Colocar o Sentinel, o Journal e O Arauto à disposição dos outros
A primeira parte desta Reunião de trabalho (que apareceu no O Arauto de agosto de 1992) convidava os leitores a examinar sob nova perspectiva o ato de distribuir os periódicos.
Para aqueles que sempre encararam a distribuição dos periódicos como uma atividade muito interessante para os outros, a Reunião de trabalho de agosto apresentou sugestões práticas para começarmos a nos incluir ativamente nessa obra. Também foram indicadas várias razões pelas quais dar os periódicos é muito mais do que um gesto cortês e fraterno, pois esse gesto é, de fato, vital para o progresso e o cumprimento adequado da missão das revistas fundadas pela Sra. Eddy.
Nesta segunda parte, desejamos continuar analisando essa nova maneira de encarar a atividade de colocar os periódicos à disposição de outras pessoas. Esperamos que, ao final desta Reunião de trabalho, os leitores nunca mais se deixem enganar pela suposição de que doar os periódicos e escrever para eles seja uma tarefa apenas para os outros.
Não se preocupem! Não é nossa intenção acrescentar mais um item a sua longa lista de “coisas a serem feitas”, nem tampouco acrescentar mais uma linha a sua lista de “coisas pelas quais sentir-se culpado por não ter feito”! Ao contrário, esperamos que, ao terminar de ler esta Reunião de Trabalho, você tenha compreendido porque é tão natural e fácil doar os periódicos. O desnatural é não compartilhar com outras pessoas aquilo que nos tem ajudado tão profundamente.
O que vai acontecer, com mais freqüência, é que a mesma pessoa passará a exercer vários papéis com relação aos periódicos, ou seja, um mesmo indivíduo torna-se assinante, leitor, colaborador, apreciador e divulgador. Os que assinam passam a contribuir com artigos e testemunhos, os que já colaboram começam a divulgar mais, os que sentem apreço pelos periódicos procuram descobrir a quem poderiam oferecer uma assinatura de presente, e assim por diante.
No âmago de tudo isso está a cura, por isso, é exatamente aí que esta Reunião de trabalho começa.
Bem, o que realmente significa compartilhar a mensagem dos periódicos?
Os que já fazem isso dirão que dar um periódico da Ciência Cristã difere muito de simplesmente passar adiante uma literatura religiosa. É muito mais do que ter humanamente a coragem de falar com os outros sobre o Arauto ou outra revista da Ciência Cristã.
Uma das coisas necessárias é a gratidão. Gratidão pelo que os periódicos significam para nós. (Algumas pessoas nos contam que tentaram imaginar como seria sua vida, se nunca tivessem tido à disposição o Sentinel, o Journal ou O Arauto, e constataram quão profundamente essas revistas mudaram a vida de cada um.)
Compartilhar também significa amar. Amar nosso semelhante a tal ponto que nos seja possível vencer nossa resistência. Amor suficiente para vencer a sensação de que é mais seguro ficar quieto, especialmente a respeito de religião! Amar a ponto de dar-se conta de que oferecer os periódicos não é algo que decidimos fazer ou não, mas é, isto sim, um gesto natural, impelido por Deus. Na verdade, isso nada tem a ver com zelo humano ou proselitismo. Requer amor suficiente para orar especificamente a fim de superar os obstáculos a essa atividade, quer se apresentem como uma inclinação pessoal de não divulgar, quer tomem a forma de oposição generalizada ao incremento da circulação dessas revistas, que são tão importantes para a exemplificação do cristianismo prático.
Compartilhar também significa curar. No fundo, esse termo resume tudo. É perfeitamente compreensível que toda a oração específica que apóia essa atividade, tanto em nível pessoal quanto no trabalho das comissões de distribuição de literatura, tenha um efeito poderoso. Essa é a lei do Amor divino.
Se você alguma vez sentiu dúvidas sobre se vale a pena dar os periódicos ou se essa atividade é coisa do passado, por favor, continue lendo. Apresentamos a seguir extratos de alguns testemunhos de cura que se relacionam diretamente com nosso tema.
Caixa de distribuição de literatura num supermercado: “Quando meu filho tinha três anos de idade, ele passou a sofrer de asma.... Tentamos vários tipos de tratamento médico.... Muitas vezes ele foi hospitalizado para receber oxigênio. Os médicos me ensinaram a aplicar-lhe injeções de adrenalina, que o auxiliavam na respiração.
“Decidi procurar uma solução melhor! Como tinha muita fé em Deus, eu orava. Foi então que me lembrei de uma senhora muito amável que eu conhecera muitos anos antes. Ela contara-me que sua filha cega tinha sido curada pela Ciência Cristã. Senti-me tão motivada por esse vislumbre de esperança, que coloquei as crianças no carro e fui até o supermercado onde eu tinha visto uma caixa com literatura gratuita da Ciência Cristã. Peguei exemplares do The Christian Science Journal e do Sentinel. Logo que cheguei em casa, comecei a ler os testemunhos....
“Depois entrei em contato com uma praticista da Ciência Cristã. Nós falamos sobre a bondade de Deus e sobre Seu amoroso cuidado para com todos os Seus filhos.... Muito do medo que eu sentia foi substituído pela confiança no poder de Deus. Nunca esquecerei a sensação de paz que me envolveu.
“Os ataques de asma foram diminuindo até que desapareceram completamente....
“Esse meu filho hoje está casado e tem dois meninos.” (Sentinel, 2 de outubro de 1989)
Da África do Sul: “Desde a infância minha saúde fora precária.... Isso persistiu durante mais de vinte anos, até chegar ao ponto em que eu passava de dois a quatro dias da semana de cama, devido a fortes dores na região abdominal.
“Fui tratada por diferentes médicos, inclusive especialistas e até fiz tratamentos semanais em dois hospitais, mas tudo em vão. Também procurei vários curandeiros africanos, mas de nada adiantou.
“Nesse ponto, minha cunhada deu-me um exemplar do Christian Science Sentinel. ... Um dia, ... na cama, sofrendo dores horríveis, lembrei-me do Sentinel ... e comecei a ler. Encontrei as seguintes citações bíblicas que me tocaram profundamente: 'Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento' (Prov. 3:5) e 'Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei' (Salmos 119:18). De imediato compreendi que isso era um desafio. Eu tinha de aprender a abrir os olhos para reconhecer os efeitos da existência de Deus em minha vida.
“Quando percebi, estava sentada e não sentia dor. A cura permanente de todos os sintomas foi muito rápida. ... Pela primeira vez comecei a compreender De us como Amor e Vida.” (Arauto, julho de 1990)
Da Austrália: "Meus dois irmãos e eu fomos separados de nossos pais quando eu tinha seis anos de idade. Colocaram-me numa instituição batista, onde eu freqüentava as aulas... [e] a Escola Dominical...
"No entanto, lá pelos meus vinte anos, comecei a beber em companhia de amigos e, alguns anos mais tarde, era evidente que me tornara alcoólatra. Revendo o passado, posso perceber agora que eu estava à procura de algo que nunca havia encontrado — alegria de viver e paz interior.
"... Fui preso muitas vezes por causa da bebida.... Enquanto ajudava a limpar o pátio da prisão, salvei da fogueira do lixo parte de um exemplar do Christian Science Sentinel. Esse Sentinel mudou toda a minha vida e em seguida parei de beber e fumar." (Arauto, maio de 1981)
Da Argentina: "[Eu] havia sofrido grave acidente no trabalho, quando um elevador de carga caíra sobre mim, e durante anos vinha recebendo tratamentos médicos de muitos tipos. Caminhava com grande dificuldade.... As autoridades médicas me haviam dito que eu não poderia trabalhar mais.
"...O médico da companhia... decidiu que eu deveria ser operado da espinha. O resultado dessa operação era incerto. Os médicos não garantiam que eu voltasse a andar.
"Na noite anterior à operação, minha mulher, que é Cientista Cristã, veio visitar-me no hospital, como o fazia todos os dias. Desta vez, deu-me um exemplar do Arauto da Ciência Cristã e um folheto a respeito desta Ciência....
"Li-os de fato; durante toda a noite pensei no que havia lido, particularmente a respeito de Deus. ... No dia seguinte, fiquei pasmado quando uma equipe médica acercou-se de minha cama e me disse: '... decidimos não operá-lo hoje. Vá para casa, e quando não lhe for mais possível agüentar a dor, volte.' Que felicidade senti naquele instante, e como me senti grato a Deus....
"Desde então voltei-me inteiramente à Ciência Cristã para fins de cura.... Hoje trabalho, caminho e viajo sem quaisquer problemas." (Arauto, junho de 1981)
Compartilhar nossa experiência espiritual com os periódicos
Há uma outra forma importante pela qual o ato de compartilhar dá impulso à missão dos periódicos: trata-se de compartilhar nossa experiência espiritual com essas revistas, mediante artigos, testemunhos e comentários. Por incrível que pareça, distribuir os periódicos a novos leitores e escrever para esses mesmos periódicos, apresentam certos aspectos em comum.
Assim como o gesto de dar um periódico a alguém nada tem a ver com uma "personalidade extrovertida", escrever para os periódicos não requer que sejamos escritores profissionais, ou mesmo que tenhamos "jeito" para escrever ou nos expressar.
Ambas as ações têm muito mais a ver com amor desinteressado do que com talentos humanos!
Quando os leitores nos informam que gostaram de determinado artigo, não se referem ao maravilhoso tipo de prosa, nem às esplêndidas metáforas, nem ao singular estilo literário. Em vez disso, escrevem para informar o quanto o artigo os auxiliou, como foi espiritualmente inspirativo, claro, fácil de ler. E com freqüência somos informados de que um determinado artigo curou.
Os leitores estão interessados na experiência espiritual do autor. Se você teve alguma experiência espiritual, e sabemos que você as teve, gostaríamos muito de receber seu manuscrito.
Sob o ponto de vista da metafísica prática, a vivência pessoal acrescenta uma qualidade singular a um testemunho ou a um artigo. Quando baseado na experiência própria, o artigo fala diretamente a nós, dirige-se ao nosso eu genuíno.
O que significa escrever sobre a própria experiência? Significa que não podemos escrever sobre a Vida imortal porque ainda não a demonstramos totalmente? Significa que não podemos escrever sobre a espiritualidade do homem porque ainda estamos tratando disso em nosso dia-a-dia? É claro que não significa nada disso.
Será que escrever a partir da própria experiência não significa escrever tendo por base a vivência espiritual da oração e apoiando-se na luz e na cura que a oração proporciona? Em essência, é a oração que levanta o peso que tenta manter nosso artigo ou testemunho preso a valores terrenais. A oração nos eleva acima da vontade humana, daquela noção de que "eu vou despertar os outros. As pessoas deveriam ser tão espiritualizadas e amorosas como eu sou!" É a oração que mostra ser impossível que um desejo correto, como é o de contribuir para os periódicos, venha a ser frustrado. É também a oração que nos leva a dar o passo tão importante de fazer algo mais do que meramente escrever sobre coisas espirituais.
Quando um artigo se torna algo mais do que meramente escrever sobre a experiência espiritual, o próprio ato de escrever já é uma experiência espiritual. Portanto, inclui ouvir, obedecer ao impulso divino, requer uma honestidade mais pura, uma noção da premência e do profundo significado de se escrever para os periódicos fundados por nossa Líder, e um profundo amor pelos leitores.
Pedimos a dois colaboradores dos periódicos, cujos artigos parecem brotar diretamente de sua experiência espiritual, que falassem um pouco sobre essa forma de contribuir.
Este é o relato de um deles, da Califórnia: "Por que escrevo para os periódicos? Porque dessa maneira me estabeleço solidamente na prática da cura pela Ciência Cristã. De forma muito positiva, consigo ir ao encontro dos outros e oferecer a cura para um mundo desnutrido espiritualmente.
"Como escrevo? Em termos simples e diretos; os mesmo que usaria ao explicar a Ciência Cristã a uma querida irmã, ou irmão ou filho. O mundo está repleto de irmãs minhas, irmãos meus e filhos meus, e muitos são os que vagueiam pela névoa materialista, que obscurece sua identidade espiritual. Exponho a eles o fruto de meu estudo, oração e prática da Ciência Cristã. Falo de minhas mais íntimas e preciosas lições e das curas que obtive por meio da busca espiritual. Em suma, não os levo apenas pela mão, mas também pelo coração.
"E quando ouço falar de uma cura obtida como resultado daquilo que a inspiração do Amor me fez escrever, minhas lágrimas de gratidão se fundem com as do leitor, ao perceber 'a fonte d'água viva / Que do puro Amor brotou' " [Hinário da Ciência Cristã, no 71].
Outra autora assim escreveu: "Nossos artigos têm uma qualidade especial e tornam-se mais úteis quando buscamos a inspiração em nossa própria experiência. Não apenas nossas curas encorajam os leitores, mas estes são também abençoados pelo raciocínio espiritual que desenvolvemos com base no que já comprovamos em nossa vida.
"Por exemplo, um artigo que meu marido escreveu sobre suprimento, baseou-se nas inúmeras vitórias que ele obteve sobre a carência, no decorrer dos anos. Ele recebeu muitas manifestações de apreço de pessoas que estavam lutando com esse problema. Um homem, que havia abandonado o estudo da Ciência Cristã, leu o artigo numa Sala de Leitura e escreveu contando que, depois da leitura, havia reiniciado o estudo. Recentemente, ele fez o Curso Primário de Ciência Cristã.
"Porventura esses relatos não nos encorajam a ir fundo em nossa experiência em busca de idéias que abençoem os outros? Quem sabe um acontecimento na infância (na nossa ou na de nossos filhos) possa transformar-se num artigo para crianças. Ou talvez uma cura pela qual ainda não expressamos gratidão e que permanece um tanto esquecida, esteja pronta para servir de base para um artigo que irá abençoar pessoas com um problema semelhante. O amor pelos leitores nos leva a seguir a injunção do Hino 139 do Hinário, que diz: 'de coração, a todos dá.' Quem sabe hoje mesmo?"
Se já pensamos em escrever para os periódicos, mas nunca conseguimos realmente pôr mãos à obra, talvez agora seja o momento de não desistir, mas enfrentar a situação e superar de forma científica a resistência, não importa o que ela pareça ser. A própria cura da resistência de expressar as idéias num artigo pode ser o fator que trará vitalidade e substância espiritual ao artigo, ou seja, aquela insubstituível qualidade sanadora contida nos escritos que brotam da demonstração espiritual.
Quantas formas há de se apoiar os periódicos?
Quando começamos a pensar no assunto, a lista pode tornar-se bastante extensa. Por exemplo:
• Trabalho metafísico: É extremamente necessário o apoio constante e em espírito de oração a cada um dos periódicos. Um ponto de partida é o trecho da página 353 do livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, de autoria da Sra. Eddy: "O significado de um nome." É também importante prestar atenção aos comunicados dos Redatores que aparecem ocasionalmente nos periódicos e que indicam necessidades específicas do momento. Esse trabalho faz muito mais do que possamos imaginar para remover os obstáculos que tentam impedir, os que sinceramente procuram a verdade, de encontrar, nas páginas de nossas revistas, as mensagens de que precisam; de igual modo ajudará a remover os obstáculos em nosso próprio pensamento, que porventura tentem impedir que divulguemos mais amplamente o Sentinel, o Journal e O Arauto. Também contribuirá para a cura de mal-entendidos, da apatia, da crítica, provenientes tanto de fora, como de dentro, deixando "tudo por Cristo." (Ver Ciência e Saúde 192:7–8)
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• Colaborar com material para as diversas seções específicas: Os leitores tornam-se mais alertas para as diversas formas de contribuir para as seções específicas, quando as lêem regularmente e se familiarizam com os temas que cobrem, tais como:
"Reflexões" (que, para os Arautos, inclui artigos provenientes de vários idiomas)
"Imprensa positiva"
"Sinais dos Tempos" (Journal)
"O Despontar da Luz" (seu relato pessoal, ou de alguém que você conheça)
"Amor pela comunidade" (seu próprio relato, ou de alguém que você conheça)
"Perfil" (alguém que você conhece)
"De mão em mão" (relatos de como o Sentinel e os Arautos são doados a outras pessoas)
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Sinta-se à vontade para acrescentar mais itens a essa lista. Seus amigos do Departamento Editorial do Journal, Sentinel e Arauto ficarão muito felizes em ter contato com você. Suas cartas, artigos e testemunhos trazem muita alegria a todos nós e também aos leitores do mundo todo que apreciam, do fundo do coração, sua disposição de divulgar os periódicos e de compartilhar sua experiência.