de Jesus: “Eu e o Pai somos um”, como querendo significar: “um em qualidade, não em quantidade.”

Foi no Concílio de Nicéia, no ano 325 D.C., que os líderes da igreja, na época, decidiram, em votação dividida, adotar a doutrina de que Jesus era Deus. Estaria eu sendo fiel ao Cristianismo, fiel a Deus, assumindo uma posição contrária ás crenças aceitas de forma generalizada? Um trecho de Ciência e Saúde ajudou-me muito: “As decisões por voto de comissões eclesiásticas sobre o que deve ou não deve ser considerado Escritura Sagrada; os erros evidentes das antigas versões; as trinta mil variantes do Antigo Testamento e as trezentas mil do Novo — esses fatos mostram como um sentido mortal e material se insinuou no relato divino, obscurecendo, até certo ponto, com seu próprio matiz, as páginas inspiradas. Os enganos, porém, não puderam obscurecer inteiramente a Ciência divina das Escrituras, que se revela desde o Gênesis até o Apocalipse, nem deturpar a demonstração de Jesus, nem anular a cura operada pelos ....” Essa declaração mostrou-me que discordar de algumas “leis” das igrejas tradicionais não significava tomar uma posição contrária a Deus, nem fazer alguma coisa não-cristã; em realidade, tratava-se apenas de refutar opiniões e antigas crenças teológicas. Tornei-me estudante da Ciência Cristã.

Preciso admitir que eu tinha muita dificuldade em aceitar alguns conceitos ensinados nessa Ciência. Aquilo que é denominado “irreal” na Ciência Cristã: a matéria, o mal, enfim, tudo o que não foi criado por Deus, parecia tremendamente real para mim! Aprendi que talvez não consigamos uma compreensão completa da realidade e da irrealidade em um minuto. Mas os testemunhos de cura (de pessoas que pareciam perfeitamente inteligentes!) traçara, o elo para mim entre a compreensão espiritual da realidade e o poder inerente a essa realidade, de satisfazer até mesmo à necessidade humana mais premente. De qualquer forma, aferrei-me aos ensinamentos que eu já aceitava e continuei estudando para entender o que até então parecia difícil de assimilar.

Havia, entretanto, um aspecto da Igreja da Ciência Cristã que me incomodava demais: a Fundadora e Líder dessa religião era uma mulher. Naquela época, quase não havia mulheres na condição de pastoras nas igrejas; em minha religião não havia nenhuma. Todo pastor era grato às “senhoras da congregação” e na verdade dependia delas para auxiliá-lo em seu trabalho. Elas participavam de grupos femininos de auxílio e davam apoio às missões estrangeiras. Mas, ser líder de uma igreja?!

Nesse caso, novamente, a Bíblia parecia não conter nada que servisse de apoio a minha resistência. Em realidade, excluir a metade do gênero humano do acesso a cargos de liderança, era realmente uma questão de política interna das igrejas, baseada em costumes sociais e crenças arcaicas.

Desde que comecei a estudar a Ciência Cristã, minha vida tem sido plena de bênçãos em inúmeras formas. Pensar que através da Bíblia podemos conhecer um Deus que nos ama de forma irrestrita como Sua criação inteiramente espiritual! Pensar que a compreensão espiritual de cada um de nós pode trazer cura à nossa vida! Esse conhecimento de Deus sempre esteve revelado nas páginas da Bíblia, mas para mim a Ciência Cristã pôs abaixo as muitas barreiras da ortodoxia, das antigas superstições e da política; as mesmas barreiras que Jesus empenhara-se tanto em derrubar.

Em minha experiência, por meio da compreensão obtida com o estudo da Ciência Cristã, a respeito de um Deus perfeito e do homem perfeito, Deus completamente espiritual e o homem como Sua idéia pura e perfeita, tenho testemunhado curas relevantes tanto em minha vida quanto na de outras pessoas.

Entre tantas curas que obtive por meio do estudo da Ciência Cristã, inclui-se uma cura rápida de uma repentina dor interna, muito forte; a cura ocorreu quando me conscientizei do fato de que eu tinha domínio absoluto sobre meu corpo e sobre minhas atividades, por ser o filho amado de Deus. Nunca mais voltei a sentir aquela dor. Já vi também problemas de negócios e de relacionamento serem resolvidos de forma harmoniosa, simplesmente pela disposição de alcançar uma compreensão mais profunda de Deus e pelo empenho em viver obedientemente, de acordo com Sua lei.

Apesar de nunca ter sido ordenado pastor, meu desejo de servir e auxiliar o próximo está sendo satisfeito de formas notáveis e variadas, há muitos e muitos anos. Uma demonstração maravilhosa de humildade nisso tudo é que não estou ocupando um cargo de título elevado, doutrinando pessoas supostamente menos espiritualizadas. Ao invés disso, o conceito que eu tenho agora de “servir” consiste em reconhecer a fraternidade universal, onde cada um de nós tem o mesmo Pai-Mãe Deus e todos nós temos a oportunidade constante de servir e apoiar uns aos outros.

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